Projeto de contenção do mar em Atafona tem andamento
07/07/2017 10:51 - Atualizado em 11/07/2017 18:44
  • Pontal de Atafona em Junho

    Pontal de Atafona em Junho

  • Pontal de Atafona em fevereiro

    Pontal de Atafona em fevereiro

Nos últimos meses, Atafona, no litoral de São João da Barra, voltou a ter destaque no cenário nacional com retorno do avanço do mar. O assunto está sendo discutido nas esferas federal e estadual e jornais de grande circulação têm abordado o assunto, como O Globo, que dedicou duas páginas para dar luz ao cenário atual do Pontal. Nas redes sociais, um vídeo postado pelo empresário Robson Pereira, mostrando o avanço do mar no período de 19 de fevereiro a 22 de junho, assusta ao revelar a proporção da destruição em poucos meses. Em quatro dias de postagem, foram mais de 22 mil visualizações e 760 compartilhamentos. A esperança dele é que as imagens cheguem às autoridades e que em seus 26 anos, além de promessas, possa ver também ações efetivas para salvar o lugar em que nasceu. Fazendo sua parte, a atual gestão do município, em reunião na sede do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), nessa quarta-feira (5), cumpriu mais uma etapa para viabilizar as obras de contenção do mar. O encontro entre a prefeita Carla Machado com o presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marcus Lima, e com o coordenador de Estudos Ambientais do órgão, Anselmo Frederico Neto, terminou com a confirmação de que até o final de julho será encaminhada ao Executivo sanjoanense a instrução técnica que norteará o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para a liberação da licença.
Após análise e aprovação do EIA/Rima pela equipe do Inea e pela Comissão Estadual de Controle Ambiental (Ceca), será necessária uma audiência pública e prazo de 10 dias para que a sociedade e as instituições se manifestem. Não havendo manifestação contrária por parte do Ministério Público, será feita a análise final para a concessão da licença prévia.
A prefeita afirma que continuam as articulações na busca de recursos que possam tirar do papel o projeto do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), estimado em R$ 180 milhões. Uma cópia foi entregue, no início de maio, ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. “Entendemos que, por ser um problema costeiro, a responsabilidade é da União. Estamos empenhados em sensibilizar o governo federal na busca do recurso necessário, até porque é um valor que foge completamente do alcance da Prefeitura”, explicou a prefeita.
Mesmo com foco na busca de recursos na esfera federal, a chefe do executivo sanjoanense mantém diálogo com autoridades no âmbito estadual. Recentemente, ela esteve no Pontal de Atafona, principal região atingida pelo avanço do mar, acompanhada da deputada estadual Rosângela Zeidan, que fez encaminhamento à secretaria e Estado de Obras solicitando medidas cabíveis para a execução do projeto e agilidade por parte do Inea para a liberação da licença.
Na reunião de quarta-feira, na sede do Inea, a prefeita Carla Machado esteve acompanhada do superintendente regional do Inea, Renê Justen, do representante do INPH Rafael Paes e secretários municipais de Meio Ambiente e Serviços Públicos, Alex Firme; de Pesca, Eleilton Meireles; e do coordenador da Defesa Civil, Adriano Assis. (A.N.) (D.A.)
Fotos: Reprodução de vídeo
Vídeo: Robson Pereira

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