Mesmo com publicação da LOA, não houve repasse para os hospitais
Camilla Silva 22/01/2020 18:36 - Atualizado em 25/01/2020 19:22
Mesmo após a publicação da Lei Orçamentária Anual, no diário oficial desta quarta-feira (22), representantes das unidades hospitalares que prestam serviço pelo Sistema Único da Saúde, em Campos, informaram que não receberam informações sobre o repasse federal referente ao mês de janeiro que está atrasado desde o início do mês e da complementação municipal que não foi paga referente aos meses de outubro, novembro e dezembro. Nesta quinta-feira (23), está prevista uma reunião entre diretores do Hospital Escola Álvaro Alvim, Hospital Plantadores de Canas, Hospital Beneficência Portuguesa e Santa Casa de Misericórdia para falar das dificuldades enfrentadas pelas unidades que desde julho denunciam falta de regularidades nos pagamentos. Nessa terça, o Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) informou, após assembleia, que vai à justiça para receber gratificações e substituições do ano passado. Procurada pela Folha, município não comentou nenhum dos assuntos.
A dívida do município com os hospitais ultrapassa os R$ 20 milhões. Nas unidades, funcionários estão com salários atrasados e diretores encontram dificuldade para comprar insumos e alimentação.
A peça orçamentária que foi aprovada no dia 14 de janeiro na Câmara prevê que o município vai arrecadar R$ 1,9 bilhão diante da queda nos repasses dos royalties do petróleo, destes quase R$ 450 milhões serão destinados para Saúde. Demora na aprovação, que normalmente acontece no ano anterior ao exercício, após racha na base de vereadores, atrasou pagamentos previstos para início deste ano, segundo o município.
Ação - Na noite de terça, a categoria dos médicos se reuniu mais uma vez para atualização e decisão de um possível estado de greve, após reunião com o secretário de Saúde de Campos, Abdu Neme, na última segunda-feira, para tratar o cumprimento, por parte da Prefeitura, do acordo que pôs fim à greve da categoria, em agosto do ano passado. O presidente do sindicato, José Roberto Crespo explicou que, houve uma reunião com representantes da pasta na semana passada, sem avanço nas negociações, no entanto, em encontro com Abdu, na segunda, o secretário se comprometeu a levar as propostas ao prefeito Rafael Diniz. O secretário teria dito ainda, que daria um posicionamento sobre tal reunião, na noite de ontem, antes da assembleia, o que não ocorreu. Procurada novamente nesta quarta, não houve posicionamento.

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