Com cartazes pedindo a regularização do pagamento e prioridade na educação, professores e alunos da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) realizaram uma manifestação na tarde desta quarta-feira (5), em frente à Escola Técnica Estadual João Barcelos Martins, em Campos. Segundo membros do Sindipefaetec, 60 mil servidores ligados a secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia estão com os salários e o 13º atrasados.

O grupo reivindica também melhoria na estrutura das escolas, melhoria na qualidade do ensino técnico e o retorno da perícia médica. Eles fizeram da faixa de pedestres da avenida Alberto Lamego um local de protesto. Enquanto o semáforo estava fechado, os alunos e professores exibiam por meio dos cartazes e faixas suas reivindicações.

— Chegamos ao limite e só nos resta ir para a rua e mostrar para a população o que o Estado está fazendo com o servidor, uma verdadeira “atrocidade”. Tem gente doente, endividado, com depressão, passando por necessidades. A Rede Faetec está sucateada. Até quando vamos ficar nessa situação? — disse Jorge Henrique de Lacerda, o diretor do Sindicato.

O professor de História Luiz Cosmelli disse que os professores estão desmotivados e com isso a qualidade do ensino está sendo comprometida. “Estamos vindo trabalhar sem vontade. Entramos em sala de aula por consideração aos nossos alunos, que são esforçados e precisam concluir o curso para ingressar no mercado de trabalho, mesmo assim, a situação é complicada tanto para nós, professores, quanto para os alunos”, informou o professor.

Em nota, a Faetec informou que o atraso no pagamento se dá por conta da crise financeira do Estado. O calendário de pagamento dos servidores é estabelecido pela secretaria de Estado de Fazenda.

A equipe de reportagem entrou em contato com a secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia, mas até o fechamento da matéria nenhuma resposta foi dada.