O Fundo de Desenvolvimento de Campos (Fundecam), apesar de estar com outra modelagem e abrindo novos financiamentos para os microempresários, está sendo questionado devido à dívida deixada pelas gestões passadas. O valor encontrado pela atual administração chega a R$ 402 milhões e, através da Justiça, cerca de R$ 2 milhões já foram recuperados. O vereador Jorginho Virgílio (PRP) já conseguiu marcar a audiência pública para reunir ainda mais informações para possível instauração de uma Comissão Paramentar de Inquérito (CPI), que visa apurar irregularidades cometidas em governos anteriores na concessão de empréstimos do Fundo, através dos royalties do petróleo.

O encontro será no próximo dia 20 de agosto, às 14h, no plenário da Câmara Municipal de Campos. A audiência faz parte de um cronograma definido pelo vereador após reunião feita no fim do mês passado, em seu gabinete, com o superintendente do Fundecam, Rodrigo Lira. Os levantamentos iniciais solicitados por Jorginho revelam que são mais de 50 empresas devedoras, hoje na Dívida Ativa e na mira da Coordenadoria Judiciária de Articulação das Varas com Competência em Dívida Ativa (Codivi).

Além das recentes dívidas das empresas de ônibus São Salvador, Turisguá e Rogil com o município, existem vários outros débitos acumulados desde a criação do empréstimo em 2001, passando pelos governos de Arnaldo Vianna, Alexandre Mocaiber e Rosinha Garotinho.

Para Jorginho, o que já foi apresentado pelo superintendente revela indícios suficientes para a abertura da CPI do Fundecam, mas para que tudo seja feito de forma transparente, o vereador marcou a audiência. “Muita coisa errada aconteceu nesses últimos anos. Com a audiência, vamos debater não só as dívidas acumuladas nos governos passados, mas também o trabalho da atual gestão para fazer o Fundo de fato trazer resultados”, destacou o vereador.