Leonardo Picciani assume presidência do MDB
26/11/2018 21:39 - Atualizado em 29/11/2018 19:35
Eleito sexta-feira passada para dirigir um dos maiores partidos do país, Leonardo Picciani passará a metade de seu mandato como presidente do MDB proibido de guiar o próprio carro. Deputado federal não reeleito, que ficou como quarto suplente da coligação MDB-DEM-PP-PTB na Câmara dos Deputados a partir do ano que vem, Leonardo vai ocupar a cadeira que já foi seu pai, Jorge Picciani, preso há mais de um ano. Em uma difícil fase política e pessoal, o ex-ministro do Esporte do governo Temer foi parado pela Lei Seca domingo, recusou o teste do bafômetro e perdeu o direito de dirigir por um ano.
Antes de Leonardo, quem presidia o MDB era seu pai, que também era presidente da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). Porém, Jorge Picciani se afastou das duas presidências depois de ser preso pela operação “Cadeia velha”. Interinamente, em seu lugar ficou Marco Antonio Cabral — filho do ex-governador Sérgio Cabral e que também não foi reeleito.
Além dos problemas políticos e da prisão do pai, Leonardo ainda teve outro dissabor. Durante blitz da Operação Lei Seca na noite de domingo, na avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro. Ele conduzia uma moto modelo Harley Davidson, foi abordado, orientado sobre a legislação vigente, mas a ignorou.
Mediante a recusa, ele foi autuado por dirigir sob a influência de álcool, e o veículo foi liberado a um condutor habilitado. Leonardo ficará com o direito de dirigir suspenso por 1 ano.
Cadeia Velha - Jorge Picciani foi preso em novembro do ano passado na Operação Cadeia Velha, desdobramento da Lava Jato, por suposto envolvimento com um esquema de corrupção durante o governo de Sérgio Cabral. Picciani, devido a problemas de saúde, está em prisão domiciliar.
Semana passada, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Alerj, presidido pelo deputado André Lazaroni (MDB), rejeitou o relatório do deputado Marcos Müller (PHS-RJ), que pedia a interrupção do procedimento que poderá cassar além de Jorge Picciani, os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do MDB, também presos na Cadeia Velha. Também podem ser cassados outros sete, presos na operação Furna da Onça. (S.M.) (A.N.)

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