Quadrinista Escreve sobre a Bienal do Livro em Campos
A 10ª edição aconteceu de 20 a 25 de novembro recente. O jornalista, roteirista/desenhista de Histórias-em-Quadrinhos, Cássio Peixoto analisa o evento:
O Conteúdo e a Estrutura
Cássio Peixoto
O trabalho árduo e espetacular da curadoria da última Bienal não pode esconder os problemas gravíssimos com estrutura. A programação cultural foi escolhida e executada com primor. Desde a elaboração das pautas até a execução. A curadoria está de parabéns.
Colocaram um abacaxi na mão dos curadores e eles realizaram a tarefa com maestria. Abrilhantando um evento que se não fosse essa programação seria um fracasso retumbante. A estrutura do evento deixou muito a desejar.
As barracas para as instituições literárias beiravam ao desrespeito. Em um dia de chuva muitos tiveram que dividir espaço com uma cachoeira dentro do estande. O IFF com toda a boa vontade do mundo não comporta mais uma Bienal.
Dizer que houve economia em detrimento da qualidade não adianta nada. O espaço para os autores foi de uma improvisação sofrível e não fosse a boa vontade dos curadores nada teria acontecido. Confinar os livreiros dentro da quadra só fez apequenar o evento.
Nenhuma editora relevante e poucos autores (de fora) lançando obras relevantes, aliás não me lembro agora de nenhum. Tomara que o FDP em 2019 não sofra com esse amadorismo e que a próxima Bienal, não seja como essa, tomara que em 2020, ano de eleição, ela possa ser melhor.

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    Nino Bellieny

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