Convenções definem candidatos
Aldir Sales 21/07/2018 17:08 - Atualizado em 24/07/2018 17:09
  • Convenção do PSC (Foto: Divulgação)

    Convenção do PSC (Foto: Divulgação)

  • Convenção do Psol (Foto: Divulgação)

    Convenção do Psol (Foto: Divulgação)

  • Convenção do PSD (Foto: Divulgação)

    Convenção do PSD (Foto: Divulgação)

Desde a última sexta-feira passou a contar o prazo para a realização das convenções partidárias, que definem os nomes que vão concorrer a presidente, governador, senador, deputado federal e estadual no dia 7 de outubro. Passada a Copa do Mundo e o início das movimentações pelo Brasil, a pouco mais de dois meses e meio para o primeiro turno, o clima político começa a esquentar. Depois de Ciro Gomes (PDT), Paulo Rabello (PSC) e Vera Lúcia (PSTU), nesse sábado (21) foi a vez do Psol lançar a candidatura de Guilherme Boulos a presidente, enquanto neste domingo (22) o PSL deve confirmar Jair Bolsonaro. A corrida ao Palácio Guanabara também começou a ganhar os primeiros contornos. Na sexta, o Psol referendou o nome do vereador carioca Tarcísio Motta para concorrer ao Governo do Estado. Envolvido em polêmicas com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella (PRB), Indio da Costa (PSD) perdeu o apoio do bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus e partiu para uma chapa “puro sangue” com o ex-chefe da Polícia Civil Zaqueu Teixeira (PSD). Considerado como um dos “outsiders” da disputa, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) é outro que, a princípio, terá seu nome nas urnas fluminenses.
O lançamento da candidatura de Indio da Costa aconteceu nesse sábado, no Club Municipal, na Tijuca. O pessedista chegou a integrar o governo de Crivella, assim como Clarissa Garotinho (Pros), cujo pai, Anthony Garotinho, disputava com Indio o apoio do prefeito do Rio. O parlamentar estava com quase tudo certo para ganhar a concorrência, porém, na última semana, o PRB decidiu desembarcar do barco do ex-secretário por causa de duras críticas de Indio ao encontro “quase escondido” do prefeito com evangélicos no Palácio da Cidade.
De olho em um eleitorado religioso e preocupado com a crise de segurança no Rio de Janeiro, o nome confirmado pelos filiados ao PSC para concorrer ao Governo do Estado é o do ex-juiz federal Wilson Witzel, que inicia sua vida política nesta eleição. A convenção da legenda também aconteceu nesse sábado, no Clube Monte Sinai, na Tijuca.
Despontando como principal nome desta eleição da esquerda no Rio de Janeiro, o professor Tarcísio Motta também teve seu nome confirmado para concorrer a governador pela segunda vez seguida. Em 2014, Motta surpreendeu ao conquistar 8,9% dos votos, bem próximo de Lindbergh Farias (PT), que ficou com 10%. Tarcísio foi eleito vereador na capital em 2016 e agora volta ao cenário estadual.
Primeiro colocado nas pesquisas de intenção de voto para a presidência sem o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro ainda não definiu se vai apoiar alguém no primeiro turno do Rio de Janeiro, seu estado natal. A convenção nacional do PSL está marcada para este domingo, às 10h, no Centro de Convenções SulAmérica, junto com a estadual, que vai determinar as diretrizes do partido em um primeiro momento.
Garotinho ainda sem data para candidatura
O ex-governador e pré-candidato Anthony Garotinho (PRP) ainda não tem uma data fechada para a convenção do seu partido, mas anunciou nas redes sociais que estará, neste sábado, na reunião da executiva estadual do Patriotas, um dos seus aliados nesta eleição e partido da sua esposa, a ex-prefeita Rosinha Garotinho.
Com o desentendimento entre Crivella e Indio da Costa, seu desafeto, Garotinho pode ganhar de presente o apoio da máquina na capital fluminense de última hora. Durante a semana, o político da Lapa confirmou que está conversando com o PRB, mas que não tem nada fechado ainda.
Em nota, Garotinho disse que sua pré-candidatura tem alianças firmadas até momento com PPL, Pros e Patriotas. “O presidente do PRB trouxe ao meu conhecimento a informação de que a aliança com o pré-candidato Indio da Costa estava desfeita e que o PRB tinha interesse em abrir um diálogo com a minha pré-candidatura. Tenho também conversado com lideranças do PT. Não há, até o momento, fechamento algum de aliança com o Partidos dos Trabalhadores ou com o PRB”.
No entanto, também por nota, o presidente estadual do PT, Washington Quaquá, afirmou que o partido vai manter a pré-candidatura da filósofa Marcia Tiburi.
Pesquisa aponta liderança de Romário no RJ
O Instituto Paraná Pesquisas divulgou na última sexta a sua segunda sondagem para a corrida ao Governo do Estado. Seguindo a tendência da primeira consulta, realizada em maio, o senador Romário (Pode) continua na liderança com 24,3% no cenário mais amplo, contra 15,1% de Eduardo Paes (DEM) e 13,5% de Anthony Garotinho (PRP), que disputam mais de perto as três primeiras colocações, segundo a Paraná. Na sequência aparecem Indio da Costa (PSD), com 7,2%; Tarcísio Motta (Psol), com 3,8%; Pedro Fernandes (PDT), com 2,7%; Marcia Tiburi (PT), com 2,1%; Marcelo Trindade (Novo), com 2%; Wilson Witzel (PSC), com 1,8%; Marcelo Delaroli (PR), com 1%. Rubem César Fernandes (PPS) e Leonardo Giordano (PCdoB) ficaram com menos de 1%. A margem de erro é de 2,5% para mais e para menos e o nível de confiança é de 95%.
O instituo também mediu a rejeição entre os pré-candidatos. Neste quesito, o ex-governador Anthony Garotinho continua na liderança isolada, com 72,5% dos entrevistados que disseram que não votariam de jeito nenhum no ex-secretário de Governo de Campos. No ranking dos mais rejeitados também aparecem Eduardo Paes, com 62%, seguido de Indio da Costa, com 57,2%; Tarcísio Motta, com 57,1%; e Romário, com 47,6%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 14 e 19 de julho em 46 municípios e ouviu 1.860 eleitores. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é o RJ-06304/2018.

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