Oviedo não entende ausência de "Projeto Flórida" do Oscar
Celso Cordeiro Filho 15/03/2018 19:04 - Atualizado em 19/03/2018 14:55
Rodrigo Silveira
Durante a apresentação do “Projeto Flórida”, de Sean Baker, quarta-feira (14), no Cineclube Goitacá, o publicitário e crítico de cinema, Gustavo Oviedo, fez questão de ressaltar que o filme deveria ter sido indicado ao Oscar em duas categorias: Melhor Filme e Melhor Atriz. “Sem dúvida, foi o grande injustiçado do Oscar deste ano. A atriz Brooklynn Prince, que faz o papel da menina Moonee, tem um interpretação magistral e não poderia ficar de fora da premiação. Considero mesmo um despropósito a sua não inclusão”, destacou. Lembrou, ainda, que o diretor Sean Baker ficou conhecido com o filme “Tangerine” feito com câmera de celular.
O filme apresentado por Oviedo é todo passado no subúrbio de Orlando, na Flórida, em uma área com muitos hotéis e complexos baratos. Centra sua atenção na história de uma jovem mãe e sua filha. A mãe, Halley (Bria Vinaite), é uma mulher que tem dificuldade de se manter. Sem emprego, ela vive de pequenos bicos/golpes e da ajuda de amigos. A filha, Moonee (Brooklynn Prince), é uma garota de seis anos que, durante as férias de verão, vaga pela região com amigos. Com uma mãe nada politicamente correta, a menina também não tem papas na língua e age de forma inconsequente, perturbando a rotina local.
Elas vivem em um hotel simples, que é administrado por Bobby (Willem Dafoe), um sujeito simples e dedicado, que se preocupa com os hóspedes/moradores do local, mas ao mesmo tempo tem que cumprir suas obrigações de funcionário. Ele é constantemente atrapalhado por Moonee, que causas diversos problemas no espaço. Mas também nutre uma relação de carinho bem especial com as crianças do espaço. “O único ator conhecido é Dafoe que, aliás, se integrou bem à proposta do filme. Com poucos recursos, dentro da linha do cinema independente, Sean Baker realiza um trabalho digno de elogios mostrando o lado pobre da Orlando dos parques da Disney. A história é bem desenvolvida e, em nenhum momento, apela para o fácil, o lugar comum. Enfim, um filme marcante e que merecia ser apresentado aqui no Cineclube Goitacá”, completou Gustavo Oviedo.

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