Sal do Himalaia
- Atualizado em 19/10/2017 01:18
Sal rosa
Sal rosa / Arquivo pessoal
O objetivo principal desse post é ressaltar a ideia de que toda conduta nutricional (e isso inclui a indicação ou não de alimentos) deve ser baseada em estudos científicos e consensos dos órgãos que nos amparam.
Qual seria a função de um nutricionista se ao invés de buscar embasamento, se precipitasse e replicasse qualquer informação que ouve?
Demorei a me manifestar sobre esse tema justamente porque estava em busca de artigos científicos e de opiniões de colegas conceituados para evitar me colocar de forma equivocada.
É irresponsável e precipitada o posicionamento de algumas pessoas difundindo as informações recentes a respeito do sal do Himalaia.
É possível que sejam verdadeiras? SIM! Mas pensem comigo:
O sal rosa passa por órgãos reguladores na Europa, EUA, Japão e em todos estes países ele não foi contra indicado quanto à sua adequação e pureza. Será que todos eles erraram e uma única pessoa utilizando métodos caseiros fez essas descobertas? Desde o Congresso da VP de 2016 essa informação foi veiculada em uma oficina culinária (pela mesma pessoa) e desde então nenhum outro pesquisador demonstrou nada que a confirmasse.
Até o presente momento a recomendação continua sendo:
Evite o sal refinado - assim como o sal marinho, é obtido através da evaporação da água do mar. Porém, ele passa por processos térmicos e perde quase todos os traços de oligoelementos (incluindo o iodo) e só permanece com uma alta taxa de sódio. Após o refinamento, precisa passar por um processo de iodação.
Utilize o sal marinho integral - não passa por nenhum desses processos e, portanto, mantém todos os microminerais inclusive o iodo. O sal rosa do Himalaia é um tipo de sal marinho.
Desde que utilize um sal marinho não refinado de boa qualidade (não importa se ele veio do Himalaia, Paquistão, Hawai ou Mossoró), estará trazendo benefícios para o seu corpo.
Lembrando: o estudo da Nutrição é dinâmico e é possível que surjam outros nos mostrando que devemos ter uma postura diferente a respeito desse tema mas enquanto não houver embasamento e pesquisas sérias, qualquer tipo de informação precipitada é no mínimo irresponsável.

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    Sobre o autor

    Rachel Faria e Ana Luíza Ferraz

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