MP investiga "movimentações atípicas"
17/12/2018 22:28 - Atualizado em 18/12/2018 17:09
O procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, informou nesta segunda-feira que abriu 22 procedimentos investigatórios criminais com base no relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre diversas “movimentações financeiras suspeitas” de servidores da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O chefe do Ministério Público Estadual (MP), no entanto, não especificou quem está sob investigação, mas declarou que o objetivo é esclarecer a suposta participação de parlamentares e servidores. Nesta segunda, uma reportagem do jornal O Globo mostrou que o ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, suspeito de uma “movimentação atípica” de R$ 1,2 milhão, possuí dois apartamentos em seu nome na capital.
Segundo o MP, as movimentações financeiras atípicas indicadas pelo Coaf não indicam necessariamente em crime e, por esta razão, as investigações estão sendo conduzidas com “a devida cautela e profundidade” pelo Grupo de Atribuição Originária Criminal. As diligências estão sob sigilo.
Na apuração criminal, os deputados estaduais reeleitos permanecerão sob a atribuição do procurador-geral de Justiça. Os demais citados, inclusive os eleitos na esfera federal, após o final do atual mandato, passarão a ser investigados por promotores de Justiça junto à primeira instância.
Flávio – O relatório do Coaf sobre Fabrício Queiroz foi anexado à investigação que originou a operação Furna da Onça e prendeu dez deputados estaduais acusados de corrupção. No dia 11 de dezembro, O Globo mostrou que Queiroz mora em uma casa, em um beco de um local simples na Taquara, na Zona Oeste do Rio.
De acordo com o Coaf, as movimentações são incompatíveis com a renda do ex-assessor.

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