Merenda escolar: agricultores tem até o dia 30 para nova chamada
05/09/2019 20:44 - Atualizado em 16/09/2019 13:26
Folha da Manhã
Os agricultores interessados em participar da nova chamada pública para aquisição merenda escolar pela prefeitura de Campos têm até o próximo dia 30 para apresentar o projeto de venda no setor de Licitações na sede da Municipalidade. O edital tem valor total de R$ 2 milhões e validade de um ano.
Os secretários de Educação, Brand Arenari, e o de Agricultura, Robson Correa, participaram de reuniões entre os produtores e suas equipes técnicas, ouvindo as demandas e esclarecendo dúvidas sobre o edital, publicado no último dia 27.
— Comemoramos a nossa última compra da agricultura familiar local, que foi a maior que o município já fez, e conversar com os nossos produtores para batermos o nosso próprio recorde nesta terceira chamada, ampliando ainda mais a participação do agricultor campista. Ouvimos histórias, as demandas e esclarecemos dúvidas relacionadas ao edital, com o objetivo de melhorar sempre a nossa merenda, fortalecer o pequeno agricultor e a economia local. Antes, a merenda vinha do Sul do país. Nós regionalizamos, setorizamos e trabalhamos juntos com os nossos produtores pelo progresso do nosso município — frisa Brand.
A nova chamada é a primeira de 2019 e a terceira no atual governo. O edital tem valor total de R$2 milhões e validade de um ano. Para tornar a chamada mais acessível ao produtor local, desde 2017 o departamento de Nutrição da Smece e uma equipe da Secretaria Municipal de Agricultura, reúne, periodicamente, agricultores do município para explicar o modelo.
A iniciativa tem dado certo e sido aprovada por agricultores como Rogério Almeida, do assentamento Zumbi dos Palmares.
—Eu participei no ano passado, fornecendo para 42 escolas da minha região, que compreende a área de Travessão e adjacências. Me ajudou muito, fomos muito bem recebidos onde chegamos. É muito importante que a prefeitura trabalhe junto conosco. Agora estou na fé que vou conseguir novamente e as crianças vão poder comer minhas melancias, abacaxis, aipim, tudo fresquinho e de qualidade — torce o agricultor.
Manoel José Correa Gomes, da unidade quilombola Cambucá, na região do Imbé, está esperançoso em fornecer para prefeitura pela primeira vez. “Isso traz ânimo para o produtor. A gente chega pro pessoal e fala ‘vamos trabalhar que teremos pra onde vender’. Nos meus 64 anos é a primeira vez que vejo isso”, conta o agricultor que planta mamão, abóbora, banana e aipim e faz parte do Polo de Produtores Agroecológicos de alimentos orgânicos.
— Estamos dando ao nosso produtor todo apoio no setor primário, com máquinas, sementes, assistência técnica, ou seja, todo suporte para que ele possa se habilitar para participar da chamada. A resposta tem sido muito positiva — destaca Robson Correa.

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