Sindicato empossa nova diretoria e fala sobre crise na saúde
Paula Vigneron 30/06/2017 14:29 - Atualizado em 30/06/2017 17:19
Informações foram relatadas em coletiva
Informações foram relatadas em coletiva/Paulo Pinheiro
A nova diretoria do Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) tomará posse na noite desta sexta-feira (30). Para a solenidade, que contará com homenagem aos ex-presidentes, está programada uma palestra com o tema “Espiritualidade na formação dos profissionais médicos”, que será ministrada por Paulo Celso Nogueira Fontão, professor da Faculdade de Medicina Santa Marcelina, em São Paulo. Para o evento, foi convidado o presidente da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze.
À frente do Simec, no triênio 2017/2020, estará novamente o presidente José Roberto Crespo de Souza. Para o médico, a situação da saúde de Campos é reflexo da crise econômica pela qual passa o município. E esta, segundo ele, afeta não somente a área, mas também outros pontos importantes para a manutenção do bem-estar da sociedade.
— A administração mudou. Estamos vendo as dificuldades que eles estão enfrentando na questão estrutural do município. Não é só na saúde, mas também educação, infraestrutura, tudo. Existe um déficit de pagamento aos hospitais desde 2015. Vários meses de 2015 e alguns de 2016 também. Existe o compromisso dele (prefeito Rafael Diniz) de pagar a essas unidades e, por consequência, aos médicos. É uma demanda antiga, uma luta que travamos com o governo anterior. Estivemos com o prefeito atual, e ele se comprometeu — afirmou, ressaltando que os compromissos têm sido cumpridos. “Os hospitais têm repassado regularmente o Pro-labore, a produção dos médicos que trabalham nessas unidades”, concluiu.
Apesar do cumprimento, no entanto, o profissional afirmou que os hospitais Ferreira Machado e Geral de Guarus passam por uma crise importante. “Em Campos, temos profissionais que dão cabo à sua demanda, mas existe dificuldade na gestão. E eles estão trabalhando no redimensionamento da rede para ver em que podem melhorar o atendimento. Há uma dificuldade na população de chegar ao atendimento. Não sabemos se é o núcleo que não marca. Sabemos que as filas continuam. É só andar nas madrugadas”, destacou.
Presidente da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze
Presidente da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze / Paulo Pinheiro
A crise na saúde também foi abordada pelo presidente da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze. De acordo com sua observação acerca de Campos, a cidade passa por um momento de preocupação que é causado pela situação do governo do Estado do Rio de Janeiro:
— A crise repercute nas prefeituras. E Campos não está imune a essa doença que contaminou todo o estado. A prefeitura recebeu do governo passado um déficit orçamentário importante. A Federação está se colocando à disposição da Prefeitura para tentar buscar a solução ou, pelo menos, minimizar os efeitos dessa crise. É possível que se faça uma interligação entre a Prefeitura e o governo federal para que a gente possa trazer recursos, ajudando na gestão do município.

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