Aluno de 17 anos cria monitor de covid-19 e recusa oferta de US$ 8 milhões
- Atualizado em 19/05/2020 14:45
Enquanto milhões de estudantes de todo o mundo, aos 17 anos, estão preocupados com a escolha do curso superior ou com festas de formatura ensino médio, Avi Schiffmann está ocupado se justificando dos motivos que o levaram a rejeitar uma proposta de US$ 8 milhões (aproximadamente R$ 46 milhões, na cotação de hoje). O adolescente de Mercer Island, em Washington, nos Estados Unidos criou o ncov2019.live, uma plataforma que atualiza em tempo real o avanço do novo coronavírus (Sars-cov2) em cada pais do mundo. O site já soma mais de 700 milhões de visitas.
Em abril deste ano, uma empresa o abordou para pagar por seu trabalho de programação por tempo indeterminado e o controle editorial de seu site, inclusive para a veiculação de espaços publicitários, que nunca foram uma opção de Schiffmann. O garoto virou alvo de uma série de agressores nas redes sociais quando decidiu rejeitar a proposta, alegando que "dinheiro não é tudo" e que estaria "ajudando as pessoas"."Eu me vi em cerca de 10 páginas de memes hoje e preciso esclarecer essa história dos oito milhões para que vocês parem de me chamar de idiota", declarou o prodígio nesta segunda-feira (18/5), nas redes sociais. “Essa era apenas parte do contrato para ter a propriedade do site, eu seria obrigado a continuar trabalhando nele por quanto tempo eles desejassem, não teria controle sobre propagandas e pop-ups, que poderiam ser até mesmo para imitações de máscaras n95. Isso me impediria de ter a mídia e as conexões e oportunidades que já venho tendo. Há mais na vida que dinheiro e haverá mais oportunidades de ganhá-lo, por enquanto estou promovendo um serviço para milhões de pessoas”, finalizou.
 
 
A aposta de Avi Schiffmann pode valer a pena, já que foi alvo de publicação de sites de todo o mundo, foi convidado a uma série de programas de TV norte-americanos e chegou a ser motivo de comentários de ninguém menos que Bill Gates. Judeu e filho de uma médica com um biólogo, o garoto começou a aprender a programar aos 7 anos de idade com a ajuda de vídeos do YouTube e já desenvolveu ao menos outras duas dezenas de outros sites envolvendo compilação de dados.

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    Gustavo Abreu

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