Campos recebe mais uma parcela de royalties em alta
21/09/2021 00:01 - Atualizado em 21/09/2021 09:19
A Prefeitura de Campos recebe nesta terça-feira (21) mais um repasse de royalties sobra a produção de petróleo e gás em alta — como todos os municípios da região. Serão repassados ao município R$ 45.504.358,67. O valor é 17,1% superior à parcela de agosto, cujo depósito foi de R$ 38.852.695,67, e 63,4% maior que o repasse de setembro do ano passado (R$ 27.848.686,60). Em nove meses de 2021, o município já recebeu R$ 401.995.753,47 em royalties e participação especial, valor 38,7% maior que o repassado em todo o ano passado (R$ 289.896.109,76).
Para São João da Barra serão pagos R$ 15.508.535,86, valor 13,6% maior que o depositado em agosto (R$ 13.655.405) e 74,4% maior que o repassado no mesmo mês de 2020 (R$ 8.893.804,98).
Entre os municípios do Norte Fluminense, Quissamã foi o que registrou a alta mais expressiva, de 23,3%, neste mês, quando recebe R$ 20.562.739,28, em comparação com o repasse de agosto (R$ 16.673.513,84). A alta em relação a setembro de 2020, quando o município recebeu R$ 10.739.762,88, é de 91,5%.
O repasse previsto para esta terça a Carapebus é de R$ 6.642.344,19, enquanto no mês passado o município recebeu R$ 5.806.789,30, o que representa uma alta de 14,4%. Em relação a setembro do ano anterior (R$ 3.894.862), houve uma alta de 70,5%.
Macaé é o município que recebe os maiores valores de royalties na região. Nesta terça, serão pagos R$ 91.369.288,23, 13% a mais que em agosto (R$ 80.866.637,91) e 73,8% a mais que em setembro do ano passado (R$ 53.247.522,19).
— Conforme os gráficos demonstram, o preço do petróleo tipo Brent teve no mês de julho sua melhor cotação desde agosto de 2018, oscilando entre US$ 77 e US$ 73. Já o gás natural também vem aumentando desde fevereiro de 2020 e oscilando próximo aos US$ 5. Com um novo recorde de produção no pré-sal em julho, que alcançou 2,806 milhões de barris de óleo equivalente por dia, a Bacia de Campos vem produzindo bem e os repasses seguiram o aumento uniforme. São muitas expectativas em meio a uma pandemia e uma imensa transição energética e de movimentação de capitais no mundo. Temos a Opep+ mantendo o cronograma de aumento da produção, a China usando reservas para tentar derrubar os preços da commodity, acidentes naturais no golfo do México, a resposta da demanda à campanha de vacinação no mundo, todas as questões voltadas para as energias renováveis e a 17ª Rodada de Licitações da ANP por acontecer. São muitas variáveis que devemos ponderar antes de comemorar um repasse melhor que os anteriores. As atenções ainda estão voltadas para grandes gastos com a Saúde e com uma grande depressão que estamos enfrentando, com uma taxa de desemprego na casa dos 14% e a inflação que atingiu os 10%. É preciso muita cautela nesses gastos para manter os serviços básicos e buscar a retomada da economia, apesar das turbulências políticas que o país enfrenta em um ano pré-eleitoral. A indústria, não só de petróleo e gás, como as das energias renováveis, merece uma atenção especial, pois está em franca retomada e abrirá muitas oportunidades de emprego. Principalmente agora com a expectativa do boom do gás para suprir a demanda energética do país que bate à porta, pela crise hídrica que estamos passando. São tempos difíceis, mas com muitas oportunidades. O Rio de Janeiro parece estar caminhando realmente para ser o estado da energia do país, apesar da sua pequena extensão territorial, pois é o único que possui, além das jazidas de petróleo e gás, as mesmas condições climáticas do Nordeste brasileiro, com enorme potencial eólico onshore, offshore e solar. Gastos ordenados dos gestores, sabedoria na aplicação dos recursos com cautela, visando o básico e o desenvolvimento, podemos sair dessa situação mais fortes que entramos — ressaltou o consultor de Petróleo, Gás e Tecnologia Wellington Abreu.

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