Motoristas de vans realizam protesto no Centro
Jhonattan Reis 01/02/2017 10:56 - Atualizado em 02/02/2017 13:34
  • Protesto de motoristas de vans

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Motoristas de vans que fazem a linha Travessão-Rodoviária protestaram, na manhã desta quarta-feira, ao lado da rodoviária Roberto Silveira, no Centro de Campos, contra a concorrência de veículos de passeio que realizam transporte de passageiro de forma irregular, as chamadas “lotadas”. Os trabalhadores fecharam a rua Saldanha Marinho por cerca de 30 minutos, o que causou retenção ao trânsito. Também durante a manhã, rodoviários da empresa São Salvador voltaram a paralisar os serviços por conta do atraso de salários.
— Não estamos podendo trabalhar por conta do transporte clandestino. Eles pegam nossos clientes e já até nos ameaçaram de morte para não trabalharmos. Pagamos impostos e trabalhamos corretamente. Alguma coisa tem que ser feita para resolver essa situação — disse um dos motoristas de van que preferiu não se identificar.
Ele ainda relatou que não há fiscalização nos pontos. “Os carros piratas fazem fila na rodoviária e não tem ninguém para fiscalizar. Já enviamos ofício ao Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT) e nada foi feito até hoje”, relatou.
Os motoristas que estiveram na manifestação se queixaram de estarem sofrendo prejuízos de até 40% por conta da concorrência do transporte clandestino. “Estamos precisando trabalhar. Com essa situação piora muito. Se já estava difícil antes, com esse problema complica mais ainda”, contou Ronerson Pereira Martins, de 35 anos, um dos motoristas legalizados da linha.
Após o protesto, os motoristas de vans se reuniram com o comandante da Guarda Civil Municipal, Wyllian Bolckau, e um representante do IMTT. A Folha tentou contato com a Prefeitura para saber o que foi definido na reunião, mas não houve respostas até o fechamento desta edição.
Ônibus - Rodoviários da empresa São Salvador fizeram uma nova paralisação em protesto contra o atraso no pagamento de salários. As linhas mais afetadas foram as da Baixada Campista, que tiveram a frota reduzida durante toda a quarta-feira. De acordo com o sindicato da categoria, a São Salvador estaria devendo aos funcionários 40% do salário de novembro e as duas parcelas do 13º. Segundo a entidade, 50% dos funcionários da empresa não teriam recebido o salário de dezembro.
— Já vi até colega de trabalho pegando dinheiro emprestado com agiota para pagar contas e comprar as coisas para a família em casa. A gente precisa se sustentar e as contas estão aí, só vencendo e com juros. Está difícil — falou um funcionário da São Salvador que preferiu não se identificar.
No entanto, de acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Roberto Virgílio, os serviços da São Salvador estão previstos para voltarem nesta quinta. Além da empresa, de acordo com o sindicato, trabalhadores da Rogil e Turisguá também estariam com 13º atrasado. Em nota, a Prefeitura de Campos informou que está em diálogo com as empresas de transporte para que os pagamentos sejam executados de maneira a não comprometer o fornecimento do serviço para a população e que, “mesmo que tenha sido deixada uma dívida por parte da antiga gestão, a Prefeitura busca permanecer com os pagamentos do transporte em dia dentro da arrecadação recebida, cumprindo o que foi acordado na última reunião com as empresas”.
A equipe de reportagem tentou contato com as empresas, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição.

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