A polêmica sobre as sacolinhas plásticas nos supermercados voltou. Agora, a Câmara de Campos aprovou, na sessão desta terça-feira (30), o projeto de lei de autoria dos vereadores Fred Machado (Cidadania) e Bruno Pezão (PL) que proíbe a cobrança do produto nos supermercados aos consumidores. Além disso, os parlamentares também aprovaram o texto enviado pelo gabinete do prefeito Wladimir Garotinho (PSD) que restringe a ocupação da fiação nos postes e obriga a retirada dos que estiverem inutilizados.
Desde junho de 2019 os supermercados passaram a ser proibidos, por uma lei estadual, de distribuir as sacolas plásticas comuns, que podem demorar mais de 100 anos para se decompor na natureza. Os estabelecimentos passaram, então a cobrar pelos conhecidos saquinhos verdes com o selo de biodegradáveis. No entanto, Fred questionou.
— São Gonçalo e Maricá foram as primeiras cidades a fazer essa lei e a Alerj também. Quem deveria ser taxada na fonte seria a indústria que produz essas sacolas. O projeto inicial era pensando no meio ambiente, e devemos ter essa preocupação, mas tem gente passando fome. Pode parecer besteira para quem tem mais dinheiro, mas de centavo em centavo, tem gente que compra seu alimento assim. Sem contar que essas sacolas não são tão biodegradáveis assim. Precisariam também ter essa mudança de cima para baixo.
León Gomes (PDT), por sua vez, lembrou que a lei estadual não obriga a cobrança.
— A lei que proibiu as sacolas comuns não fala que essas novas tenham que ser cobradas. Pegaram essa situação para poder cobrarem.
Em outro momento, os vereadores aprovaram o projeto de lei enviado pelo Executivo que obriga a concessionária de energia e demais empresas ocupantes de sua infraestrutura a restringir a ocupação dos postes dentro do que estabelece as normas técnicas e promover a regularização e a retirada dos fios inutilizados nas ruas.
Durante a discussão, Nildo Cardoso (PSL) lembrou da obra de revitalização no Centro de Campos no governo Rosinha Garotinho.
— Sou favorável a esse projeto, mas temos que lembrar dos R$ 40 milhões naquela obra no Centro na época de Rosinha. Prometeram que a fiação seria colocada subterrânea, mas não seguiram as normas da Enel. Deixaram as ruas interditadas por meses e com prejuízo aos comerciantes. Vamos levar ao Governo do Estado para ver se eles compram essa briga do Centro porque é preciso.
