Secretário de Castro reafirma que Restaurante Popular e Ponte da Integração são prioridades
Aluysio Abreu Barbosa, Cláudio Nogueira, Matheus Berriel e Arnaldo Neto - Atualizado em 25/09/2021 08:27
Vinícius Farah
Vinícius Farah / Divulgação
Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio de Janeiro, o deputado federal licenciado Vinicius Farah considera que a gestão Cláudio Castro (PL) já entregou em um ano o que a população fluminense não via em décadas. Na sua pasta, destaca a atuação para atração de empresas e a geração de empregos, utilizando como referência o trabalho realizado enquanto prefeito de Três Rios. Ele ainda aposta no fortalecimento econômico do interior, ressaltando que o Norte Fluminense é privilegiado com o Porto do Açu, e destacou a importância do Projeto Fênix, que visa o desenvolvimento. Em entrevista ao Folha no Ar, na Folha FM 98,3, Farah comentou sobre as obras da Ponte da Integração. Sem entrar no mérito da posição do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que afirmou que não havia nenhum impedimento à conclusão, disse que o entendimento no governo é que havia um entrave. Agora, superado, acredita na conclusão, sendo inclusive incluído no Pacto RJ, programa que prevê investimento de R$ 17 bilhões em três anos. O secretário também confirmou que o Restaurante Popular prometido pelo governador para Campos, na região de Guarus, sai neste ano.
No campo político, diz acreditar que Castro é o franco favorito na disputa a governador, observou que ele promoveu a harmonia entre lideranças políticas, e não poupou elogios ao prefeito Wladimir Garotinho (PSD) e ao deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD), atual secretário de Governo do RJ.
Projeto Fênix – O Projeto Fênix é a elaboração de um grande produto que impacta diretamente na geração de emprego, no desenvolvimento econômico da cidade e, consequentemente, da região, pela importância que Campos tem na região. E ele, lógico, passa, hoje, por um trabalho que é natural, de detalhamento dentro da nossa secretaria, dentro da secretaria da Casa Civil, dentro das secretarias envolvidas nesse produto. Nenhum projeto, por melhor que seja, é entregue nas mãos de um governador e no dia seguinte ele acontece, sem que vários outros atores dentro da máquina pública possam tecnicamente inserir ali alterações, se forem necessárias, construir respaldos jurídicos. São setores cruciais envolvidos, a minha secretaria é um deles, a secretaria da Casa Civil, e tem também a questão jurídica, que é a parte final, que é a formatação da legalidade de qualquer projeto ou programa, como assim foi o Pacto RJ. O pacto, o governador não anunciou num dia, e 20 dias depois estava começando. O pacto vem sendo desenvolvido há oito meses, já contando com recursos que seriam destinados da venda da Cedae. O que eu posso afirmar é que o Fênix está andando, é uma prioridade do Governo, da nossa secretaria especificamente. É um projeto que atende em cheio às realidades e necessidades do município. Dentro dessa filosofia do atual governo, que é fazer aquilo que a sociedade local, que as lideranças locais entendem como prioridade, o Projeto Fênix é uma prioridade do Governo do Estado.
Importância do Porto do Açu – Eu conheço bem a história do projeto e, quando assumi (a secretaria), o meu maior desafio, essa foi a missão que o governador Cláudio Castro (me deu). Eu me lembro como se fosse hoje: mal eu cheguei ao Palácio e tive um café da manhã com o governador Cláudio Castro e com o deputado Rodrigo Bacellar. A primeira pauta que eles levaram pra mim foi a questão do Porto do Açu. Parecia que foi combinado. Aí, uma semana depois, quem me liga era o Wladimir Garotinho: “Vinícius, o Porto do Açu é o maior projeto do país”. E o meu grande desafio foi justamente trabalhar pra que o Governo Federal, e nós conseguimos isso, eu posso afirmar, que o Governo Federal entendesse que o Porto Açu não é um programa, não é um projeto privado, não é um projeto estadual. O Porto do Açu é Brasil, é o maior projeto da área da América Latina. O Governo Federal precisava ter esse sentimento. E, às vezes, talvez por não conhecerem, o Governo Federal tinha um olhar primeiro equivocado: “Ah, não, aquilo ali é um projeto privado”. Não importa se é privado ou é público, importa é que vai gerar emprego, que vai gerar desenvolvimento.
Zona Especial de Negócios (ZPE) – As maiores empresas do mundo já chegaram e começam a chegar. Estamos, agora, finalizando a questão da ZPE do Porto do Açu, que vai ter um impacto fundamental na consolidação, transformar aquilo ali num grande condomínio de negócios. Depende é de a gente poder publicar a ZPE, que só ainda não foi publicada por esse passivo do histórico do que aconteceu com o Porto do Açu através do seu idealizador, o Eike Batista. Isso gerou uma série de problemas judiciais, e o governo está reconstruindo este desenho para que essa operação seja com segurança jurídica para quem for apostar nela.
Luta pela ferrovia – O governador Cláudio Castro incansável, juntamente com a nossa secretaria e com as lideranças desse estado, na questão da ferrovia. A gente sabe da importância da ferrovia não só para chegada, mas para o escoamento de tudo o que chega ao Porto do Açu. Às vezes, a sociedade fluminense não tem a dimensão. Hoje, no Porto do Açu, saem 25% do petróleo exportado do nosso país. Saem do Porto do Açu quase 30% do minério que vem lá pelo mineroduto de Minas Gerais, mais de 500 quilômetros, e são exportados pelo Porto do Açu. Então, eu brinco que o Porto do Açu é uma Disneylândia dos negócios. É um megaprojeto. Só um visionário mesmo poderia imaginar. O Porto do Açu, realmente, é o maior projeto, hoje, do estado do Rio na área de desenvolvimento econômico. E, hoje, o Brasil e o Rio de Janeiro são o paraíso de tudo aquilo que diz respeito à energia, óleo e gás. A gente não pode esquecer disso: 64% da produção de gás do Brasil estão dentro do estado do Rio de Janeiro. Mais de 80% do volume de petróleo extraído do país está dentro do Rio de Janeiro, principalmente aí na região de vocês, de Campos, Macaé, na região do Norte do estado.
Interior forte – O governador diz o seguinte para mim, foi essa determinação que eu recebi do governador Cláudio Castro: “Vinicius, o seu papel aqui é fazer desse estado um polo de geração de emprego e renda, o maior do país, e para isso, dentre tantas as suas missões, a mais importante delas é tornar o interior forte”. Não existe estado forte sem que o interior seja forte primeiro. São Paulo é a potência econômica que é porque tudo passou pelo crescimento e desenvolvimento dos municípios. E o Rio nunca seria e nunca será uma potência econômica se o interior for tratado de forma diferente. O Governador deixa isso claro em atitude. No Pacto RJ, os maiores valores e investimentos são para o interior. Os projetos de óleo, de gás e tudo estão no interior. A gente trabalha 20 horas por dia na secretaria modulando projetos, seja de ZPE, de condomínio industrial, de leis de incentivos, de benefício para os projetos no interior. O governador me deu essa missão, e me deu essa missão porque eu construí isso na minha cidade. Eu fui prefeito de uma cidade de 100 mil habitantes que, quando eu cheguei, estava falida. Ela tinha os piores índices do estado. Oito anos depois, a cidade de Três Rios se transformou na cidade que mais se desenvolveu no Brasil, atraindo mais de 2.400 empresas. Mais de 18 mil empregos diretos foram gerados no município através de políticas públicas de incentivo, de qualificação profissional, de leis de condomínios industriais. E aí, o que a gente está fazendo? Modulando um projeto exitoso que foi feito em Três Rios. Não tem como eu fugir disso, que virou uma referência nacional e mundial. 
 
Superávit – Nos últimos nove meses, teve um superávit na receita do estado de R$ 10 bilhões de arrecadação extra. Quando que a gente poderia imaginar que o estado que sempre teve déficit teria um superávit? Nós estamos falando de, em nove meses, o estado ter um superávit de R$ 10 bilhões de arrecadação. E ainda temos outubro, novembro e dezembro. Isso vai chegar, se Deus quiser, a R$ 13 bilhões. Sabe o que são R$ 13 bilhões de superávit? É quase um novo Pacto RJ para um estado completamente falido, que não conseguia fazer investimentos. O salário do funcionário rigorosamente em dia, sendo pago até antecipadamente. Quando que a gente poderia imaginar?
Campos maduros – Eu estive aí numa visita com o ministro [de Minas e Energia] Bento Albuquerque. Nós acompanhamos o ministro Bento por um dia inteiro, um sábado inteiro de visita a vários projetos do Governo Federal, do Governo Estadual, do Porto Açu, e também visitamos a plataforma Pampo, na Bacia de Campos. Isso dá uma dimensão do que vai acontecer de positivo com a região. Quando a Petrobras descobre o pré-sal, ela direciona todo o seu programa de investimento e de extração de petróleo para o pré-sal e começa a entender que essas plataformas tradicionais, antigas, passam a ficar em segundo plano. E aí, o governo começa a vender essas plataformas, abre o processo de venda, que são os famosos campos maduros. Eu vou dar o exemplo de uma, a Pampo, que foi adquirida pela empresa alemã Trident. Em um ano, ela aumentou 100% da sua produção de extração de petróleo. Em um ano, sabe quantos empregos, hoje, empregos diretos, a Pampo gera? 1.250 empregos. Uma plataforma que daqui a 18 meses seria desmontada. Tem noção do que isso vai representar na região com a quantidade de plataformas que tem aí nos campos maduros que hoje já foram adquiridas por essas gigantes internacionais? Então, o que eu estou falando é de um momento histórico para o Brasil, para o Estado, mas principalmente para região do Norte Fluminense.
Ponte da Integração – Primeiro, o entendimento que o Governo do Estado tinha é que tinha impedimento, sim. Eu não quero duvidar do depoimento e da decisão do presidente do TCE, mas, juridicamente, eu cheguei ao Estado já acompanhando esse problema técnico e jurídico da questão da Ponte da Integração, e, lógico, a todo o momento a gente buscou várias alternativas, inclusive o Governo do Estado trocar, fazer obras de infraestrutura no local em que empresas privadas deveriam fazer, para que as empresas privadas pudessem, então, como tinha esse problema jurídico, terminar as cabeceiras da Ponte da Integração, como se a gente tivesse modulando ali uma PPP (Parceria Público-Privada). Eu vivenciei isso. Então, realmente, no nosso entendimento, tinha um entrave jurídico. E, como o governador afirmou, vencido o entrave jurídico, isso é uma prioridade... Desde quando eu cheguei ao governo, estou falando aí, há três meses, foi o que eu mais ouvi do governador Cláudio Castro, do Rodrigo Bacellar e as ligações do Wladimir Garotinho cobrando a solução para a questão da Ponte da Integração, que é fundamental para o desenvolvimento econômico da região e a integração de dois municípios importantíssimos. Então, se o governo tem recurso, se o governo cria um programa que é para atender ao que a cidade pede através das suas lideranças, eu não tenho a menor dúvida de que, como o governador afirmou, assim que fosse vencida a questão jurídica, a Ponte da Integração seria concluída. Até porque, é uma obra que já está praticamente pronta, uma obra que é importantíssima para o desenvolvimento econômico. Eu não tenho a menor dúvida que a ponte vai estar no Pacto RJ, e o governo vai entregar essa obra fundamental para o desenvolvimento aí da região.
Restaurante Popular – Sobre o programa do Restaurante Popular, inclusive, ontem (quinta-feira) eu participei de uma reunião com o secretário [Matheus] Quintal, um quadro qualificadíssimo também, e esse programa está dentro do seu cronograma. Ele falou claramente, para todos que estavam na reunião, que o cronograma de entrega dos restaurantes populares está mantido. Então, se está mantido, a gente acredita que até o final do ano. Até porque, o Restaurante Popular é uma prioridade de Campos, é um programa que a gente sabe da importância para a história de Campos, porque os restaurantes populares foram uma idealização do governador Anthony Garotinho. A gente sabe o quanto esse programa foi e vai ser sempre fundamental, por tirar a fome das pessoas.
Eleições no RJ – O Governo do Estado, eu acho que, por uma questão de justiça, respeitando todos os futuros candidatos, se for por uma questão de justiça, não vejo nenhum cenário que não permita a reeleição do governador Cláudio Castro. O eleitor não tem como não reconduzir alguém que está construindo um novo Estado, que tá entregando, que tem um Pacto RJ, que tem projetos de desenvolvimento econômico. O Rio está vivendo uma paz necessária e histórica entre os poderes. Se não tiver harmonia entre os poderes, ninguém consegue governar. E essa habilidade é para poucos. O governador Cláudio Castro, em 12 meses, nivelou a temperatura, uniu as lideranças políticas, uniu todos os setores. Ele começa a entregar em um ano, e os números não mentem, o que historicamente a gente não via em décadas no nosso estado. Por essas razões, entendo eu que, por merecimento, o governador Cláudio Castro é, na minha opinião, o franco favorito para conduzir o Estado futuramente, por mais quatro anos. E por merecimento, porque, se já fez isso tudo em um ano, imagine, em cinco anos pela frente, o que esse Estado vai experimentar de conquista.
Disputa presidencial – A nível nacional, que todo mundo está acompanhando, acredito eu também... Lembrando que é a opinião não do secretário de Estado, é a opinião do cidadão e do deputado federal. Eu não acredito no aparecimento de uma terceira via. Eu só acreditaria numa terceira via se, historicamente, o centro se entendesse. Aí, todo mundo iria se unir, e a união produziria um terceiro nome. Mas, a gente conhece o dia a dia do centro. Ele não prospecta uma união que envolva todos os partidos, e aí eu acredito numa polarização, de novo, da eleição entre direita e esquerda. O governo atual, que é direita, querendo ser reconduzido, e a esquerda querendo voltar ao poder do governo nacional. Acredito que vai ser uma eleição polarizada entre Lula e Bolsonaro, direita e esquerda. Por ser polarizada, é uma eleição equilibrada, e aquilo que vai fazer a diferença nesse pêndulo aí é para onde mais o centro vai escolher. Eu acho que o centro tem um papel único no resultado da próxima eleição. Se o centro, mesmo que fragmentado, mesmo que não unido, tende a ir mais para um lado, eu acho que é esse lado que vai ter o êxito da eleição.
 
 

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