Rafael faz balanço de seu primeiro mês
Suzy Monteiro 02/02/2017 09:15 - Atualizado em 03/02/2017 13:36
Rodrigo Silveira
Rafael Diniz no Folha no Ar / Rodrigo Silveira
O prefeito de Campos, Rafael Diniz (PPS), participou, nessa quarta-feira (1), do programa Folha no Ar, da Plena TV, do grupo Folha. A entrevista marcou um balanço de seu primeiro mês de governo. Rafael afirmou que a situação encontrada na Prefeitura foi “muito pior do que se imaginava”. Este quadro foi agravado por uma falta de transição “transparente, real e verdadeira”, como disse. Ele destacou o governo já tem avançado bastante, porém, ressaltou que não se muda em 30 dias a maneira de fazer política em Campos nos últimos 30 anos. Um dos destaques deste primeiro mês foi a realização de todas as cirurgias ortopédicas que estavam em atraso no Hospital Ferreira Machado (HFM).
Rafael disse que todos os contratos passaram por uma auditoria e cada um está sendo analisado individualmente. Os que forem realmente necessários permanecerão, mas com valores adequados e com fiscalização maior para a realização dos serviços.
— Estamos revisando contrato por contrato. Cada secretário analisa a real necessidade. Os desnecessários serão cortados – afirmou.
Também passou por auditoria interna a folha de pagamento: “Sentimos necessidade de uma autoria externa desta folha para desinchá-la. Hoje, a folha de pagamento compromete 54% da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.
De acordo com o prefeito, o valor encontrado nas contas da Prefeitura de Campos foi de R$ 24 milhões. Destes, quase R$ 4 milhões são de repatriação (não foi a antiga gestão que deixou). Dos R$ 20 milhões restantes, R$ 14,8 milhões são de verba vinculada, ou seja, já tem destinação certa: “Do próprio Tesouro foram cerca de R$ 6 milhões”, explicou.
Já em dívidas a curto prazo (com fornecedor e prestadores de serviço), foram R$ 326 milhões. Fora isso, relata o prefeito, foi R$ 1,3 bilhão com a venda do futuro, uma dívida com o Tribunal de Justiça no valor de R$ 61 milhões. E ainda uma dívida a longo prazo da ordem de R$ 700 milhões.
Segundo ele, a meta, agora, é buscar receita. Para isso, já encontrou com a prefeita de Quissamã, Fátima Pacheco, para viabilizar o Complexo de Barra do Furado.
De acordo com o prefeito, sua prioridade é com o servidor, mantendo os salários em dia.
Sobre as auditorias, afirmou que todos os resultados serão encaminhados às autoridades competentes: “De maneira transparente, sem estardalhaço. Nossa maneira de governar é assim. Pode causar estranheza a muitos, porque uma ruptura de um modelo existente há 30 anos na cidade não se faz em um mês, dois ou seis meses”.

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