A legislação eleitoral impõe um rito a ser cumprido aos pré-candidatos. Entretanto, ao que parece, supostamente, um integrante do grupo de Garotinho, com o deputado Wladimir Garotinho (PSD) sendo o pré-candidato a prefeito, não demonstra estar disposto a seguir a lei.

 Circula na rede, uma imagem de um ‘santinho’ da pré-candidata Sonia de Conselheiro Josino, do partido de Wladimir, sem ao menos ter acontecido a convenção que a legislação determina. Além disso, a suposta candidata já teria definido até o seu número de candidatura.

 O suposto movimento precoce, em meio à pandemia, acaba expondo a real preocupação política do integrante do grupo: as eleições.

 Em tempos de coronavírus, vale ressaltar que a própria eleição está ameaçada. O cronograma eleitoral parece estar sendo atropelado antes mesmo de ter uma base sólida de confirmação.

A pandemia do coronavírus está deixando todos os governantes preocupados com o futuro econômico. No rio, a situação é ainda mais agravante, se recuperando da última crise que deixou servidores com salários atrasados, o governo Witzel cria um alerta para um possível filme repetido. Entretanto, seus últimos atos não condizem com o que retrata. 

Apenas em números de servidores comissionados, o governo chega a 1333 a mais quando comparado a um mesmo período de 2019. Sendo assim, a administração contabiliza 8.789 cargos.

Outro "detalhe" que chamou atenção foi a contratação da criação de um aplicativo a um custo de R$ 10 milhões. A ferramente tecnológica será desenvolvida para fornecer informações acerca do Covid-19. 

Entre essas e outras, em meio à pandemia, acabam colocando o discurso do governador Wilson Witzel (PSC) em xeque.

A juíza Ana Helena Mota Lima Valle, da 26ª Vara Criminal do Rio, absolveu o ex-prefeito Eduardo Paes e outras seis pessoas da acusação de fraude na contratação dos serviços médicos prestados durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013, que contou com a presença do Papa Francisco.

Os custos para atendimento chegaram a R$ 7,5 milhões, e foram assumidos pela prefeitura a poucos dias do evento, após o Instituto JMJ declarar que não tinha como pagar as despesas e pedir ajuda ao governo.

Reprodução: Jornal O Globo, Ancelmo Gois.

Felizmente, a maioria da população brasileira opta por seguir à ciência e suas autoridades correspondentes na determinação de um isolamento social para evitar a rápida disseminação do coronavírus. Entretanto, uma pequena parte que apela a benefício próprio, sobrepondo as necessidades financeiras à saúde da população, preferem contradizer os estudos científicos.

 A bola da vez foi o empresário Alexandre Martins, aliado de velha data da família Garotinho e ligado ao ex-vereador, cassado pela operação Chequinho, Geraldinho de Santa Cruz. Atropelando o município, o dirigente conseguiu na justiça uma liminar para a abertura de seus empreendimentos.

 Há dias, o empresário Alexandre vinha fazendo o que “melhor sabe”: várias críticas ao governo municipal pelo decreto que determina o fechamento de seu estabelecimento. Sendo que, deixando as paixões de lado, seja em decreto ou não a recomendação é única: isolamento social.

 A luta contra a pandemia não se restringe apenas ao vírus. Infelizmente, na sociedade, há uma situação como essa que somada ao coronavírus potencializa os danos: a fome pelo dinheiro.

 De fato, as discussões que envolvem as eleições deste ano são secundárias, por ora. Todavia, a pandemia do coronavírus que assola o mundo já começa a adiar eventos importantes, vide as olimpíadas. E, por isso, observando o rito eleitoral sendo comprometido, congressistas começam a se movimentar para a postergação das eleições. 

 Partidos de centro prometem intensificar a discussão no próximo mês. A expectativa é que o debate gire em torno da prorrogação para o ano seguinte ou somente em 2022. Mas, primeiramente, será observado o comportamento da pandemia no país em abril, para que se possa ter uma maior clareza do futuro. 

 Os ministros do Tribunal Superior Eleitoral estão mantendo o calendário estabelecido e dizem que uma eventual prorrogação das eleições devem ser discutidas pelo congresso. 

Em suas redes sociais, o prefeito Rafael Diniz (Cidadania) divulgou um vídeo para atualizar os números de coronavírus na cidade de Campos. Na atualização, um caso que gerou fake news no sábado à noite foi descartado oficialmente através de exame: o da menina de 19 anos com suspeita de COVID-19.

 Com isso, Campos soma 16 casos suspeitos de coronavírus, e a médica dermatologista Ana Pellegrini passa a contar com mais uma fake news em seu currículo.

 A médica que já tinha sido processada por acusações inverídicas e infundadas (publicado aqui) foi uma das responsáveis por uma série de áudios que causaram medo e pânico à população campista na noite de sábado. “Tem uma menina de 19 anos que é realmente coronavírus, não tem kit, e ela está gravíssima”, disse Ana Pellegrini em um de seus áudios.

 A pandemia acelerando, segundo a OMS, e o momento exige responsabilidade e informação de qualidade. A médica, que reforçou um repúdio à imprensa através de nota, parece desconhecer o que representa uma notícia fidedigna.

O crescente número de casos do coronavírus no mundo se alia a outro fato já existente: as fake news. Poderosas, sedutoras, comoventes, as notícias falsas por onde passam acabam mexendo com as emoções humanas e  criam cicatrizes sempiternas.

Diferentemente do coronavírus, as fake news já desfilam pelo mundo há algum tempo, influenciando até em eleições. Ganhou destaque mundial, inclusive, no pleito presidencial americano de 2016. Desde então, vem sendo alvo de preocupação mundial por seus diversos efeitos que podem trazer ao Estado e, consequentemente, à sociedade.

Apaixonada pela psicologia do medo, as fake news fazem um par perfeito com o coronavírus. Prova disso, foram os diversos áudios disseminados Brasil afora distorcendo a realidade dos fatos, causando ainda mais pânico em pessoas que já sofrem dessa enfermidade. Uma tremenda irresponsabilidade ou, senão, pura maldade.

Por sorte, existe a imprensa de qualidade, que, apesar de inúmeras vezes ser atacada, resiste e leva à população informação fidedigna. Entretanto, a pós-verdade – apelo a emoções que sobrepõem os fatos objetivos -, na maioria das vezes, atinge um maior número de pessoas. Em certas situações, ainda são respaldadas por “personalidades públicas”.

Não obstante do tempo que já está em circulação, grande parte da população ainda não adquiriu os anticorpos necessários para deter as fakes news, muito menos o coronavírus. Alguns remédios ou vacinas já foram testados contra as notícias falsas, mas sem efeito, enquanto para o novo vírus que assola o mundo estão em fase de testes. Para um mundo salutar, espera-se a solução para ambas as mazelas.

Na noite de ontem (21), áudios da médica dermatologista Ana Pellegrini ganharam grande proporção nas redes da planície goitacá. No conteúdo, a médica narra um cenário de caos e cita uma paciente. Com isso, além da notícia, o pânico foi disseminado por onde as gravações passavam.

 Acontece que a autora do conteúdo, além do curso de medicina, leva em seu currículo um processo por acusações inverídicas. À época, em 2012, Ana Pellegrini foi acusada por justamente produzir informações infundadas e inverídicas. Neste caso, já em 2018, o processo terminou com um pedido de desculpas de Ana Pellegrini, entrando assim em acordo com a autora da ação.

 Ao que parece, Ana Pellegrini exerce outra função além de dermatologista. Visto que não é a primeira vez que a mesma divulga algum tipo de informação nas redes sem fundamentar a veracidade dos fatos.

 Ademais, o comportamento da médica neste momento vai na contramão dos profissionais responsáveis que prezam por informações e recomendações de qualidade. E, claramente, no fim do áudio, demonstra uma campanha partidária em meio à situação drástica.

 Assim sendo, mais uma vez, Pellegrini abdicou de sua especialidade para ir às redes, um outro mundo que parece desconhecer, e criar cicatrizes que nem a mesma terá o remédio. Em tempos de fake news e pandemia, toda prevenção é ínfima, inclusive na produção de “informações”.

Com o pico do coronavírus ficando mais próximo no Brasil, o Ministério da Saúde encomendou a compra de 10 milhões de testes rápidos. Segundo o secretário de Vigilância, Wanderson Oliveira, os materiais serão distribuídos aos estados a partir da semana que vem. 

 Hoje, os testes são realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) em cada estado. Esses laboratórios são os únicos, até então, que têm autorização para realização dos testes para COVID-19. Entretanto, o método utilizado demanda tempo, e com o aumento do número de casos, o sistema fica cada vez mais sobrecarregado. 

 Na quinta-feira, a Anvisa aprovou a utilização de 8 modelos de testes rápidos.

A pandemia do coronavírus está fazendo estragos econômicos no Brasil afora. No estado do Rio, não particularmente, a previsão orçamentária já começa a trazer pessimismos. O déficit fiscal inicialmente previsto em R$ 10,59 bilhões subiu para R$ 20,59 bilhões.

 Como consequência, o governo teme passar pela crise vivenciada no estado em 2016. Na ocasião, os salários dos servidores públicos foram atrasados, e os serviços foram afetados. 

 Para mitigar esses possíveis efeitos, o governo engatilhou algumas medidas: suspensão da antecipação da primeira parcela do 13º, contingenciamento de R$ 3,9 bilhões e suspensão de novos contratos. Ademais, o integrantes do Palácio Guanabara avaliam uma operação de antecipação dos royalties. Esta última, inclusive, é muito conhecida na planície goitacá.