O Porto do Açu foi reconhecido com o Prêmio Marítimo das Américas 2022 - categoria Operações Portuárias Verdes e Gestão Sustentável, com a iniciativa “Operações de Dragagem Sustentáveis”. O complexo, localizado em São João da Barra, no Norte Fluminense, foi o único porto brasileiro contemplado na 8ª edição do prêmio, que é organizado pela Comissão Interamericana de Portos (CIP) da Organização dos Estados Americanos (OEA). Ao todo, foram mais de 25 iniciativas inscritas por portos de nove países da América do Norte, América Latina e Caribe.
O projeto premiado do Açu é um modelo de gestão de dragagens, desenvolvido pela Administração Portuária. O objetivo é garantir a segurança e a eficiência dessas operações, preservando a biodiversidade marinha e qualidade ambiental, com investimentos em pesquisa e estudos com foco em otimização e redução de custos e da pegada de carbono. O reconhecimento destaca a contribuição e potencial de replicabilidade do projeto para o setor marítimo e portuário, suas características inovadoras e sustentáveis.
Dentre as iniciativas de gestão de dragagens do complexo portuário, merece destaque a implementação em 2021 do Protocolo Padrão para Dragagem de Manutenção do Porto do Açu, o primeiro do gênero no Brasil. O documento – desenvolvido em conjunto com equipes de diferentes terminais do Açu, especialistas internacionais e representantes do Inea e Centro Tamar/ICMBio – é voltado para a proteção das tartarugas marinhas que utilizam a região para reprodução.
“A dragagem é uma atividade essencial para as operações portuárias, realizada periodicamente para garantir a navegabilidade e o acesso seguro aos terminais. Essas operações no Porto do Açu apresentam um desafio adicional relacionado à proteção da vida marinha, uma vez que o complexo está situado em uma área de reprodução da tartaruga cabeçuda (Caretta caretta). Diante disso, estabelecemos uma metodologia para avaliar e gerenciar riscos e uma estrutura de governança independente para garantir a excelência e a sustentabilidade de nossas operações de dragagem”, destaca José Firmo, CEO da Porto do Açu Operações.
Outro destaque é a metodologia de identificação e gerenciamento de riscos em projetos de dragagem portuária, desenvolvida em 2021 e que foi reconhecida pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) como o 3º melhor trabalho da categoria Artigos Técnico-Científicos do Prêmio Antaq do mesmo ano.
Ainda visando à otimização dos investimentos relacionados à atividade de dragagem, o Porto do Açu desenvolveu estudos técnicos para a modelagem computacional do fenômeno de sedimentação natural que ocorre em toda a área de localização do Porto, combinado com medições in situ e análises de material em laboratório. O objetivo é o desenvolvimento de novas abordagens sobre o assunto, alinhadas ao conceito working with nature, difundido pela Associação Mundial de Infraestrutura de Transporte Aquaviário (Pianc, na sigla em inglês).
A cerimônia de entrega do Prêmio Marítimo das Américas 2022 será realizada no dia 30 de novembro, no XXX Congresso Latino-Americano de Portos da Associação de Autoridades Portuárias (Aapa), em Santos. Além do Açu, foram premiados este ano: Terminal Internacional del Sur S.A – Concesión del Terminal Portuario de Matarani (Tisur), do Peru, na categoria Digitalização Competitiva; Administración del Sistema Portuario Nacional Manzanillo, S.A. de C.V. (Asipona), do México, na categoria Cibersegurança em Portos e/ou Terminais; e Salaverry Terminal Internacional S.A, também do Peru, na categoria Empoderamento e Igualdade.
O prêmio é mais um reconhecimento às práticas ESG do Porto do Açu, que em 2021 se tornou o primeiro porto no Brasil a receber a certificação EcoPorts, principal iniciativa de certificação do setor. A conquista também reforça o compromisso de desenvolvimento do Açu como um porto de classe mundial, em linha com as melhores práticas ambientais, sociais e de governança. Todas essas diretrizes estão formalizadas em sua política de sustentabilidade, que também norteia o desenvolvimento de novos negócios no Porto do Açu, tendo como base projetos de baixo carbono e de novas fontes de energia.
