Cachaça fluminense entra nos cardápios
22/08/2017 21:25 - Atualizado em 27/08/2017 12:12
Já está em vigor, no Rio, lei que obriga bares e restaurantes a venderem a cachaça que é produzida no estado. O Rio é um dos maiores consumidores da bebida. A intenção é estimular o consumo das aguardentes produzidas nos alambiques fluminenses. Bares e restaurantes que vendem bebidas destiladas, como vodka e whiskey, devem ter no cardápio pelo menos quatro tipos de pinga, informando o município de origem.
O Rio é o segundo estado que mais exporta cachaça, o que já atesta sua boa receptividade no mercado. De acordo com o vice-secretário de Desenvolvimento Econômico, Alberto Mofati, a cachaça fluminense é referência nacional, figurando entre os melhores destilados do mundo. A expectativa é de que a lei impulsione a comercialização do produto que, muitas vezes, tem sua qualidade desconhecida pelo público em geral.
Cerca de metade das cachaças brasileiras que possuem o Selo do Inmetro — que atesta a conformidade de processos e produtos — são de terras fluminenses. Hoje, o Rio briga cerca de 50 empresas produtoras de aguardente, devidamente regularizadas. O setor gera em torno de dois mil empregos formais, segundo estimativas da Apacerj (Associação dos Produtores e Amigos da Cachaça do Estado do Rio de Janeiro).
— A diversificação dos produtos nos estabelecimentos é fundamental para aquecer a economia. Manter os produtos à disposição dos clientes no estabelecimento é um ganho não só para o comércio, como também para os produtores — disse Alberto Mofati.
Em Campos, a empresária Carla Tinoco, aprova a ideia. “No nosso estabelecimento já vendemos cachaças produzidas no Estado. Procuramos valorizar os produtores locais, se a lei incentiva essa valorização vamos apoiar”, disse ela.
No Farol — O 5° Festival de Petiscos de Farol de São Thomé, que promete um tour gastronômico pela culinária da praia campista nos dias 7, 8, 9, 10, 15, 16 e 17 de setembro, também vai abrir um espaço para a destilada local, neste caso a cachaça Barra Velha, produzida no Alambique do Leley, em Farol. A bebida recebeu medalha de ouro na categoria das brancas armazenadas, durante a 27ª Expocachaça, realizada no mês de junho, em Belo Horizonte (MG). O evento é considerado a vitrine mundial da cachaça. (D.P.P.) (A.N.)

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