Trabalhadores buscam emprego na construção do novo prédio da UFF Campos
Ícaro Abreu Barbosa 07/12/2020 16:49 - Atualizado em 07/12/2020 16:52
Rodrigo Silveira
Várias pessoas ligadas à construção civil formaram uma fila, no início da manhã desta segunda-feira (7), em busca para de emprego na finalização do novo prédio da Universidade Federal Fluminense (UFF), à avenida XV de Novembro, em Campos. Entretanto, a Maesa Construções Ltda, empresa que assumirá as obras, informou que as contratações em massa ocorrerão apenas a partir de janeiro.
— Como é final de ano, ainda estamos preparando o canteiro. Estamos fazendo os escritórios. Acredito que a partir de janeiro vai ter uma contratação mais significativa. Por enquanto, estamos fazendo a limpeza, instalação de internet, preparação das alvenarias... Enfim, estamos preparando a base da obra. Hoje nós só vamos pegar documentos de pessoas que estão atrás de trabalho, mas a efetivação não será feita esse ano — informou a atendente de Recursos Humanos da construtora de Goiânia, Simone Rafael.
Todos buscam uma maneira de driblar a crise e conseguir colocar comida nas mesas durante os próximos períodos de conclusão da obra. São em maioria homens, de diversas faixas etárias. Quem precisa do emprego como Gilson Ferreira, de 61 anos, morador de Campos, demonstra interesse em trabalhar nas mais diversas áreas na construção dos prédios.
— Tem mais um ano e meio de obra. Muito serviço para ser feito, e eu não tenho medo de trabalhar, por isso espero que me contratem — comentou Gilson, citando etapas faltantes na na alvenaria, pisos, cerâmica, etc. — Nós queremos e precisamos trabalhar. A economia do país, da cidade e do estado está deixando a situação muito difícil. Como eu já tenho experiência em diversas áreas na construção civil, trabalhei com isso a vida toda, enfrento essa fila com esperança de conseguir o trabalho — acrescentou.
A convocação das empresas para a licitação foi anunciada em setembro deste ano, quando a esperança da retomada das obras ganhou novo ânimo, a partir do recebimento de R$ 19,6 milhões, por emenda de bancada federal fluminense, assinada por 14 deputados, em iniciativa comandada pelo deputado Wladimir Garotinho (PSD).
As obras foram iniciadas ainda no governo Lula (PT), mas abandonadas, pela metade, em 2015, no governo Dilma Rousseff (PT). Enquanto não são concluídas, a UFF/Campos, que tem 3.600 alunos, continua pagando o aluguel dos contêineres — avaliado em cerca de R$ 170 mil mensais — mesmo com as aulas presenciais paralisadas devido à pandemia do coronavírus (Covid-19).
Os deputados que apoiaram as obras foram Wladimir (PSD), Chico D’Ângelo (PDT), Talíria Petrone (PSOL), Clarissa Garotinho (PROS), Alessandro Molon (PSB); Benedita da Silva (PT), Jandira Feghali (PC do B), Marcelo Freixo (PSOL), Paulo Ramos (PDT), Christino Áureo (PP); Flordelis (PSD), Glauber Braga (PSOL), Márcio Labre (PSL) e Sargento Gurgel (PSL).

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