Comércio em ritmo lento após Carnaval
Paulo Renato do Porto 26/02/2020 21:15 - Atualizado em 02/03/2020 14:43
A ressaca da Quarta Feira de Cinzas não animou boa parte dos comerciantes do Centro de Campos. Na rua João Pessoa, no trecho entre 13 de Maio e Andradas, o cenário mais parecia o de um feriado. Como ocorre todos os anos, os lojistas, em sua maioria, decidiram não reabrir as portas. O calçadão no Boulevard Francisco Paula Carneiro, ruas Sete de Setembro e Santos Dumont, entretanto, destoava com um bom movimento de pessoas que entravam e saíam das agências bancárias e outros estabelecimentos na área central como drogarias e lojas de confecções.
O comerciante Jorge Nassar viu no expediente bancário uma razão para o funcionamento de sua loja, entre a 13 de Maio e João Pessoa. “Abrimos devido ao movimento dos bancos, que trouxeram uma maior quantidade de pessoas ao Centro. Se não fosse isso, tudo isso aqui estaria praticamente vazio”.
O lojista aproveitou para fazer uma reivindicação. “Precisamos de mais segurança. Andar aqui durante o dia, à noite ou qualquer hora dá medo”, frisou. “Há muita gente morando nas ruas, isso aqui continua abandonado”.
Rafael Apolinário, gerente de loja de confecções na rua Governador Theotônio Ferreira de Araújo, admitiu que o movimento era fraco, com a cidade ainda vazia, mas mesmo assim valeu a pena.
— Hoje é um dia de trabalho como outro qualquer, mas o movimento já era esperado. Há muita gente ainda fora da cidade. Abrimos mais para servir os clientes — afirmou Rafael.
Enquanto funcionários conversavam tranquilamente na maioria das lojas, uma unidade da operadora Vivo estava repleta de clientes. A maioria compareceu para resolver problemas de conexão com a internet e outras reclamações. “Estou tentando solucionar um problema aqui do celular do meu filho. Se demorar mais vou até o Procon ou buscar uma outra saída”, disse a professora Cristina Queiroz.
A educadora tinha outros motivos para ter ido nesta quarta-feira ao Centro. "Precisava pagar essas contas de energia e telefone já que os boletos que venceram no feriado podem ser pagos nesta quinta sem acréscimo de juros”, explicou.
O lojista Roberto Santos considera o Carnaval uma “semana perdida" para o comércio.
— Na Quarta Feira de Cinzas o pessoal ainda está retornando para a cidade. É uma semana praticamente perdida. Os dias de fechamento do comércio durante o Carnaval sempre trazem impactos negativos, já a gente depende das vendas para pagar as contas — afirmou. “O movimento só começa a se normalizar mesmo no comércio a partir da sexta-feira e do sábado", adicionou.
Alguns shoppings centers funcionaram nesta quarta, como o Campos Shopping e o Boulevar. O Pelinca Square e o Parquecentro só voltarão a funcionar nesta quinta-feira, a exemplo de algumas repartições públicas municipais e estaduais. 
 
 

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