Marun quer impeachment de Barroso
15/03/2018 21:08 - Atualizado em 16/03/2018 16:58
O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta quinta-feira que apresentará na próxima sessão conjunta do Congresso Nacional o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. “Entendo que esse surto absolutista na mente do ministro Barroso tem de ser detido”, disse Marun, ao deixar a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), onde participou do programa Por Dentro do Governo, da TV NBR.
Segundo Marun, “há elementos suficientes” para justificar o pedido.
“Ainda não está redigido porque não se redige uma peça de impeachment em uma tarde. Mas minha expectativa é de que na próxima sessão do Congresso eu me licencie (do cargo de ministro da Secretaria de Governo) e vá, na condição de deputado, entregar ao Eunício Oliveira (presidente do Senado e do Congresso) o meu pedido”, falou Marun, que fez críticas a Barroso, tanto por ter quebrado o sigilo bancário do presidente Michel Temer, quanto por ter decidido restabelecer apenas em parte o decreto de indulto natalino editado no ano passado.
Ao fazer isso, Barroso manteve fora do indulto os presos que cometeram os chamados crimes de colarinho branco. “Barroso quebra, agride e desrespeita a Constituição. Ministros não estão no STF para quebrar a Constituição. Eles não legislam. Essa síndrome de Luís XIV, aquele que declarou L’État, c’est moi (o Estado sou eu), tem de ser detida”, afirmou, acrescentando: “Não estamos constrangendo o Barroso. Estou atuando no sentido de deter esse espírito absolutista”, ao lembrar que a ex-presidente Dilma Rousseff também usou desse expediente. Essa diferença de trato entre o decreto de Temer e o de Dilma mostra, segundo Marun, “a parcialidade e a atividade político-partidária” do ministro do STF. (S.M.) (A.N.)

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