Romário tem porsche apreendido
Aldir Sales 17/08/2018 23:08 - Atualizado em 20/08/2018 16:04
Romário
Romário / Divulgação
Os principais temas do primeiro debate entre os candidatos a governador, na última quinta-feira, na TV Bandeirantes, dominaram o segundo dia de campanha no Rio de Janeiro. O senador Romário (Pode) esteve em Duque de Caxias e em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde admitiu o nervosismo no primeiro encontro entre os postulantes ao Palácio Guanabara e elencou a saúde como um dos maiores problemas da região. No entanto, o ex-jogador de futebol teve um Porsche Macan, avaliado em R$ 350 mil, apreendido pela Justiça por conta de dívidas.
— Havia muita expectativa de minha parte, tensão e certo nervosismo, porque era o primeiro debate da minha vida. Me preocupei em responder as perguntas e a fazer isso dentro do tempo. Passei no teste. (...) A saúde é um dos principais problemas da região, que tem cerca de quatro milhões de habitantes. Sabemos que é uma das áreas com mais corrupção do estado. Quando entrarmos no governo, vamos fazer uma auditoria nos contratos das Organizações Sociais (OSs) — disse Romário.
O Porshe apreendido está registrado em nome de Zoraidi de Souza Faria, irmã do senador. A Justiça, no entanto, entende que o Porsche pertence de fato a Romário e que a documentação em nome da irmã era apenas uma maneira de o candidato evitar perder bens para pagar dívidas com credores.
Anthony Garotinho participou de caminhada na praça da Estação, em Queimados, também na Baixada Fluminense. Mais atacado durante o debate, Eduardo Paes (DEM) não teve agenda aberta.
Já Indio da Costa (PSD) manteve o discurso sobre Segurança Pública e afirmou que vai desarmar os bandidos, caso seja eleito. “Eu tenho andado por muitas comunidades. Aonde eu vou vejo gente com fuzil. Quem está portando fuzil escolheu a guerra, escolheu matar ou morrer, então vai ter que lidar com o risco que escolheu e sofrer as consequências. Comigo governador, ninguém vai estar portando fuzil. Vamos desarmar os bandidos. Vamos botar na cadeia. E, se reagir, vai sofrer as consequências”.
Tarcísio Motta (Psol) esteve à noite no lançamento da bancada feminina do partido de candidatas à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Enquanto isso, Pedro Fernandes (PDT) visitou Saquarema, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Arraial do Cabo, na Região dos Lagos, e falou sobre a violência. “A Região dos Lagos vem sofrendo, nos últimos anos, com o aumento da violência, o que provocou a queda no turismo”.
Márcia Tiburi (PT) teria agenda no calçadão de Alcântara, em São Gonçalo, mas o evento foi cancelado por causa da chuva. Marcelo Trindade (Novo) esteve com empresários e caminhou pelas ruas de Petrópolis, na Região Serrana.
Candidatura de Lula defendida pela ONU
O Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiu nessa sexta-feira um documento que sugere ao governo brasileiro que reconheça os direitos políticos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, divulgou nota informando que o pedido da ONU será encaminhado ao Judiciário e que a iniciativa tem peso de recomendação, pois não é “juridicamente vinculante”.
A reação do comitê é uma resposta a uma consulta encaminhada pelos advogados do ex-presidente no começo deste ano.
O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luís Roberto Barroso foi definido nessa sexta como relator do pedido de registro de candidatura de Lula na Corte. A relatoria foi definida após o ministro Admar Gonzaga pedir a redistribuição de quatro pedidos de impugnações da candidatura de Lula com base na decisão da presidente do TSE, ministra Rosa Weber, que definiu Barroso com relator do pedido de registro.
Lula está preso desde 7 de abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba, por causa de sua condenação a 12 anos e um mês de prisão na ação penal do caso do tríplex do Guarujá, em São Paulo.
Bolsonaro chama críticos de “analfabetos”
O candidato do PSL à presidência da República, Jair Bolsonaro, disse nessa sexta-feira, ao ser questionado sobre as críticas ao seu plano de governo, que quem critica é “analfabeto” e não sabe interpretar. O presidenciável não se referiu a ninguém em específico.
Bolsonaro deu a declaração na chegada à cerimônia de formatura de sargentos da Polícia Militar de São Paulo, na capital paulista. Esse é o primeiro evento em que ele comparece após o início do período de campanha eleitoral nas ruas, na última quinta-feira. “Eu não posso responder a esse analfabeto que falou isso. Se o cara não sabe interpretar, eu não posso fazer nada”, afirmou.
Segundo o candidato, “as pessoas que realmente estão preocupadas com a política e o futuro do Brasil gostaram do plano”. Ele disse ainda que o plano é uma “diretriz”, uma “intenção”. “O plano é uma diretriz, é uma intenção. Vocês nunca cobraram plano de ninguém, de quem se elegeu. Nunca deram atenção a isso. Eu botei claramente o que nós pretendemos fazer. Mostramos um norte ali”, disse.
Bolsonaro acompanhou a solenidade no palanque ao lado de outras autoridades, entre elas o governador de São Paulo, Márcio França (PSB). Durante o evento, Bolsonaro e os demais políticos desceram do local para cumprimentar os PMs formandos e houve um alvoroço.

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