Cartão postal do país para o mundo, o Rio de Janeiro voltará a ser comandado por Eduardo Paes, que já foi prefeito dos cariocas por oito anos. Em uma eleição marcada por troca de acusações, inclusive em debates, Paes venceu com folga a disputa sobre o atual mandatário, Marcelo Crivella (Republicanos), com 64,1% dos votos válidos, ante 35,9% do adversário. O prefeito eleito também fez uma menção ao cenário nacional a partir da sua vitória sobre um candidato apoiado por Bolsonaro.
— Queria também celebrar aqui uma vitória da política. Nós passamos os últimos anos radicalizando a política brasileira. O resultado desse radicalismo certamente não fez bem a nenhum de nós cariocas, não fez bem a nenhum de nós brasileiros — disse Paes, após a confirmação da vitória.
Em São Paulo, Bruno Covas foi reeleito prefeito da maior cidade do país. Ele obteve 59,4% dos votos válidos, batendo Guilherme Boulos (Psol), que teve 40,6%. Aliado do governador João Doria (PSDB), Bruno, neto do ex-governador Mário Covas (1930-2001), também viu o resultado das urnas como um recado ao cenário nacional: “São Paulo disse ‘sim’ ao equilíbrio e à moderação. As urnas falaram e a democracia está viva. São Paulo mostra que faltam poucos dias para o obscurantismo e negacionismo. São Paulo disse ‘sim’ à ciência e disse ‘sim’ à moderação”.
Ao todo, O MDB foi o partido que mais conquistou prefeituras nas capitais brasileiras – cinco ao todo (Boa Vista, Cuiabá, Goiânia, Porto Alegre e Teresina). Os partidos DEM (Curitiba, Florianópolis, Salvador e Rio de Janeiro) e PSDB (Natal, Palmas, Porto Velho e São Paulo) empatam no segundo lugar, com quatro prefeitos cada um. Na sequência ainda aparecem PDT (Aracaju e Fortaleza), PSB (Maceió e Recife), PSD (Belo Horizonte e Campo Grande) e PP (Rio Branco e João Pessoa), com dois; e Avante (Manaus), Podemos (São Luís), Psol (Belém) e Republicanos (Vitória), com um prefeito eleito.