Trivella diz que fica, mas sob condições
Paulo Renato Pinto Porto 20/02/2019 21:36 - Atualizado em 22/02/2019 18:15
O empresário Flávio Trivella disse que pretende honrar o contrato de sua empresa com o Goytacaz — que se estende até 2021 — mas que antes precisará de uma reunião urgente com o presidente Dartagnan Fernandes, “a fim de aparar algumas arestas” antes da disputa da Série B1 que começa em maio.
Flavio Trivella
Flavio Trivella / Foto - Isaias Fernandes
— Quero continuar, acredito no Goytacaz, mas precisamos conversar. Gosto muito do presidente, mas temos que ver como vai ficar a parceria para que as coisas não venham desandar como aconteceu este ano. Começamos bem, chegamos à Serie A, mas no final foi o que se viu — disse.
Trivella comentou sobre as divergências entre correntes políticas no Goytacaz que atrapalharam o time e disse que Paulo Henrique nunca deveria ter sido afastado do comando da equipe ou remanejado de suas funções. Ao mesmo tempo admitiu ter errado ao trazer Athirson para comandar o time.
— Quando a diretoria decidiu afastar o Paulo Henrique e sua comissão técnica, eu disse que tinha o Athirson, um técnico promissor, que tinha um DNA de vencedor, que seria pago por um de nossos patrocinadores. Mas não deu liga. O Athirson também sentiu o problema, o clima já estava insuportável. Depois veio o Flávio Lopes. Também não entendi porque após a queda do Athirson não colocaram o Paulo Henrique. Preferiram o Flávio Lopes — comentou ainda.
Lopes era o técnico preferido do vice-presidente Carlos Lírio Barreto que, depois da série de maus resultados na gestão de Athirson, criticou o trabalho do ex-lateral do Flamengo e seus equívocos pelas substituições em algumas partidas.
Trivella falou sobre os problemas financeiros do clube que culminaram com a penhora da cota de televisão.
— Em 2018, penhoraram 30% da renda. Em 2019, dos R$ 765 mil da verba da TV, foram R$ 538 mil, ou seja, mais de 70% da cota a ser recebida da Globo. A situação ficou insustentável. Entçao, ficamos sem pagar aos credores e sem pagar os salários dos jogadores, até por falta de planejamento. O Goytacaz é um clube de tradição, com uma torcida maravilhosa, mas precisa de uma gestão mais profissional — concluiu.

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