Nova audiência da Chequinho
Suzy Monteiro e Julia Beraldi 24/01/2018 09:29 - Atualizado em 24/01/2018 18:00
Forúm de Campos
Forúm de Campos / Folha da Manhã
Mais uma audiência do caso Chequinho, porém da esfera criminal, aconteceu nesta terça-feira (23), no Fórum de Campos. Desta vez foi a oitiva da testemunhas de defesa e interrogatório dos réus na Ação Penal que tem como investigados o criminal, os vereadores Roberto Pinto (PTC) e Thiago Ferrugem (PR), Vinícius Madureira (PRP), afastado do cargo por condenação em segunda instância, além da suplente Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Marcos André Elias de Freitas e Bruno Bastos Gomes. Agora, começa a contar o prazo de 10 dias para alegações finais do Ministério Público e de cada réu. O advogado de Cecília Ribeiro Gomes não compareceu e o processo foi desmembrado. A audiência acontecerá na próxima quarta-feira, às 10h.
Pela manhã foram ouvidas seis testemunhas: três de Vinicius Madureira e três de Thiago Ferrugem. Na parte da tarde, aconteceram os interrigatórios dos réus. Bruno Bastos, ex-chefe do departamento de transportes, e Marcos André, ex-funcionário da secretaria de Desenvolvimento Humano e Social (SDHS), preferiram não falar.
Já Thiago Ferrugem disse que entrou na secretaria em 2015, promovendo uma reformulação, além de estruturação dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras). Segundo ele, na época que entrou, o pagamento do Cheque Cidadão estava suspenso há cerca de três meses para recadastramento. Ferrugem relatou que, no período em que esteve à frente da secretaria, manteve a equipe que já estava lá para não entrar em atrito com o governo.
Segundo Thiago, ele ficou à frente da secretaria até março de 2016 e soube da nomeação de Ana Alice Alvarenga - ex-secretária, já condenada em Ação Penal e Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) da Chequinho - durante um seminário na secretaria: “Desci, desejei boa sorte e não retornei”, afirmou, negando, ainda que tenha tido qualquer apoio do grupo para sua eleição. Além disso, segundo ele, no seu tempo de secretário, havia apenas uma lista de beneficiários e os pagamentos e cadastramentos seguiam critérios técnicos.
Madureira também se defendeu, afirmando que seu nome aparece uma única vez, em depoimento de um agente do GAP, afirmando que havia um “Vinicius Matadouro”. Porém, este nunca teria sido seu apelido. Disse, também, que nunca teve qualquer influência no governo Rosinha.
Roberto Pinto contou que tem base eleitoral em Dores de Macabu e que nunca recebeu apoio do grupo, com o qual, segundo ele, está rompido há muito tempo. Negou que tenha participado de reunião na prefeitura sobre política.

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