Lista de Janot chega ao STF
14/03/2017 21:19 - Atualizado em 16/03/2017 13:07
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) 83 pedidos de abertura de investigação contra citados nas delações de ex-diretores da empreiteira Odebrecht. Nessa terça, os pedidos foram remetidos à Corte sob sigilo e os citados não foram divulgados oficialmente. No entanto, poucas horas depois, a imprensa divulgou alguns dos nomes que estariam na lista, entre eles os dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Na lista não oficial foram citados os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Eunicio Oliveira (PMDB), e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, da Secretaria da Geral, Moreira Franco, de Relações Exteriores, Aloysio Nunes, da Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab, e das Cidades, Bruno Araújo. Outros nomes são dos tucanos Aécio Neves e José Serra, além do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB), o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, e o senador Edison Lobão (PMDB).
Caberá ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, decidir se autoriza abertura de inquéritos e as diligências solicitadas por Janot. O procurador-geral da República pediu a retirada do sigilo de grande parte dos 950 depoimentos “considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público”.
A lista oficial só será conhecida a partir do momento em que Fachin conceder a retirada do segredo de Justiça, o que, segundo a área técnica da Corte, não ocorre antes da próxima segunda-feira, diante do grande volume de material a ser processado. Não há prazo para que o relator da Lava Jato no STF analise os pedidos.
As delações da Odebrecht foram homologadas em janeiro pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, após a morte do relator, Teori Zavascki, em acidente aéreo.
O material oriundo das delações envolve 320 pedidos ao STF. Além das 83 de abertura de inquéritos, são 211 solicitações para desmembramento das investigações para a primeira instância, sete arquivamentos e 19 pedidos cautelares de providências.
(A.N.)

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