Maia analisa atores de outubro
Aluysio Abreu Barbosa 18/09/2018 20:30 - Atualizado em 20/09/2018 14:26
Ex-prefeito e vereador em segundo mandato da cidade do Rio de Janeiro, César Maia (DEM) é o candidato líder nas pesquisas de intenções de voto ao Senado Federal. Também economista e professor universitário, ele sempre foi considerado um bom analista do cenário político regional e nacional — mais pelo olhar cartesiano, do que pelas paixões ideológicas. Pai do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM), César fez uma análise de alguns dos atores, instituições e movimentos que protagonizam as eleições que definirão o próximo presidente da República e governador do Estado do Rio de Janeiro.
Jair Bolsonaro – O candidato que está liderando as pesquisas na corrida presidencial é um líder conservador. Faz tempo que, na Câmara dos Deputados, é um líder corporativo dos militares, sempre defendendo seus temas. Nenhuma surpresa em seus discursos. Usa bastante as redes sociais em benefício próprio sabendo aproveitar como poucos candidatos majoritários.
Ciro Gomes – Um líder trabalhista com uma trajetória coerente na política. Disputa pelo partido de Brizola. Não é exatamente o partido que o caracteriza mais o seu populismo retórico. É autêntico, sem dúvida. Por vezes, ao defender suas ideias, melindra pela forma de se expressar, um pouco rude ou veemente demais.
Marina Silva – Uma líder ambientalista, uma mulher de fibra que soube lutar para vencer as muitas dificuldades da infância e da vida. Sabe o que quer e faz política do jeito que quer. Às vezes “sonhática”. Conhecedora do custo que isso tem. É corajosa. Tem seu valor.
Geraldo Alckmin – Governador de alta capacidade administrativa. Já deu inúmeras demonstrações de competência para governar. Tem experiência para liderar essa nova etapa do país e competência para fazer o Brasil sair de onde está e andar para frente, o que é urgente para todos, em todo o território nacional. Sabe ouvir. É conciliador, paciente e realizador.
Fernando Haddad – Um professor ilustre que foi atraído para a política. A academia empresta um certo brilho à sua carreira partidária. Seguirá o comando do partido haja o que houver. É e será fiel a Lula.
Luiz Inácio Lula da Silva – Um líder social. Dono de uma capacidade inigualável para se comunicar com o povo. Respira política. Parece que já nasceu fazendo política. Lula é Lula.
Eduardo Paes – Um líder entre prefeitos da nova geração projetando-se para o futuro. Determinado. Pragmático. Trabalhador.
Romário Faria – Líder nacional esportivo que viu na política o seu futuro depois de encerrar carreira no futebol, onde foi um vencedor. E, como tal, arrasta a adoração para o campo político em todo o país.
Anthony Garotinho – É um ótimo comunicador e se aprimora constantemente através dos programas de rádio que já faz há muitos anos. Sem dúvida, um líder assistencial. Persistente. Já possui sua marca na história do Estado do Rio.
Tarcísio Motta – Professor ilustre subindo a escada da política. Dono de uma boa oratória. Um líder destacado da esquerda fluminense. Um atuante vereador na capital.
Indio da Costa – Um jovem destaque político. É um bom vocalizador. Entusiasmado e interessado em aprender. Trabalhador.
STF – A nossa impecável Corte Suprema. Instituição indispensável para a sociedade, hoje e sempre! Merece muito respeito.
Lava Jato – Uma importantíssima correção de rumos. Uma operação fundamental e que está fazendo o Brasil parar para pensar e mudar o desenho do futuro. Nada será como antes.
Novo Congresso – O Congresso que sairá das urnas nessa eleição será melhor que o atual porque o eleitor de hoje está muito mais exigente. E isso é muito positivo. Resta saber o quanto terá de renovação entre os 514 deputados e 81 senadores. O ideal é que as legislaturas acompanhem o desenvolvimento de seu povo com escolhas cada vez mais conscientes. O século XXI pede atitudes condizentes ao século XXI. Portanto é valioso o desejo de eleger os legisladores que melhor representam esse momento do Brasil que clama por ética e moral.
Voto útil – A busca do voto útil é sempre um processo delicado. A escolha final será, claro, do eleitor. Mas neste ano, nessas eleições de outubro, terá uma importância significativa! A pouco mais de duas semanas das eleições, o quadro é totalmente indefinido. Todos com chance.
Segundo turno – A possibilidade de forças políticas afins convergirem gerando governabilidade é muito grande. O país deve estar em primeiro lugar no momento da decisão. Tudo indica que o segundo turno é certo de acontecer. E segundo turno é uma nova eleição. Condições iguais para os dois candidatos, mesmo tempo de TV e rádio, participação em entrevistas e debates com tempo e destaque para os dois lados, seja na mídia seja nas ruas. E que seja feita a vontade do povo.

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