Coppam vai ao MP e Hotel Flávio passa por nova vistoria
27/06/2018 14:41 - Atualizado em 29/06/2018 13:14
Supcom
A presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam), Cristina Lima, participou nesta quarta-feira de uma reunião no Ministério Público, onde foi debatida a situação do antigo Hotel Flávio, que teve sua área interditada nesta semana pela Defesa Civil Municipal. Na reunião, a promotora de Justiça Maristela de Faria informou aos membros do Coppam que havia uma condenação judicial datada de 2015, cuja sentença foi proferida recentemente e será publicada no Diário Oficial de Justiça.
Também nesta quarta, um representante dos proprietários do imóvel esteve no local junto a agentes da Defesa Civil e membros do Coppam e ressaltou que uma solução para a situação do prédio será dada nos próximos dias. O trânsito no trecho da rua Carlos Lacerda, entre os cruzamentos com as ruas Sete de Setembro e 21 de abril, também está interrompido por tempo indeterminado.
Durante a visita técnica, estavam presentes, além da Defesa Civil Municipal, o subsecretário de Urbanismo e Mobilidade Urbana, Marcos Tâmega, e os membros do Coppam Humberto Netto e Francisco Eduardo Leal. Segundo o coordenador municipal do órgão, major Edison Pessanha, a área vai continuar interditada.
“O entorno do prédio do antigo Hotel Flávio segue isolado e uma equipe da Guarda Civil Municipal permanece no local. A secretaria de Infraestrutura e Mobilidade Urbana vai instalar, até sexta-feira (29), tapumes ao redor do prédio para impedir o acesso próximo à estrutura”, destacou o coordenador.
Cristina Lima reconheceu a situação delicada do prédio e afirmou que o Coppam vai se reunir após a família apresentar uma proposta pra solucionar o problema.
“O grupo chegou à conclusão de que a situação é bastante delicada com risco de atingir as construções vizinhas. A partir desse laudo, a necessidade de agir rapidamente desde que a família apresente uma proposta em formato de requerimento ao Coppam. Feito isso, o Conselho vai se reunir e, então, com base nos pareceres técnicos da Comissão e da Defesa Civil, e decidir qual ação deverá ser aplicada ao imóvel”, ressaltou Cristina.
Prédio histórico - Construído no século XIX e com mais de 170 anos, o prédio foi abandonado há vários anos. Ele pertence a membros da família Carneiro Mendonça, ligada ao histórico comendador José Carneiro da Silva, o Visconde de Araruama, mas nenhuma medida foi adotada. Em 2011, os proprietários foram notificados, no Rio de Janeiro, pelo Ministério Público, sobre a precariedade da estrutura e consequente risco de acidentes, mas até o momento nada foi feito.

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