Arthur Soffiati - Civilização polinésia
26/06/2023 | 16h42
Comecemos a nossa revisão de civilizações periféricas à Europa pela Oceania, conjunto de ilhas que compreende Nova Guiné, Austrália, Tasmânia e Nova Zelândia; um conjunto de ilhas muito pequenas (Micronésia); um arquipélago (Melanésia) e ilhas espalhadas pelo oceano Pacífico (Polinésia). Durante o Pleistoceno, Nova Guiné, Austrália e Tasmânia eram unidas por pontes de terra.
Estima-se que essa continuidade continental permitiu o povoamento dela há 50.000 anos por imigrantes australoides, ancestrais dos papuas e dos aborígenes, ambos negroides. No tempo da migração, eles viviam em grupos com economia paleolítica. Nenhum grupo humano havia ainda provocado a revolução do neolítico.
O nível do mar subiu rapidamente com o derretimento da última glaciação, em 10.000 anos antes do presente, dando início ao Holoceno. As faixas contínuas de terra foram submersas pelo mar e originaram incontáveis ilhas. Por volta de 6.000 anos antes do presente, uma nova onda migratória avançou sobre as ilhas, agora por meio da navegação. Os migrantes partiram de Taiwan, Filipinas e Índia Oriental, alcançando a Nova Guiné. Essa nova onda formada pelos austranésios miscigenou-se com os antigos migrantes.
Antes dos europeus, os habitantes das ilhas desenvolveram uma sofisticada arte náutica e se transformaram nos mais hábeis navegadores do neolítico. Com seus catamarãs e uma ciência sofisticada de navegar, eles chegaram ao arquipélago de Fiji, a Tonga, a Samoa, ao Havaí, à Nova Zelândia, alcançando a distante ilha de Páscoa, hoje com seu nome original de Rapa Nui. Aí, os navegadores infatigáveis adotaram um modo de vida sedentário e desenvolveram uma cultura, partindo das suas bases, que alcançou a complexidade de uma civilização.
O historiador britânico Arnold Toynbee entendeu que a conquista das ilhas do Pacífico exigiu dos polinésios um grande esforço e um hábil desenvolvimento científico e tecnológico. O desafio representado pelo oceano Pacífico estimulava esse desenvolvimento e, ao mesmo tempo, consumia os esforços dos polinésios na tarefa da sobrevivência. Assim, a civilização que eles desenvolveram estagnou-se. No início de sua investigação, Toynbee criou a categoria de civilizações estagnadas, incluindo nela os polinésios, os habitantes das estepes asiáticas e os esquimós. Grandes extensões de água, de terra árida e de gelo estimularam seus habitantes e, ao mesmo tempo, os paralisaram. Posteriormente, Toynbee entenderá que esses povos desenvolveram sociedades neolíticas avançadas, mas não civilizações.
Esses hábeis navegantes guiavam-se unicamente pelos astros, ventos e características das ondas. Conheciam e praticavam a agricultura com inhame, batata-doce, mandioca, banana, coco, arroz e cana-de-açúcar. Quando os europeus os contataram, eles já haviam domesticado a galinha e o porco.
Na Polinésia, desenvolveram-se sociedades neolíticas avançadas que não podem ser compreendidas pelo modelo euroasiático. Os habitantes das incontáveis ilhas dominavam a arte da navegação. Como habitassem ilhas e singrassem o oceano em busca de alimentos, sua economia exigiu uma combinação de sedentarismo e nomadismo. Praticavam a agricultura e desenvolveram a cerâmica. Devemos tomar a cerâmica como a marca registrada do neolítico. Podemos imaginar um povo sem agricultura e com vida nômade. A presença da cerâmica é o indício do neolítico.
Já na Austrália, o ambiente é árido na maior parte das terras. Quando os europeus aportaram na ilha-continente, encontraram grupos humanos vivendo da coleta, da pesca e da caça. Poucos conheciam algum cultivo, como era o caso dos habitantes das ilhas do Estreito de Torres. No entanto, pujante era a sua cultura imaterial. Ficaram conhecidos como aborígenes. Suas técnicas de caça corresponderiam à última fase do paleolítico euroasiático. Na Tasmânia, alguns grupos aborígenes praticaram a agricultura.
Em síntese, a Oceania foi colonizada por dois povos distintos que chegaram em datas afastadas. Os negroides, em torno de 50.000 anos passados, ocuparam Nova Guiné, Austrália e Tasmânia. Os austranésios, a partir de 6.000 anos antes do presente, dirigiram-se para a Micronésia, a Melanésia e a Polinésia, havendo mistura com os povos pioneiros. Na Austrália, os aborígenes continuaram num modo de vida paleolítico, coletando, pescando e caçando. Os instrumentos por eles criados os situam em fase correspondente ao final do paleolítico euroasiático. Já os austranésios desenvolveram uma cultura com base na agricultura e na pesca. Semissedentários, eles criaram uma economia neolítica assentada no mar, algo bem diferente do que aconteceu com o neolítico do hemisfério norte, baseado numa agricultura e num pastoreio em terra firme.
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Carnaval e suas histórias
22/03/2019 | 15h44
É época de carnaval, apesar de atrasado este ano, como diria uns, mas com todo ânimo e empolgação que o período proporciona. Na cidadezinha do interior onde meus pais moram, os boêmios profissionais estão a todo vapor, pois agora há movimento a madrugada toda.
A data não se resume a semana do carnaval, sendo que os ensaios começam com intensidade um mês antes e a folia acaba uma semana depois, com os desfiles das campeãs e os últimos blocos da “ressaca”.
Particularmente sempre vi o carnaval de outra maneira. Aproveitei sim, em minha juventude, viajando para as grandes capitais da folia, saindo em todos os blocos e escolas possíveis, e dormindo muitas vezes em pequenos cantos emprestados em casas de conhecidos Brasil a fora.
Vi e vivi muita coisa, tanto do lado positivo como negativo. Conheci lugares e pessoas do mundo todo, ao redor de um ritmo contagiante, contando estórias, cantando e se divertindo. Mas também presenciei brigas, roubos e situações ruins, que ficam na memória.
Mas isso, para mim, ficou no passado. E escrevo isso com orgulho de quem já aproveitou tudo que tinha que aproveitar em seu devido tempo. Pensamento este que gosto de ter.
Não me vejo mais até tarde da noite, andando atrás de blocos pelas ruas, pulando igual doido, conversando com pessoas que não conheço, e muitas vezes, bebendo um pouco a mais da conta. E para finalizar, completando com uma noite pessimamente dormida. Não é nem questão de vontade somente, mas de físico também. Admito que não tenho mais para isso.
Hoje o que mais prezo é a segurança. De nada adianta trabalhar como nunca, ganhar dinheiro, ter saúde, ser admirado, bem sucedido em todos os aspectos, se nos sentimos inseguros.
Sou capaz de citar inúmeros casos de pessoas de bem que, ao ficarem ate de madrugada na rua, tiveram suas vidas roubadas por assassinos (não ladrão), a troco de um celular ou alguns míseros trocados. Se acha exagero, espere até as próximas noticias.
É importante sairmos, nos divertirmos, mas atualmente o mais importante é não criarmos contra nós mesmos, situações ruins, meramente evitáveis. Sempre lembro-me dum amigo que marcava jantares em restaurantes, mas nunca conseguimos nos encontrar, ou pelo menos, pouquíssimas vezes. Não quando marcávamos.
O motivo era simples. O horário. Ele marcava em restaurantes aos sábados, as nove da noite. Dia e horário em que a maioria dos bons restaurantes no interior de São Paulo, assim como em Campo Grande, já estão com filas de espera.
Explicava para ele que sábado era um dia que não trabalhávamos a tarde, portanto poderíamos nos organizarmos mais cedo. Afinal, penso assim: para que sair tarde, ficar esperando na fila, não poder escolher a mesa que lhe agrada, ser mal atendido (ou na melhor das hipóteses pior do que quando o restaurante não esta tão cheio), parar o carro longe sendo praticamente extorquidos a pagar o valor imposto pelo chamado flanelinha, além de chegar em casa de madruga, se posso fazer justamente, ao contrário de tudo isso?
Este é mais ou menos meu pensamento sobre o carnaval. Gosto da época, gosto de participar e assistir, desde que possa levar minha família, dançar com meus filhos, ficando longe de bebedeiras, confusões, discussões e brigas. Hoje, casado, jamais trocaria uma vida por uma noite.
Prefiro os blocos com as marchinhas de carnaval, onde se possam levar crianças, para mim, sinônimo de ambiente familiar. Meu avó dizia que onde há crianças, a fisionomia dos adultos mudam. Para melhor.
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Ciranda cirandinha
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Em um feriado qualquer, meu filho no auge de seus cinco anos, me convidou para brincar com ele. A princípio, pensei que não teria muito pique para acompanha-lo, preocupado principalmente com as terríveis dores nas costas, companheira da família a gerações.
Foi mais fácil que pensei. Afinal, ficar sentado no sofá, com ar condicionado e jogando vídeo game, é mamão com açúcar, como diria os antigos.
Comecei a reparar que, quando os amiguinhos dele vão em casa, a liturgia é a mesma. Claro que brincam com outras coisas, mas logo voltam ao game, ou ao celular .... com jogos.
Percebo que minha filha Ana Luisa é assim também, apesar de gostar (muito) de bonecas. Os meus sobrinhos, filhos de amigos, seus coleguinhas... enfim, toda esta nova geração também.
Não deixei barato e chamei meu filho para uma conversa séria, cara a cara, eu com 40 e ele com 05 anos. Cheguei logo impondo respeito, mostrando quem manda e disse: filho, senta aqui que papai quer conversar com você, agora! A resposta veio lá de longe: perai pai, tô acabando de jogar o vídeo game e já vou...
Bom, passado alguns minutos, finalmente conversamos. Eu fui até ele. Paciência nunca foi minha virtude.
A princípio ele quis saber, por que eu achava que ele tinha que brincar mais, afinal para ele, vídeo game é um tipo de brincadeira. O que não está errado. O problema é que não pode ser só este tipo de brincadeira.
Expliquei a ele, que em minha época de criança, até tinha vídeo game, mas era de difícil acesso (não se encontrava em qualquer loja e parcelado em mil vezes), mas preferíamos brincar de outras coisas.
Aqui cabe uma observação, que não gostaria de alongar muito. Certa vez escutei que naquela época brincávamos do que era considerado comum para nós, e o vídeo game era um detalhe. Hoje, eles brincam do que é comum a eles (tecnologia) e as demais brincadeiras são detalhes.
Mas voltando ao assunto, durante nossa conversa séria, já com cara de bate papo, ele me perguntou do que eu brincava quando tinha a idade dele. Nisso, já contávamos com a presença da minha filha, curiosa como sempre.
Expliquei que vivi em uma época, infelizmente diferente da de hoje, onde tínhamos mais liberdade, no sentido de segurança.
Podíamos sair na rua sozinhos, para irmos a casa de amiguinhos ou até mesmo de parentes, como tios e avós, que em sua maioria moravam próximos de nós. Isto por que escolhíamos ficar próximo de nossos pais, diferente de hoje que a grande maioria quer ir para longe.
Na rua, uma das brincadeiras favoritas era soltar pipa. O cerol, item obrigatório hoje em dia, era praticamente desconhecido. Além de menos carros nas ruas, tínhamos mais espaços livres nos quarteirões, com as cidades sendo aumentadas e terrenos abertos.
Espaços estes onde aconteciam verdadeiros campeonatos de futebol entre crianças. A bola, quando não aparecia um iluminado com uma, o que o transformava em capitão do time, era um monte de meias velhas embrulhadas uma nas outras. Com pés descalços, corríamos a tarde inteira. Dedões eram machucados, mas quem se importava? E olha que na época o merthiolate ardia.
Reparem que precisávamos de pouco, apenas meias velhas, ou uma embalagem de Danone vazia, para brincar de futebol, ou de passou tomou, por exemplo. Brincadeira onde se a “bola” passasse debaixo de suas pernas, você tomava cascudos. Violência? Balela. Diversão e risadas.
O fato de não precisarmos de nenhum brinquedo físico, não restringia as opções. Pique esconde, pega pega, cabra cega, juntavam uma grande quantidade de crianças interessadas, principalmente quando eram férias escolares. As ruas eram cheias de alegria, com menos violência e intolerância.
Isso me fez lembrar do meu velho pai, que adorava inventar brincadeiras, principalmente em aniversários com bastante crianças. Na época não existiam salões de festas infantis, com seus brinquedos prontos e monitores. Os adultos se viravam como podiam para entreter as crianças.
Lembro-me dele colocar fogo no meio de um barbante, e ficávamos com dois dedinhos embaixo, esperando o barbante cair. Quem conseguisse pegar, ganhava. Vaga lumes, raros hoje nas grandes cidades do interior paulista, eram armazenados por breves instantes dentro de plásticos de cigarro, para vê-los brilhar.
Assim como brilhavam as meninas na amarelinha. Não tinha como vencê-las, sempre ganhavam. Hoje em dia, poucos vemos nas ruas o tabuleiro da brincadeira desenhado, comum antigamente. E nem precisava de giz para escrever o céu e o inferno. Apenas uma lasca de tijolo já era suficiente.
Existia também as brincadeiras que incentivavam a coordenação motora, como escravos de Jó, porquinho (Cinco Marias) e bafo, este último muito praticado em época de copa do mundo.
Nossas casas também eram diferentes, com seus ditos quintais, locais propícios para brincar de pula corda, jogar pião e bolinha de gude, hoje substituídos por “áreas gourmet”. Detalhe importante: quintais com muros baixos, que passávamos de uma casa a outra, por cima do muro literalmente. Claro, desde que fosse nosso conhecido.
Nestes quintais, principalmente na casa dos mais velhos, não raro tinham um quartinho de ferramentas. Nossos avós, que consertavam desde corações partidos por paqueras não respondidas a brinquedos, estavam sempre prontos a ajudar. Muitos faziam cavalinhos de madeira, balanços e piões, afinal, aprenderam em sua juventude a fazer seus próprios brinquedos.
Brinquedos estes que não eram descartáveis, como os de hoje. Bonecas por exemplo eram de pano, costuradas a mão. Únicas e portanto, valorizadas. Prova é que são disputadas a tapa por colecionadores. Para os meninos, tínhamos estilingues feitos de pedaço de arvore, lixados e com tira de borracha de bicicleta. Hoje é justamente ao contrario, expliquei a ele, olhando para o quartinho de brinquedos abarrotado de bonecos, carrinhos e aviões, todos de plásticos.
E é justamente esta a intenção mesmo, assim incentivam o consumo. Estraga logo, você compra novo e assim a roda gira. Posso falar com propriedade pois sou formado em marketing e vivenciei isto de perto.
A maioria das brincadeiras que citei aos meus filhos, eles conheciam e brincavam, mas não corriqueiramente. Outras como pião, cobra sega e escravos de Jó, tive que chamar testemunha, no caso minha esposa, para provar que não estava mentindo.
Os tempos mudaram e temos que nos adaptar e aceitar. Hoje, poucos pais tem coragem de deixar os filhos saírem na rua sozinhos. E na minha opinião, estão certos. Afinal, é o que temos de mais importante.
Os muros não são mais baixos, e nem devem ser. Brincávamos sem saber o que os pais de nossos amiguinhos faziam, pois não havia tanta diferença como hoje. Os carros eram os mesmos, pois existiam poucos modelos. As casas eram iguais, não existia condomínio fechado. Se trabalhasse honestamente, seja entregando leite, vendendo autopeças ou pequenos comércios, criava os filhos com o mesmo respeito do que os filhos dos doutores.
São tempos que não voltam mais, infelizmente. Após explicar tudo isso aos meus filhos, com certa nostalgia que me permitir ter, olhei para o lado, na procura dos olhos deles, esperando encontrá-los com lágrimas.
Estava só. Eles já tinham saído pra jogar vídeo game.
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Cultura do Medo
19/09/2018 | 17h34
Há tempos queria escrever sobre este assunto, eis que para minha surpresa, fui convidado pelo Jornal Correio de Corumbá, MS o qual sou colunista, a falar cobre ele. Então, aproveito o mesmo texto para compartilhar com vocês.
Não sei se o nome do título é adequado, mas trata-se de pânico ou síndrome do pânico, depressão, ansiedade, e demais palavras que estamos mais do que acostumados a escutar diariamente.
Alguns mais radicais acreditam que alguém ganha, e muito, dinheiro com estes tipos de manchetes, constantemente colocadas em sites, redes sociais, jornais e programas de TV.
Infelizmente é muito comum abrirmos sites de notícias, e nos depararmos com manchetes sobre fulano que enfartou, beltrano teve AVC e outro jovem que morreu de repente, muitas vezes durante a prática de esporte.
Afinal qual o problema, se são notícias? Ai que está. O problema é que este determinado assunto, não pode ser tratado assim, como se fosse notícia sobre inflação. Ou no mínimo não deveria.
Comumente, usam-se duas justificativas, que para mim, não colam. Uma de que estão ajudando as pessoas a se cuidarem melhor, ou seja, alertando, e outra de que, tratando-se de famosos, seus fãs tem a curiosidade em saber.
Ora, o alerta não deve ser feito colocando pânico na população. Não tem sentido a manchete ser “homem de 25 anos morre durante disputa de tênis”, e falar que isso serve de alerta. O certo, e muito mais civil, seria algo como a importância de exames médicos regulares. Isto é alerta. Homem morre, é para colocar medo, causa pânico, afinal achamos que a qualquer momento pode ocorrer conosco, ou com quem amamos.
Em relação a famosos, acho que o cuidado deveria ser dobrado, até pela privacidade, apesar de que alguns até gostam da falta de. O que custa noticiar que fulano passou mal, teve problemas de saúde e precisou de atendimento, ficando aberto a quem tem curiosidade pelo tal famoso, a clicar no link e ler a noticia. Mas claro, não haveria o sensacionalismo, necessário hoje em dia.
Portanto, fica a duvida. Será que é mesmo para alertar? É fato que muitas pessoas correm diariamente aos hospitais achando que estão enfartando e na verdade, são diagnosticados com pânico ou estresse. Doenças estas consideradas da nova geração.
Vivemos em um mundo onde não sabemos mais o que, realmente, faz mal ou bem. Os alimentos, por exemplo, estão sempre mudando. Um dia o ovo faz mal devido ao colesterol e no outro faz bem. E o café, chegaram a alguma conclusão?
Conheço pessoas que estão um pouco acima do peso, que vivem em constante medo de acontecer algo. Veja bem. O problema aqui, não é acontecer algo, é você viver o dia inteiro achando que vai acontecer algo, por que a notícia é que sobre peso mata. Como se não existissem mais Jô Soares no mundo, no auge de seus 80 anos.
Se ao mesmo tempo falam que a expectativa de vida mundial esta aumento, e a obesidade também, não há algo errado?
A impressão é: você é gordo? Qualquer momento pode morrer. Pare de comer, de beber, de fumar, vá caminhar, praticar exercício físico...mas de vagar, para não enfartar.
Não é bem assim. Claro que devemos nos cuidar. Óbvio. Mas cada um tem seu estilo de vida e biótipo. Magros e esportistas também tem diabetes, pressão alto, colesterol..
Sem considerar que muitas destas notícias não vem explicando o histórico médico da pessoa/famoso, se ela usou substancias ilícitas ou se já estava sofrendo de tal mal antes.
Enfim, acredito que noticias devem ser dadas, principalmente se for para nosso bem, visando nossa qualidade de vida. Claro que devemos nos cuidar, obesidade não é bom. O sentido do texto é criticar a forma que estas notícias são dadas.
Um colega meu que trabalha em uma loja num grande shopping de São Paulo, onde passam milhares de pessoas por dia, uma vez conversando sobre isso, me disse que “do jeito que as noticias são colocadas, parece que está andando uma pessoa ali e pá, enfartou. Outra caminhando ali e, teve AVC, um obeso lá e teve derrame..” e raras vezes viu isto acontecer, em anos de profissão.
Portanto acredito que o bom senso, principalmente em noticias relacionadas a saúde, devem vir em primeiro lugar, afinal não é bom para ninguém. Nem para quem lê, despertando o receio, nem para quem trata (atrasando o atendimento de um paciente com risco sério) e nem para quem escreve, afastando os bons leitores.
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Vendedor Raiz
10/08/2018 | 16h26
Durante minha formação, tive a oportunidade de assistir várias palestras sobre vendas, afinal sempre trabalhei com isso. É um assunto que tenho bastante interesse, pois acredito que todos nos somos ou deveríamos ser, vendedores.
Cheguei a fazer uma pós graduação na área, o que me ajudou bastante em compreender principalmente o que está por trás das técnicas tão faladas e aclamadas.
A história que contarei abaixo, ouvi durante uma das aulas, nas quentes tardes de sábado, em Cabo Frio, cidade litorânea do Rio De Janeiro.
Um garotão inteligente, vindo da roça, candidatou-se a um emprego numa grande loja de departamentos da cidade. Na verdade, era uma megaloja de departamentos, onde tudo podia ser comprado ali.
O gerente perguntou ao rapaz: - Você já trabalhou alguma vez?
- Sim, eu fazia negócios na roça, o garoto respondeu.
O gerente ao escutar a resposta, não acreditou muito no futuro do garoto, mas gostou do jeitão simples do moço e disse: - Pode começar amanhã. No fim da tarde venho ver como se saiu.
O dia foi longo e árduo para o rapaz. Às 17h30 o gerente se acercou do novo empregado para verificar sua produtividade e perguntou:
- Quantas vendas você fez hoje?
- Uma! – Respondeu orgulhoso o novo funcionário.
- Só uma? Disse o gerente. A maioria dos meus vendedores faz de 30 a 40 vendas por dia. E de quanto foi a sua venda?
- Dois milhões e meio de reais...
E gerente, quase caindo para trás: COMO CONSEGUIU ISSO???
- Bem, o cliente entrou na loja e eu lhe vendi um anzol pequeno, depois um anzol médio e finalmente um anzol bem grande. Depois vendi uma linha fina de pescar, uma de resistência média e uma bem grossa. Para pescaria pesada. Perguntei onde ele ia pescar e ele me disse que ia fazer pesca oceânica. Eu sugeri que talvez fosse precisar de um barco, então o acompanhei até a seção de náutica e lhe vendi uma lancha importada, de primeira linha. Aí eu disse a ele que talvez um carro pequeno não fosse capaz de puxar a lancha e o levei à seção de carros e lhe vendi uma caminhoneta com tração nas quatro rodas.
Cada vez mais perplexo, o gerente perguntou:
- Você vendeu tudo isso a um cliente que veio aqui para comprar um pequeno anzol?
Eis que o garoto da roça, no auge de sua juventude diz:
- Não senhor. Ele entrou aqui para comprar um pacote de absorventes para a mulher, e eu disse: 'Já que o seu fim de semana está perdido, por que o senhor não vai pescar?
Moral da estória. Existem pessoas que tem facilidade em vendas, assim como pessoas que tem facilidade em dialogar, habilidades no esporte ou em administrar. Claro que treinamento constante ajuda, mas parece que para determinadas pessoas, é natural.
São aqueles que vendem de perfume a filé mignon, não importando como, quando ou onde. Pessoas que fazem disso um estilo de vida. Não precisam de muita coisa, apenas da cara e da coragem. Profissionais assim são raros, desejados por todos, e não costumam ficar muito tempo no trabalho, pois mais cedo ou mais tarde, assumem cargos de gerencias.
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Férias
12/07/2018 | 15h47
Enfim, então chegando as aguardadas férias. Época em que pausa as aulas das crianças, damos um tempo no trabalho e tentamos descansar, apesar de alguns dizerem que voltam mais cansados do que foram.
As férias são importantes. Este papo de que homem de negocio não tira férias, é furado. Geralmente é falado pelos próprios “homens de negócios” que vivem viajando.
É nela que repomos as energias, distraímos a cabeça e cuidamos um pouco mais de nos mesmos, voltando, geralmente, mais leves, dispostos e com novas soluções.
No Brasil, existem ainda locais fantásticos, claro, não citando os famosos e comuns. Falo aqui daquelas cidadezinhas que proporcionam as ditas férias no interior. Criançada descalça na rua, sem se preocupar com carros, pipa no ar, futebol com bola de meia, onde se divertem de manhã até a noite, e voltam tão sujos, que o melhor a fazer e coloca-los na maquina de lavar roupas e boa.
Meus pais moram em uma destas cidades. Nas férias das crianças, vamos para lá. Arrumar as malas já é uma delícia. Acredito que pensam assim, por fazermos algo que não é comum para nós.
Andamos de charrete, cavalo, jogamos bola na rua, vamos a parquinhos espalhados pela cidade e ficamos na piscina. A tarde, descemos para o centrinho da cidade, onde tomamos café, sorvetes, bolos e mais brincadeiras, abrindo assim, o apetite para jantarmos em restaurantes com sabores diferentes do que estamos acostumados. Uma vantagem, pouco encontrada aqui em Corumbá, são que na maioria das vezes, existem parquinhos dentro deles, os chamados espaço kids. E toma mais brincadeira.
Chegando em casa, já ao fim da noite, assistimos filmes, todos juntos, em um grande sofá. Acredito que o que ajuda no ambiente, é que os adultos esquecem um pouco dos problemas, e portanto, brigam e se irritam menos.
Para nos adultos, e muitas vezes pais, o que faz a nossa felicidade é saber que nossos filhos estão felizes. Ou se não os temos, as pessoas que nos cercam, sejam amigos, namoradas ou pais.
Assim, crianças brincando é sinal de crianças felizes. Crianças felizes é sinal de pais felizes. Pais felizes farão de tudo para que seus filhos fiquem felizes, criando assim um circulo do bem, que as férias ajudam, e muito, a ficar gravada em nossas memórias.
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Questão de Atitude
08/06/2018 | 12h51
Durante nossa vida passamos por diversas situações, que nem sempre são boas. Assim, o que nos faz olhar para traz e pensar que a vida valeu a pena, são nossas atitudes durante estas adversidades.
Claro que, dependendo da situação, perdemos completamente o rumo, ficamos sem ação e demoramos um pouco a erguer a cabeça e tocar em frente novamente. Como por exemplo, casos envolvendo a saúde.
Lembro-me de quando criança, vivenciando um problema que minha tia passava, escutei uma história que me recordo até hoje, contada por minha avó, no intuito de dar animo a sua filha, que por fim, perdeu a luta para a doença.
A história dizia que uma mulher acordou uma manhã após a quimioterapia, olhou no espelho e percebeu que tinha somente três fios de cabelo na cabeça.
- Bom (ela disse), acho que vou trançar meus cabelos hoje.
Assim ela fez e teve um dia maravilhoso.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e viu que tinha somente dois fios de cabelo na cabeça.
- Hummm (ela disse), acho que vou repartir meu cabelo no meio hoje.
Assim ela fez e teve um dia magnífico.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que tinha apenas um fio de cabelo na cabeça.
- Bem (ela disse), hoje vou amarrar meu cabelo como um rabo de cavalo.
Assim ela fez e teve um dia divertido.
No dia seguinte ela acordou, olhou no espelho e percebeu que não havia um único fio de cabelo na cabeça.
- Yeeesss... (ela exclamou), hoje não tenho que pentear meu cabelo.
Recordo que minha tia dava risada, e ao menos por poucos segundos, esquecia a difícil luta que travava.
Claro que pimenta nos olhos dos outros é refresco, já diria o poeta, mas existem modos de se levar a vida, que podem amenizar, ou ao menos nos confortar em momentos de desespero e desânimo.
Atitude positiva, se não melhora a vida, ao menos não atrapalha. Citei um exemplo extremo relacionado a saúde, mas vivemos isso no dia a dia, no transito, com nossos filhos, amigos e em nossa vida amorosa.
Pensando e agindo assim, acredito que algo bom acontecerá, tudo em seu determinado tempo.
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Copa do Mundo
18/05/2018 | 15h12
É ano de Copa do Mundo e faltam menos de 30 dias para seu início. Conheço gente que está em concentração há mais de 1 ano, afinal o Brasil é o país do futebol. Poderia ser o país da saúde por exemplo, mas optamos por ser do futebol mesmo.
Fato é que a Copa do Mundo, organizada pela FIFA, é uma mina de ouro para se consumir e vender produtos, não só ligado diretamente ao futebol.
Todos os ramos de comércio, do pequeno ao grande, podem e devem lucrar com estratégias de venda relacionadas ao evento que, no ano de 2018, acontece na Rússia.
Mas o que poucos sabem, ou nem querem saber, é que a Copa do mundo é uma marca registrada. Sendo assim, deve-se tomar alguns cuidados, pois existem regras do que se pode fazer, inclusive na propaganda em redes sociais.
Ou seja, você que tem um comércio e faz propaganda em redes sociais, cuidado, pode ser processado. O que não é difícil, sendo que existem empresas terceirizadas que são contratadas exclusivamente para fazer estas buscas em redes, e assim ganhar dinheiro dos desavisados.
Uma boa dica é seguir o que é informado no Programa de Proteção as Marcas (PPM) da FIFA, evitando sanções e problemas com a justiça. Claro que para empresas maiores. Para os pequenos comércios, cuidado com as fotos publicadas. Já ajuda.
O programa serve para proteger empresas que são patrocinadoras oficiais do evento, evitando que empresas oportunistas se beneficiem do evento que só é possível devido a esses patrocínios.
Um exemplo do que podemos fazer, sem riscos, é usar estratégias de venda relacionadas ao esporte futebol, no modo geral, e não especificamente a Copa do Mundo. Ou seja, usar imagens do futebol por exemplo, e não da logomarca ou imagens da copa. No mais, é aproveitar a época e lucrar.
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O Brasil de antigamente
04/04/2018 | 09h23
Recentemente, em um destes encontros familiares, surgiu uma conversa sobre o quanto nosso comportamento de um modo geral, mudou em poucas décadas.
Era um domingo, e ao redor de uma mesa de jantar fartamente regada a vinhos e massas, estavam representantes de três gerações distintas.
A que nasceu nos anos 40, sendo reforçada graciosamente pela matriarca da família, forte e lúcida no auge de seus 92 anos, seguido da geração dos anos 70/80, estes pais dos mais novos, nascidos depois dos anos 2.000.
Ou seja, tínhamos pessoas de 70, 40 e 15 anos.
Os mais velhos, hoje mais avós do que pais, diferentemente do que muitos ali pensavam, lembram com saudade e respeito da época deles. E não é aquele saudosismo vil, simplesmente por se tratar do passado. É uma saudade de quem não via tantas mortes barbaras, sem motivo, simplesmente pelo fato de matar, como vemos hoje.
Digo isto, pois é comum pensarmos que naquela época tudo era chato, demorado, que a modernidade de hoje trouxe muito mais vantagens.
Mas o que ficou visível para todos nos, e principalmente para os mais novos, é que o importante para eles, sempre vinha relacionado ao emotivo, e não ao material.
Desde as brincadeiras, simples mas sadias, até as refeições, tudo era feito com respeito, que não parece se tratar do pais que moramos, apesar de passado pouco tempo.
Crianças brincavam na rua, sempre correndo e em bando, com a liberdade de quem podia andar na cidade inteira. Brincadeiras como cabra sega, corre corre, pique esconde, pula cordas, pião, bolinha de gude.....apesar de simples, sempre contavam com a participação de outras crianças, estas de famílias conhecidas.
Pelo que percebi, brincadeiras onde uma criança ficava sozinha, comum nos dias atuais, com seus smartfones e videogames, não existiam.
Se queriam brincar com algo, geralmente construíam, como o pião, o estilingue, a pipa e as bonecas de pano. Se eles próprios não construíam, pode ter certeza que o avô o fazia. Ou seja, nada era descartável.
Custavam suor para construir.
Hoje, o pai dá um presente de manhã (de plástico), a mãe da outro a tarde (de plástico), e não sabemos por que as crianças não dão valor.
Refeições eram na mesa, juntos. Sem pressa. Fast Food era palavrão, se existisse. O respeito dos mais novos perante os mais velhos, era inegavelmente maior. Arrisco a dizer, que existia respeito.
Televisão era uma, na sala. Todos assistiam juntos, e não cada um em seu quarto, com sua própria TV.
Um professor aposentado, presente na conversa, lembrou que sua profissão era respeitada, digna, motivo de orgulho. Se ele chamasse a atenção de um aluno, o mesmo tomava duas broncas, dele e do pai. Hoje, quem apanha é o professor. Perceba que o salário não foi o assunto. O importante era o respeito.
Falando em apanhar, naquela época os pais batiam nos filhos. Simples assim. O leitor mais velho deve-se lembrar das palmadas do pai, isso sem contar as cintadas e borrachadas. E com certeza não deixou de amá-lo por isso. Pelo contrario, acredito que seja grato por ensiná-lo a ser, o homem que se tornou.
Na mesa, nós da geração do meio escutávamos atentos, com lampejos de lembranças, afinal convivemos um pouco com esta geração.
Lembro-me de poder andar na rua sem medo de assaltos, mas sabia da ocorrência de alguns. Jogava bola e empinava pipa, ao mesmo tempo que tínhamos videogame em casa.
Pegamos a febre da novidade dos fast foods, mas também comia na mesa com a família. Não na sala, em frente a TV. Ainda existiam os almoços de domingo, pessoas que faziam questão de reunir a família inteira, sem pensar no trabalho do dia seguinte, ou se terá algum tipo de compensação.
Escola era lugar de respeito, mas já tínhamos certa liberdade a mais do que nossos pais. Devíamos estudar, pois tínhamos que passar de ano, e se não estudássemos era reprovação na certa.
Respeitávamos nossos professores, que por sua vez, conheciam e eram conhecidos de nossa família.
Pegamos a transição de uma época que se brigássemos na escola, as nossas mães conversavam e os dois apanhavam ou ficavam de castigo, para uma época que ninguém conhece mais ninguém.
O papo progredia, até que um da geração mais nova, no auge de seus 15 anos, mostrando toda a sua preocupação com o assunto, perguntou onde tinha tomada para carregar o celular, para ver o novo clipe do MC sei lá o que com a Anitta, que por sinal, esta em todas.
Existia só coisas boas? Claro que não. Somos inteligentes para saber que progredimos na medicina, saneamento básico, rapidez na informação, opções de entretenimentos, enfim.
Mas o que mais assusta, é que quando conversamos o quanto nosso país mudou, os defensores dos dias atuais citam somente coisas materiais para defender suas teses, mesmo sem perceber.
O grande problema é que naquela época, até os bandidos eram românticos, chamados de batedores de carteira, gatunos. Não matavam para roubar, eram ladrões de oportunidades. Lembro que quando viajávamos, meu pai deixava a luz da sala acessa, para enganar o gatuno de que tinha alguém na casa.
Hoje, o meliante entra até com holofote, guarda, cachorro e tudo mais. E o pior, é que mata pelo simples fato de matar.
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Marketing político
22/02/2018 | 15h20
Estamos em ano de eleição para presidente. Nesta, mas do que nunca, como diria um famoso personagem da politica, é de fundamental importância para definirmos se continuamos nadando, ou afundamos de vez.
Partindo do princípio que o candidato não é um ator e uma campanha política não é um teatro, ou pelo menos não deveriam ser, as propagandas eleitorais que daqui para frente começarão a nos bombardear, deveriam destacar as qualidades reais dos candidatos.
Se, obviamente não mostrarem seus defeitos e fraquezas, que pelos menos não enganem, ou não os mostrem como deuses.
Claro que, infelizmente, o marketing político não tem como principal objetivo a verdade, mas sim alcançar o maior número do eleitorado que se identifique com a história que está sendo contata, mostrando as qualidades do candidato ao mesmo tempo que diminui suas deficiências.
O Marketing de um modo geral e simples, permite-se criar estratégias para posicionar uma marca, ou um produto, através do feedback, ou seja, das orientações que o próprio mercado lhe dá.
Assim, torna-se uma ferramenta indispensável nas mãos de quem sabe trabalhar, pois entregará ao mercado (clientes), neste caso leia-se eleitores, o candidato que eles querem.
Não que isso seja necessariamente bom....
Vale explicar a diferença entre o marketing político e o marketing eleitoral. O primeiro, podemos dizer que seria um serviço de pós venda, e o segundo de venda.
O marketing político é capaz de persuadir de maneira positiva (ou muitas vezes negativa) os eleitores numa campanha eleitoral, sendo um marketing mais amplo, não sendo voltado a uma única pessoa, mas a uma instituição, partido ou governo.
Como exemplo, ele busca entender todos os desejos, necessidades e preocupações da sociedade de um modo geral, e adequar um candidato que não fuja muito disso em seu discurso.
Aí que entra o Marketing eleitoral, que é feito praticamente para a eleição específica deste candidato. Assim, direcionam seu discurso e ações, tornando-se suas qualidades pessoais um chamariz para um determinado grupo, ganhando simpatia e com isso, votos.
Ambos são ferramentas poderosas que deveriam ser vendidas com receitas, e não livremente.
O povo inculto como infelizmente a maioria dos brasileiros, devido as dificuldades de acesso a educação e a informação, talvez propositalmente (mas este é um outro assunto), aceitam lobo como carne de cordeiro, como infelizmente, muitos que estão atualmente no poder.
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Fábio Pexe

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