Aumento de taxa de iluminação pública ainda é polêmico
12/01/2018 10:01 - Atualizado em 16/01/2018 18:28
Ignorando o passado?
Sem olhar no retrovisor. Assim tem sido considerada a atitude dos vereadores da bancada de oposição, que, nesta quinta-feira (11), foram ao Centro de Campos recolher assinaturas para barrar o aumento da taxa de iluminação pública instituída pelo governo Rafael Diniz (PPS). O pleito é visto como justo pela população, que reclama por todos os lados das contas de luz com reajuste na taxa de até 200%. Mas, o que não se pode deixar de lembrar é que a maioria deste mesmo grupo, que está nas ruas, travou na Câmara ou na própria Prefeitura uma luta feroz em defesa da então prefeita Rosinha Garotinho, para que o município vendesse seu “futuro” — royalties—, endividando o município até a próxima a década.
Reações
Nessa história da taxa de luz é preciso ter cuidado: quem são os lobos em pele de cordeiro? O abaixo-assinado organizado pela oposição, que já recorreu ao Ministério Público contra o aumento da taxa, tem mais de 5 mil adesões, segundo os organizadores, mas também não faltam nas redes sociais críticas ao grupo. Dos que estão recolhendo assinaturas, apenas a vereadora Josiane Morumbi (PRP), não está envolvida no escandaloso esquema de troca de votos por Cheque Cidadão, que também oneraram os cofres públicos.
Mudança no governo
Em entrevista publicada na Folha do último domingo, o prefeito Rafael Diniz anunciou que iria fazer “já, já” mudanças em sua equipe. O primeiro corte em um cargo considerado de primeiro escalão já foi publicado no Diário Oficial de ontem. O prefeito tornou sem efeito a Portaria no 1768/17, que nomeou Jose Amaro de Azevedo Almeida para exercer na Empresa Municipal de Habitacao (Emahb), o cargo em comissao de presidente. Um novo nome para presidência ainda não foi anunciado.
Mais água
O abastecimento de águas em comunidades do município de Quissamã deve ser estendido. O trabalho é uma iniciativa de prefeita Fátima Pacheco com a Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Estado do Rio de Janeiro (Cedae). Nesta quinta-feira, a prefeita falou da reunião propositiva com a diretoria da Ceade. A meta é atender comunidades de Quissamã que ainda não contam com o serviço de abastecimento e são socorridas com caminhão pipa. Segundo Fátima, o diretor da Cedae, Heleno Silva e sua equipe estão elaborando um plano de metas para apresentar ao município.
“Pediu desculpas”
O governador Luiz Fernando Pezão que pediu desculpas ontem, mais uma vez, aos servidores pelo transtorno na questão do pagamento fatiado, no mesmo dia sancionou o orçamento do estado para 2018, no qual o Rio espera ter um déficit orçamentário de R$ 10 bilhões. O governo passou aperto durante todo 2017 para pagar o funcionalismo e a situação não deve ser muito diferente. A previsão é de que o estado tenha uma receita líquida de R$ 63,1 bilhões e despesas de R$ 73,1 bilhões. O maior gasto será com salários: R$ 23,6 bilhões, seguido pelo pagamento de aposentados e pensionistas, R$ 17 bilhões.
Restrições
O maior indicativo de que 2017 pode se repetir em algum momento nos próximos 11 meses foi a decisão do governador Pezão em excluir sete artigos do texto principal, incluídos por emendas de parlamentares vetados pelo governador. Dentre eles estão o que determina prioridade para o pagamento dos servidores e proíbe o parcelamento de salários. “A Constituição estabelece que os únicos propósitos da lei orçamentária são estimar receita e fixar despesa. Portanto, são vedados dispositivos alheios a esses objetivos”, justifica Pezão.
Reitoria do IFF
O reitor do Instituto Federal Fluminense (IFF) nas regiões Norte e Noroeste Fluminense, Jefferson Manhães, comemora a assinatura de ordens de serviços que autorizam o início de obras na Reitoria e nos campi da instituição de ensino federal. Serão investidos R$ 2,2 milhões e as obras começam ainda em janeiro. A assinatura aconteceu no último dia 4. Serão mais infraestrutura para as ações educativas desenvolvidas pelo IFF.
José Renato

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