Terceirizada da Petrobras anuncia demissão de 4 mil funcionários
Paulo Renato Porto 10/07/2017 13:10 - Atualizado em 11/07/2017 18:48
No mesmo dia em que Macaé respirava os primeiros ares de recuperação de sua economia com as notícias de uma avalanche de investimentos e previsão de geração de milhares de novos empregos com a instalação de novas empresas, por conta da retomada do fôlego da indústria do petróleo, funcionários da UTC Engenharia (envolvida na Operação Lava Jato), foram surpreendidos nesta segunda-feira (10) com o anúncio de um processo de demissão em massa que pode atingir cerca de 4 mil trabalhadores. Nesta segunda, trabalhadores fizeram uma manifestação na porta da empresa, no bairro do Barreto, e decidiram por outra manifestação na praia Campista, fechando as ruas de acesso às instalações da Petrobras, em Imbetiba, como forma de pressionar a estatal.
A empresa, que tem contrato de terceirização com a Petrobras, alega que não tem como pagar os funcionários porque seus recursos de R$ 40 milhões foram bloqueados pela companhia. Parte dos trabalhadores tem salários em atraso. Outra parte não recebeu os valores da rescisão de contrato de trabalho.
Já em dificuldades com a demissão de aproximadamente 2 mil empregados desde as investigações sobre seu dono, Ricardo Pessoa, na Operação Lava Jato, a UTC acaba de formalizar acordo de leniência com a Controladoria Geral da União pelo qual pagará R$ 500 milhões.
Durante a manifestação na porta da unidade da UTC, uma viatura da Polícia Militar permaneceu por todo o período em que os trabalhadores estiveram no local. A portaria era mantida fechada, com ordem de entrada apenas para representantes do sindicato dos empregados.
Uma das principais empresas brasileiras de sistema de gestão integrada na área de serviços em engenharia industrial, a UTC avisou aos trabalhadores sobre as demissões na sexta-feira.
A Petrobras afirmou em nota que “a decisão da UTC de interromper os serviços na Bacia de Campos ocorreu de forma unilateral e após intensa tentativa de negociação por parte da Petrobras, na busca de uma solução que priorizasse os trabalhadores envolvidos”.
Fotos: Divulgação

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