Geddel chora ao ouvir que vai permanecer preso
06/07/2017 18:19 - Atualizado em 07/07/2017 13:26
Geddel durante depoimento
Geddel durante depoimento/Reprodução
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, manteve a prisão do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), preso preventivamente desde a última segunda-feira (3). Nesta quinta, Geddel participou de uma audiência de custódia perante o magistrado. Ele negou qualquer tentativa de obstrução de justiça, principal motivo que o levou a ser detido. A defesa tentou trocar a prisão preventiva por medidas cautelares alternativas, como a proibição de sair de casa.
Durante a audiência, quando o juiz Vallisney já tinha dito que manteria sua prisão, Geddel chorou e enxugou as lágrimas com suas próprias mãos. As lágrimas vieram nos últimos minutos da audiência, que durou pouco menos de uma hora e meia. Geddel parecia abatido e ficou cabisbaixo por vários momentos. Também roeu as unhas algumas vezes.
Para tentar o benefício, Gamil Föppel, advogado de Geddel, citou o exemplo de Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor especial do presidente Michel Temer, preso por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e depois solto, mas com a obrigação de seguir algumas restrições, como usar tornozeleira eletrônica. O Ministério Público Federal (MPF) foi contra, ressalvando que, em momento posterior, o quadro pode mudar e o pedido poderá ser apreciado novamente.
O pedido para prender Geddel foi feito pelo MPF e pela Polícia Federal (PF). O ex-ministro, do grupo de peemedebistas próximos ao presidente Michel Temer, é acusado de tentar impedir eventual acordo de delação premiada do ex-deputado Eduardo Cunha e do operador financeiro Lúcio Bolonha Funaro, ambos também presos. Geddel foi detido em Salvador e depois transferido para Brasília.
Fonte: O Globo

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