Barroso diz que abstenção de eleitores foi maior que o desejável
29/11/2020 22:49 - Atualizado em 29/11/2020 22:58
Presidente TSE participa de entrevista coletiva
Presidente TSE participa de entrevista coletiva / Divulgação - Agência Brasil
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, disse neste domingo (29) que a abstenção dos eleitores no segundo turno das eleições municipais foi maior que o desejável pela Justiça Eleitoral. Durante a apresentação do balanço das eleições, Barroso afirmou que a pandemia da Covid-19 fez com que parte do eleitorado deixasse de comparecer às urnas por medo de contaminação pelo novo coronavírus. Em Campos, a abstenção ficou em 30,37%; 109.516 eleitores não foram às urnas.
Com 100% das seções eleitorais apuradas, a abstenção dos eleitores foi de 29,50%, equivalente a 11,1 milhões de pessoas. Nas eleições de 2018, 2016 e 2014, o índice de eleitores faltosos ficou em torno de 21%.
"É um número maior do que nós desejaríamos, mas é preciso ter em conta que nós realizamos eleições em meio a uma pandemia, que já consumiu 170 mil vidas, e que muitas pessoas, com o compreensível temor, deixaram de votar. Muitas por estarem com a doença, muitos por estarem com sintomas e muitas por estarem com medo." (Luís Roberto Barroso, presidente do TSE)
Na avaliação do presidente, embora a abstenção tenha sido maior que o desejado, a realização das eleições em meio à pandemia, com a participação de 70,50% dos eleitores, merece ser celebrada.
De acordo com o balanço final das eleições, houve 3,89% (1 milhão) de votos brancos e 8,81% (2,3 milhões) de votos nulos.
Ataque hacker
Durante a coletiva de imprensa, o presidente do TSE também afirmou que não foram registrados ataques bem sucedidos de hackers aos sistemas do TSE no segundo turno. Barroso também elogiou o trabalho da Polícia Federal (PF), que prendeu nesse sábado (28) um suspeito de envolvimento no ataque ao sistema do tribunal durante o primeiro turno.
— Há os que fazem esses ataques para procurar atacar a democracia e o sistema eleitoral, e procurarem tornar as instituições vulneráveis. Todos eles são criminosos, merecem o repúdio das pessoas de bem e merecem a ação da Justiça — disse.

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