A forte chuva que caiu em Campos e região, entre a noite da última quinta-feira e madrugada de ontem, pegou a todos de surpresa. Como há muito tempo não era visto, pelo menos em Campos, o temporal afetou vários municípios, alguns em estado de alerta máximo. Apesar da cidade já ter registrado alagamentos em outros dias de chuva forte, como aconteceu algumas vezes neste ano, há de se convir que a última tempestade não era esperada por nenhum munícipe. Hoje, a força-tarefa montada pelas secretarias de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Desenvolvimento Humano e Social, Defesa Civil e outros setores deve retornar a Morro do Coco, área considerada mais afetada no município, para dar continuidade ao trabalho de reparos. As equipes também devem se mobilizar até a região do Imbé e Lagoa de Cima.

Para contribuir com os afetados pela chuva, o projeto Alegria tem mobilizado a “Missão Morro do Coco”. O objetivo é oferecendo mão de obra, mantimentos, água, roupas e todo apoio possível. O grupo pretende se concentrar hoje, às 8h, pontualmente, na rua Atilano Crisóstomo, 114, no Parque Tamandaré, de onde sairão rumo ao distrito. A quem puder colaborar, além da mão de obra, levar: alimentos, produtos de higiene pessoal, cobertores, roupa e água; além de pá, vassoura, rodo, sacos de lixo para o mutirão de limpeza.

A oitiva das testemunhas de defesa da Ação Penal da Caixa d’Água está marcada para 23 de março, mas isso não impede que os réus continuem tentando artifícios, classificados pela Justiça como “protelatórios”. No mais recente, embargaram uma decisão do juiz Ralph Manhães, que havia negado convocação de testemunhas que não tinham relação com o caso – como as listadas pelo ex-governador Garotinho: três procuradores da República do Rio de Janeiro, o atual Procurador Geral de Justiça, José Eduardo Ciotola Gussem, e o desembargador do Tribunal de Justiça José Carlos Paes.

Na decisão anterior, o magistrado destacou que “trata-se de requerimento protelatório, pois tais pessoas não tem qualquer vinculação com os fatos criminosos imputados aos mesmos, o que nos leva a crer que a não indicação por parte dos réus, dos motivos para as oitivas das referidas testemunhas também é um ato que deve ser considerado procrastinatório, com o único objetivo de retardar o processo com diligências desnecessárias”.

Sem concordar com o entendimento do juiz, os réus embargaram a decisão, alegando obscuridade, omissão ou contradição: “A lei é clara quanto ao poder do juiz de indeferir diligências irrelevantes, impertinentes e protelatórias como é o caso. Tal questão já foi decidida pelo pleno do TRE-RJ em outras situações e é de total conhecimento do embargante, pelo que rejeito os embargos de declaração em questão”, disse Ralph Manhães, que ainda determinou que os réus Antônio Carlos Ribeiro, Fabiano Alonso e Antônio Carlos Rodrigues informem, em 48 horas, a pertinência e relevância das oitivas de suas testemunhas, sob pena de indeferimento.

A superintendência da Igualdade Racial e a Comissão de Igualdade Racial da OAB-RJ de Campos realiza, no próximo dia 21, um encontro para discussão sobre a juventude negra. O objetivo, de acordo com os organizadores, é buscar estreitar cada vez mais o diálogo com a sociedade civil e consolidar parcerias para construção de ações e políticas públicas para a população jovem e negra do município.

O Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (Censa) está com inscrições abertas até a próxima sexta-feira (16) para o Projeto Estrela do Amanhã. A iniciativa, que oferece gratuitamente diversas atividades esportivas e culturais, é voltada para crianças e adolescentes de comunidades carentes. O projeto existe há 21 anos e já beneficiou mais de seis mil alunos em Campos. As inscrições podem ser feitas, das 9h às 15h, no Ginásio de Esportes do Censa.