Caso Patrícia: acusados foram ouvidos
Marcus Pinheiro 24/01/2017 12:16 - Atualizado em 24/01/2017 22:52
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Patricia Manhães / Divulgação
O Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos, recebeu nesta terça-feira o interrogatório dos três suspeitos de envolvimento no homicídio da analista judiciária Patrícia Manhães, ocorrido no dia 13 de abril, no pátio do Grupamento Ambiental da Guarda Civil Municipal, no Parque Boa Vista, em Campos.
Na audiência desta terça, o juiz Diego Fernandes Silva Santos ouviu os três acusados do crime: Uenderson de Souza Mattos, de 38 anos, marido de Patrícia, suspeito de ser o mandante da execução; Genessi José Maria Filho, que teria sido responsável pela contratação do assassino; e Jonatthan Bernardo Lima, de 33 anos, suspeito de ser o executor. Além dos acusados, mais uma testemunha foi apresentada pela defesa.
O primeiro a ser interrogado foi Uenderson. O suspeito, que é guarda municipal, está preso preventivamente desde 25 de maio do ano passado. Na ocasião, ele chegou a socorrer Patrícia após os disparos no veículo que pertencia a vítima, e levá-la ao Hospital Ferreira Machado. No início do interrogatório, Uenderson se mostrou confuso e sem entender a pergunta do juiz sobre as acusações. Em um momento, ele chegou a dizer “sim” quando perguntado se foi o autor do crime, mas voltou atrás na sequência e negou qualquer envolvimento. Uenderson ainda falou sobre o relacionamento com a esposa, filhos, familiares, com outros suspeitos e confirmou ter um caso extraconjugal.
O advogado do guarda municipal, Luiz Aurélio Raposo Santiago, informou que, se o processo for a júri popular, ele entrará com recurso para transferir o julgamento de município.
Na sequência, o pedreiro Jonatthan Bernardo Lima, de 33 anos, que já foi preso por porte e posse de arma, também foi ouvido. No entanto, diferente de Uenderson, Jonathan não respondeu aos questionamentos do juiz. A mesma estratégia foi usada por Genessi, que também é guarda, lotado no Grupamento Ambiental. Ele já foi preso por outro homicídio e condenado a seis anos de prisão.
De acordo com a promotora do Ministério Público, Ludmila Rodrigues, os próximos passos do processo serão as alegações finais do MP e da defesa, que deverão ser cumpridas no prazo de cinco dias. A partir deste ponto, o juiz terá dez dias para proferir a sentença. Ludmila lembrou que em virtude da complexidade do caso, os prazos podem sofrer alterações

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