Clarissa Garotinho condenada por ofensas
Aldir Sales 10/01/2019 10:08 - Atualizado em 11/01/2019 14:45
Divulgação
Um dia após a mãe ser condenada por desvio de R$ 234,4 milhões na Saúde do Estado, a deputada federal Clarissa Garotinho (Pros) foi sentenciada pela segunda vez a pagar R$ 100 mil em danos morais ao desembargador do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) Luiz Zveiter. Ela foi considerada culpada pela juíza Flávia Gonçalves Moraes Alves, da 14ª Vara Cível, por reproduzir “informações caluniosas, injuriosas e ofensiva veiculadas na mídia e nas redes sociais por Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho (...) fazendo acusações absurdas e inverídicas contra o autor”, segundo o texto da sentença. A informação foi publicada por Esdras Pereira em seu blog, hospedado na Folha 1.
Além de Clarissa, Anthony e Rosinha também possuem outras duas condenações, cada, por ofensas ao ex-presidente do TJRJ. Somadas todas as sentenças, a família Garotinho deve R$ 490 mil em indenização por danos morais a Luiz Zveiter, segundo condenações em primeira instância. Ainda cabe recurso em todos os processos.
No caso específico de Clarissa, a juíza Flávia Gonçalves Alves destaca que “aproveitando-se de informações caluniosas, injuriosas e ofensiva veiculadas na mídia e nas redes sociais por Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho, as reproduziu, fazendo acusações absurdas e inverídicas contra o autor. Ressaltou, o autor, que, nos idos de novembro de 2017, a ré chegou a postar um vídeo em suas redes sociais, aduzindo, inveridicamente, que o mesmo teria caído na ‘banda podre’ do Poder Executivo e do Poder Legislativo do Rio de Janeiro e, mesmo assim, continuava intocado”.
Inelegível — Enquanto isso, Rosinha, que foi lançada como a candidata a prefeita de Campos em 2020 pelo marido em entrevista a uma rádio no último sábado, foi condenada, na última quarta-feira (8), por participar de um esquema que desviou R$ 234,4 milhões da secretaria estadual de Saúde, entre novembro de 2005 e abril de 2007 quando era governadora. Agora, a ex-prefeita acumula mais uma condenação à inelegibilidade por oito anos, além de imposições como pagamento de R$ 234 milhões de ressarcimento ao erário, de multa civil de R$ 500 mil e de R$ 2 milhões de compensação por danos morais coletivos. Na mesma ação civil pública, Anthony Garotinho foi condenado e se tornou inelegível, também por oito anos, em decisão confirmada em segunda instância em julho do ano passado. À época das irregularidades apontadas pelo Ministério Público, Garotinho era secretário de Governo do Estado comandado pela esposa.
Em nota, Rosinha afirma “que a decisão é absurda. Afinal, foi ela quem determinou, quando ainda era governadora, a suspensão do programa, que estava em curso. Além do mais, os valores citados são ridículos, já que R$ 236 milhões fazem parte do orçamento previsto para o projeto, montante que sequer foi realizado. (...) Portanto, a ação é descabida. Vamos recorrer e vencer”.

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