Itaperuna tem prefeito réu por improbidade e na mira de CPI
Arnaldo Neto 19/04/2018 22:57 - Atualizado em 20/04/2018 17:10
Marcos Vinícios
Marcos Vinícios / Divulgação
A cidade de Itaperuna vive um momento, no mínimo, turbulento no cenário político. O prefeito Marcus Vinícius (PR) é alvo de uma ação de improbidade movida pelo Ministério Público (MP), que pede seu afastamento e posterior cassação, teve uma licitação suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) por sobrepreço superior a 500%, e pode ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara. Quanto à ação por improbidade, inclusive, já foi citado pelo juízo local para apresentar manifestação. De reação, até o momento, algumas mudanças no primeiro escalão da Prefeitura. Contestado mais uma vez, por meio da assessoria de imprensa, o prefeito continua em silêncio.
Na ação por improbidade que já tramita na justiça. O MP aponta que “o réu (o prefeito) é uma espécie de ímprobo contumaz, sobre o qual não se pode recair a confiança de toda uma população e muito menos, a gestão e o poder de comando do município de Itaperuna”, diz a inicial, que narra uma série de condutas irregulares por parte do prefeito, dentre elas a alteração do texto da Lei de reforma administrativa municipal, depois de aprovado pela Câmara.
Segundo o MP, além das alterações irregulares, a reforma administrativa de Itaperuna não contou com a prévia realização de estudo de impacto financeiro, o que pode ocasionar graves lesões aos cofres públicos. Em quadro extraído do portal da transparência do próprio município, o MPRJ demonstra que o aumento de despesas com a folha de pessoal, em função das alterações promovidas pela lei, alcançou valor bruto superior a R$ 6 milhões mensais.
Nessa quinta-feira (19), em seu blog hospedado no Folha 1, o jornalista Nino Bellieny informou que a Câmara já tem o número de assinaturas necessárias para instauração de uma CPI. O objetivo seria, também, investigar possíveis irregularidades na reforma administrativa do prefeito. Nel Medeiros (PP) foi o último a subscrever o documento, que já contava com as assinaturas de Nandi Freitas (PP), Moreira da Cedae (PTB), Cazalito Bandoli (PHS) e Sinei Torresmo (PTN).

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