Castro não toma partido em briga
Arnaldo Neto 02/10/2021 08:23 - Atualizado em 02/10/2021 08:32
Castro com Wladimir e Bacellar
Castro com Wladimir e Bacellar / Divulgação - Prefeitura de Campos
O governador Cláudio Castro (PL) evitou escolher um lado ao falar publicamente pela primeira vez sobre a discussão nas redes sociais entre os seus aliados campistas Wladimir Garotinho (PSD), prefeito de Campos, e o secretário estadual de Governo, Rodrigo Bacellar (SD) — que acabou envolvendo e gerando ofensa à primeira-dama campista, Tassiana Oliveira, no último final de semana. No Porto do Açu, onde esteve ao lado do ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque, na quinta-feira, para inauguração da usina termelétrica GNA I, Castro afirmou que “o Governo do Estado está acima de questões regionais”. Ainda durante o evento, o senador Flávio Bolsonaro (Patriota) anunciou o apoio da família do presidente a candidatura à reeleição de Castro.
— Minha posição é que isso é uma briga aqui de Campos. Tenho ajudado muito com o prefeito Wladimir e Bacellar, que é meu secretário. O Governo do Estado fica acima dessas questões pontuais regionais. Temos que trabalhar por Campos e pelo Estado do Rio. Sempre pre-guei e sempre pregarei (união) — afirmou Castro.
No último final de semana, após ser criticado por Wladimir por ter se reunido na sexta (24) com o ex-prefeito Rafael Diniz (Cidadania) e outros três ex-prefeitos (Sérgio Mendes, Alexandre Mocaiber e Nelson Nahim), além de vereadores e correligionários, Rodrigo escreveu nas redes sociais, se direcionando publicamente ao prefeito: “O ex-prefeito atualmente está casado e feliz, não representa o perigo que você imagina, não leva pro coração esse recalque! Devia se preocupar mais com o futuro político dela (Tassiana Oliveira), pois se for mesmo pra Brasília como você planeja, as chances de você ser passado pra trás são bem maiores”.
As declarações de Rodrigo causaram grande repercussão e manifestações de repúdio de políticos, movimentos sociais ligados ao direito da mulher e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na terça, durante a sessão, o presidente do Legislativo Fábio Ribeiro (PSD) anunciou o protocolo para abertura de uma CPI para apurar violências contra mulher.
No dia seguinte, foi a vez da Comissão de Defesa do Direito das Mulheres da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) também repudiou a publicação de Bacellar. No documento, a presidente da comissão, Enfermeira Rejane (PCdoB), classificou a publicação de Rodrigo de “misógina, machista e inaceitável”.
Também na quarta, o irmão do secretário, o vereador Marquinho Bacellar (SD) usou a tribuna para criticar novamente Wladimir, mas pedindo para que o prefeito “comece do zero” em busca da união por Campos.

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