Prisão preventiva para nove deputados
14/11/2018 20:43 - Atualizado em 16/11/2018 15:38
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) confirmou, ontem, por unanimidade, o decreto de prisão preventiva de nove dos dez deputados estaduais que foram alvos da operação Furna da Onça, na semana passada. Com isso, não existe prazo para a soltura.
Os magistrados consideraram necessária a prisão a fim de garantir a ordem pública, assegurando a instrução criminal e a aplicação da lei penal. Outro fator que pesou na decisão foi a constatação de que investigados tiveram conhecimento prévio da operação, através de vazamento, e teriam tomado medidas para impedir a coleta de provas.
Com a decisão, reafirmam-se as prisões dos três deputados réus do processo derivado da operação Cadeia Velha: Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB, também alvos da Furna da Onça. Além deles, seis deputados inicialmente em prisão temporária passaram à preventiva: André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT) e Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius Neskau (PTB).
Para o deputado Marcelo Simão (PP), a decisão consistiu na proibição de frequentar a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e sair do país, entregando o passaporte à Justiça, porque não foi apurada conduta que caracterizasse impedimento de coleta de provas ou sua destruição.
O procurador regional da República Carlos Aguiar, um dos responsáveis pela investigação, considerou a decisão importante para garantir a preservação das provas. “Essas pessoas, ao longo de décadas, se acostumaram a praticar crimes em detrimento da sociedade. É uma medida enérgica, fundamental, inédita e unânime que decretou as prisões mais uma vez. Isso tende a minimizar efeitos deletérios que essa organização vem causando à sociedade fluminense”, declarou o procurador, em nota distribuída pelo MPF. (A.N.)

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