Políticos viram Judas no sábado de Aleluia
Arnaldo Neto 31/03/2018 21:21 - Atualizado em 02/04/2018 16:27
A tradição de “malhar” o Judas pode até não ter sido mantida, mas os bonecos do “apóstolo traidor” apareceram em Campos. E os alvos preferidos foram os políticos, ainda que de correntes partidárias totalmente opostas. Um “Judas” com a fotografia do ex-governador Anthony Garotinho (PRP) foi pendurado na ponte Leonel Brizola, no trecho do cruzamento entre a Alberto Torres e a José Carlos de Azevedo. Já no antigo Cesec, sede da administração pública municipal, o “Judas” teve uma foto do atual prefeito, Rafael Diniz (PPS).
Nos relatos bíblicos, Judas Iscariotes, que integrava o grupo de apóstolos de Jesus, foi o responsável por entregar Cristo aos soldados que o levaram para ser crucificado. Judas indicou Jesus com um beijo no rosto. Pela traição, o apóstolo recebeu 30 moedas de ouro. A passagem bíblica marca um dos maiores casos de traição da história da humanidade e, por isso, faz os cristãos, anos após ano, reviverem a cena.
O que também se repete todos os anos é o paralelo, crítico que é feito com políticos em todo país. Se em Campos o ato mirou personalidades locais, país afora os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foram algumas das personalidades mais lembradas neste Sábado de Aleluia. Nas redes sociais, vídeos de bonecos com imagens de Gilmar Mendes, Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e outros, além de políticos, foram queimados e espancados pelas ruas.

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