Câmara volta com Rafael e protestos
Suzy Monteiro 16/02/2017 08:58 - Atualizado em 17/02/2017 17:40
Um ano. Este foi o prazo dado pelo prefeito Rafael Diniz (PPS) para “pôr a casa em ordem”. Em discurso na abertura dos trabalhos da Câmara, nessa quarta-feira (15), o prefeito fez uma radiografia do que encontrou na Prefeitura e de suas ações nos 45 dias de governo. A primeira sessão de 2017 teve protesto de aprovados em concurso da Educação e que não foram convocados. Contratados por meio de Recibo de Pagamento de Autônomo (RPA) também protestaram.
O prefeito Rafael Diniz iniciou o discurso lembrando de quando era vereador — mandato que exerceu até dezembro. Ele anunciou Fred Machado (PPS) como líder do governo.
— Quero dizer da satisfação de estar aqui. Quando ocupei a cadeira na Câmara sempre tentei fazer o meu melhor e tenho a mesma intenção agora, como prefeito — disse.
Rafael afirmou que os poderes Executivo e Legislativo estarão lado a lado e que estará sempre disposto a dialogar, seja com a situação ou com a oposição: “Conversem com nossos secretários e apontem os erros. Teremos humildade para aceitar. Os senhores serão ouvidos e respeitados”, disse.
O prefeito também falou sobre a situação financeira do município, que é “muito pior do que imaginava. As dívidas somam R$ 2,4 bilhões. A saúde estava abandonada, largada e esquecida. Mesmo assim, no Hospital Ferreira Machado, conseguimos zerar as cirurgias ortopédicas”.
Ele afirmou que um abandono de anos não se constrói “em um mês e 15 dias. Espero consertar em um ano. O que podemos consertar, estamos consertando”.
Ele também citou pontos sensíveis, como a questão do leite especial. “O antigo governo fez licitação apenas para novembro e dezembro. Já estamos fazendo uma nova licitação e recadastramento”.
A Cidade da Criança e a ausência de trio elétrico em Farol não foram esquecidas. “Reabri a Cidade da Criança. Podem questionar por que, enquanto vereador, sempre contestei. É verdade. Havia outras obras mais importantes. Mas a Cidade da Criança está lá. Assim como o Cepop. E temos que trabalhar nessa realidade”.
  • Aprovados na Educação pediram convocação

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  • Câmara de Campos volta ao trabalho

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Concursados pedem para ser chamados
O plenário do Legislativo ficou lotado na primeira sessão. As portas chegaram a ser fechadas em função do grande número de pessoas.
No plenário, aprovados no concurso de 2014 da Educação portavam cartazes cobrando a convocação. O presidente do Legislativo Municipal, Marcão Gomes (Rede), pediu para que fosse formada uma comissão a ser recebida pelo líder do governo, vereador Fred Machado (PPS), e pelo presidente da comissão da Educação, Genásio (PSC). Um grupo de pessoas que trabalhavam na Prefeitura por meio do RPA também protestou.
O vereador Silvinho Martins apresentou requerimento para parabenizar o prefeito pela assinatura do convênio com a Associação de Pais e Amigos de Pessoas Especiais (Apape), que vem enfrentando dificuldades financeiras.
Outras indicações legislativas também foram apresentadas.
Chequinho não entra em pauta no primeiro dia
O clima na primeira sessão foi de aparente tranquilidade. O caso da operação Chequinho, que condenou 11 vereadores eleitos em outubro último não foi tocado.
Cinco vereadores eleitos e condenados na operação Chequinho ocupam cadeiras na Câmara: Thiago Ferrugem (PR), Magal (PSD), Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Vinícius Madureira (PRP) e Roberto Pinto (PSD). Outros seis foram impedidos pela Justiça Eleitoral de serem diplomados: Linda Mara (PTC), Kellinho (PR), Miguelito (PSL), Ozéias (PSDB) e Thiago Virgílio (PP), que chegaram a ser presos na Operação Chequinho, e Jorge Rangel (PTB). Todos foram condenados em primeira instância por suposta participação no esquema do uso político do Cheque Cidadão em troca de votos.

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