Candidatos da região barrados
Aldir Sales 18/09/2018 22:43 - Atualizado em 19/09/2018 15:21
Com o final do prazo para o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) julgar os registros, pelo menos quatro candidaturas da região foram barradas pela Corte com base na Lei da Ficha Limpa. Além do ex-governador Anthony Garotinho (PRP), que concorre à sucessão de Luiz Fernando Pezão (MDB) com uma liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o vereador afastado Kellinho (Pros); o ex-prefeito de Quissamã, Armando Carneiro (PV); e o vereador de Rio das Ostras, Paulo Fernando Carvalho, o Carvalhão (PV), também tiveram as candidaturas rejeitadas pelo plenário do TRE. Outro vereador afastado por determinação da Justiça, Thiago Virgílio (PTC), renunciou da possibilidade de concorrer a uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) e lançou o nome do primo para substituí-lo.
No dia 3 de setembro, o TRE informou que a candidatura a deputado estadual do ex-prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa (PRP), também foi indeferida, mas, até o fechamento desta edição, o status do registro de Alair no sistema da Justiça Eleitoral constava “pendente de julgamento”.
Assim como Kellinho, Virgílio também foi condenado em segunda instância no “escandaloso esquema” de troca de votos por Cheque Cidadão na última eleição municipal. Com isso, os dois recorrem da sentença no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas foram afastados dos cargos e substituídos por suplentes.
Kellinho manteve a candidatura mesmo assim, mas acabou com o registro indeferido pelo TRE por causa da condenação na operação Chequinho, que determinou a perda dos direitos políticos por oito anos. O mesmo aconteceu com Thiago, mas ele preferiu renunciar antes mesmo de ter a candidatura julgada.
No entanto, no último dia 23 de agosto, o político do PTC disse a Folha que iria manter a candidatura até o final. “Participei da convenção do partido, registrei minha candidatura e coloquei meu nome na rua consciente de que iríamos enfrentar uma batalha jurídica por causa da condenação nesta operação que chamam de ‘Chequinho’, mas tenho certeza que será revertida em Brasília por causa das várias nulidades durante o processo”.
Já Garotinho teve a candidatura a governador barrada no TRE por causa da condenação por improbidade administrativa no Tribunal de Justiça (TJ), que o considerou culpado por desvio de R$ 234,4 milhões da Saúde quando a esposa, Rosinha Garotinho (Patri), era governadora. A decisão do TRE determinava que a campanha do político da Lapa fosse suspensa e seu nome retirado das urnas eletrônicas, no entanto, uma liminar do ministro Og Fernandes, do TSE, garantiu a continuidade da campanha até julgamento do mérito da Corte de Brasília.
Enquanto isso, a Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) pediu ao TRE que Garotinho seja considerado inelegível com base em outra condenação, desta vez por calúnia e injúria em seu blog contra um juiz. Não cabe mais recurso no processo. Os desembargadores ainda não analisaram o recurso da PRE.

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