Cineclube Goitacá exibe documentário sobre liberação da maconha para uso medicinal
26/11/2019 17:38 - Atualizado em 02/12/2019 13:41
Filme foi produzido pela revista Superinteressante
Filme foi produzido pela revista Superinteressante / Divulgação
Ativista do Coletivo Finazinha, Matheus Eduardo Bernardo apresenta nesta quarta-feira (27), no Cineclube Goitacá, o documentário “Ilegal — A vida não espera” (2014). Dirigido por Raphael Erichsen e Tarso Araujo, o filme produzido pela revista Superinteressante faz parte da campanha Repense, que busca incentivar o debate sobre o uso medicinal da cannabis. Sessão marcada para as 19h, na sala 507 do edifício Medical Center, situado à esquina das ruas Conselheiro Otaviano e 13 de Maio, no Centro de Campos. Entrada gratuita.
— O filme demonstra o caráter emergencial de que a proibição deve acabar respeitando o direito à vida de pessoas que fazem o uso terapêutico de maconha. Em nossa cidade, temos muitos exemplos de pessoas que, como é mostrado no filme, tiveram a vida restabelecida com o uso da maconha. Logo, acreditamos que reunir as pessoas para conversar sobre essa temática será muito valioso para promover a democratização ao acesso do uso terapêutico da maconha em nossa região — disse Matheus Eduardo Bernardo.
No documentário, é acompanhada a trajetória de uma mãe na luta para conseguir o remédio da filha. O desafio exigiu uma liminar judicial, acompanhada de um relatório médico sobre os progressos de Anny e um dossiê com estudos já realizados com o canabidiol, um dos 70 fitocanabinóides presentes na maconha.
— A temática do filme demonstra a urgência da legalização para pessoas que, com o uso de maconha, têm a vida restabelecida. Acreditamos, enquanto Coletivo Finazinha, que a proibição fere os direitos humanos, causando diversos males à nossa sociedade — pontuou o apresentador da noite.
Criado em 2014, o Coletivo Finazinha teve suas atividades retomadas em 2019 com a Marcha da Maconha e a Semana Verde, da qual faz parte a exibição de “Ilegal” no Cineclube Goitacá. A programação do evento começou no dia 20 de novembro, feriado da Consciência Negra, e termina nesta quarta, Dia Nacional da Maconha Medicinal.
— Durante esta semana, participamos e promovemos diversas atividades sobre a proibição da maconha, uso da maconha para fins terapêuticos, racismo e luta antimanicomial, visando a promoção de conhecimento sobre a maconha em nossa cidade, incluindo espaços como a Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), o Instituto Federal Fluminense (IFF) e a Universidade Federal Fluminense (UFF) — explicou Matheus Eduardo Bernardo. — A proposta do Coletivo Finazinha é discutir na cidade de Campos dos Goytacazes os problemas que permeiam a guerra às drogas em território nacional. Somos um coletivo antiproibicionista, antiracista, anticapitalista e antimanicomial. Logo, acreditamos que seja muito importante para a nossa vida em sociedade a reflexão sobre como o proibicionismo impulsionado pelo racismo em uma sociedade capitalista tem gerado tantos problemas em nossas cidades — enfatizou.

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