Paralisação dos policiais civis completa 15 dias
Jhonattan Reis 31/01/2017 13:18 - Atualizado em 31/01/2017 16:00
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“Tudo na mesma”. A afirmação é de policiais civis do Estado do Rio de Janeiro quando perguntados sobre pagamentos atrasados e condições de trabalho — com relatos até de viaturas com documentação atrasada. A categoria ainda precisa receber do Governo do Estado o 13º, o Regime Adicional de Serviço (horas extras) e os prêmios por cumprimento de metas de segurança. A secretaria de Estado de Fazenda apontou que não há previsão para os pagamentos.
Por conta dos atrasos, os policiais estão com atividades paralisadas há mais de duas semanas. No último dia 17, a categoria paralisou por 72 horas, que terminaram no dia 20, sexta-feira. Depois de paralisação também no final de semana, o sindicato decidiu, no dia 23, pela manutenção da interrupção por tempo indeterminado. O presidente do sindicato, Fernando Bandeira, declarou que o movimento é essencial para chamar atenção do Governo do Estado e da população para os problemas que a categoria enfrenta.
Por conta da paralisação, as investigações que estavam em curso nas delegacias estão paradas. Apenas serviços considerados essenciais — como flagrantes e remoção e cadáver — estão sendo registrados. O sindicato ainda informou que os serviços só retornam ao normal com o pagamento de todos os direitos dos agentes.
Sobre condições de trabalho, um policial, que preferiu não se identificar, relatou: “A estrutura para se trabalhar não é boa. Trabalhamos com buracos e falhas no chão, pedaço de teto soltando, fiação exposta, banheiros em más condições, impressoras com problemas, viaturas sem funcionamento e sem vistoria há seis anos. As viaturas ainda estão com documentos atrasados. Ou seja, o Estado está infringindo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB)”.
A Polícia Civil não havia se pronunciado até o fechamento desta matéria.

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