Morre Bida Leão, diretor e um dos realizadores do Samba na Praça
25/07/2023 | 01h24
Bida com a camisa do Samba na Praça
Bida com a camisa do Samba na Praça / Foto: Reprodução
Morreu na manhã desta terça-feira (25), aos 69 anos, um dos diretores do Samba na Praça, Alcebíades (Bida) Leão. Entusiasta do ritmo, ele era presença constante em shows e rodas de samba. Na última quinta-feira (20), por exemplo, prestigiou o show do compositor e cantor Moacyr Luz no Teatro Sesc Campos. Seu corpo está sendo velado na quadra de Os Psicodélicos, bloco do qual era integrante e torcedor. No futebol, era apaixonado pelo Botafogo. O sepultamento está marcado para as 9h desta quarta-feira (26), no cemitério Campo da Paz.
A morte de Bida foi confirmada por pessoas próximas nas redes sociais, ainda sem divulgação da causa. Em postagem no Instagram, o grupo Palma Contra Palma, de Campos, emitiu uma nota de pesar: “Lamentamos profundamente a partida do nosso amigo Bida Leão. Sempre tratou o samba e a todos com muito respeito. Fará uma falta enorme. Um abraço afetuoso nos familiares e nos nossos irmãos do Samba na Praça, diz a nota.
Também foi emitida uma nota pelo bloco Os Psicodélicos. “Grande amigo, que certamente marcou as vidas daqueles que pderam convider com ele. É uma notícia inesperada, que surge a qualquer momento e, por vezes, leva as pessoas que nos são especiais. Neste momento de dor e consternação, só nos cabe pedir a Deus que lhe ilumine e lhe dê paz, e que dÊ conforto à sua família, para que possa enfrentar essa imensurável for com serenidade. Agradecemos imensamente o tempo que pudemos conviver com você, Tio Bida, que sempre será lembrado pelo profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência, competência e sensibilidade", diz um trecho da nota.
Há duas semanas, por ocasião da interdição do coreto do Jardim do Liceu devido a problemas estruturais, Bida Leão falou ao blog sobre o protagonismo do Samba na Praça naquela praça. "Eu coloco fita isolando o coreto, peço que o pessoal mantenha a limpeza, peço que não pise na grama. E nós revitalizamos aquilo lá, porque há oito anos a praça do Liceu era subutilizada. Hoje, tem rock, tem um monte de evento, por ser o melhor local de Campos", comentou.
Comentar
Compartilhe
Dono do Boteco do Cabeça compra direitos do tradicional Ao Gato Preto
27/06/2023 | 03h33
Bar fechou as portas no ano passado
Bar fechou as portas no ano passado / Foto: Wellington Cordeiro
Fechado há quase um ano, o tradicional bar Ao Gato Preto pode reabrir as portas. O nome e a placa do centenário empreendimento foram comprados por Edu Cabeça, dono do Boteco do Cabeça, que tem se destacado no cenário dos bares campistas. O objetivo do empresário é promover a reativação, mas na praça do Santíssimo Salvador ou em endereço próximo, em ponto ainda indefinido.
— Temos essa esperança de voltar com o Gato. Na verdade, a gente não o quer longe do Centro. Então, a gente está buscando um ponto, fazendo uma pesquisa para reabrir esse bar centenário — afirmou Edu ao blog.
A aquisição da marca de Ao Gato Preto por Edu Cabeça pode representar novos ares ao bar, que fez história por seus peculiares aperitivos e por ser um ambiente ambiente de convivência democrática. Edu vem obtendo sucesso com seu Boteco do Cabeça, atualmente um ponto de encontro da boemia, especialmente em momentos pós-expediente, na praça do Canhão. Seu principal petisco, o torresmo de rolo, foi o campeão do 1º Festival de Comida de Boteco de Campos, promovido em abril pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade.
Histórico — Com cerca de 100 anos de funcionamento até 2022, Ao Gato Preto foi tombado como patrimônio imaterial histórico e cultural de Campos em 2014. Por conta do alto valor de aluguel em seu endereço histórico, à rua 21 de Abril, no Centro, o bar fechou as portas em março de 2019. Esse fechamento ocorreu apenas dois meses após a morte de José Carlos Barbosa, o Zé Psiu, proprietário desde a década de 1980. Visando manter o legado, Paulo César Barbosa, filho de Zé Psiu, chegou a reabrir o bar na rua Barão de Amazonas, quase na avenida XV de Novembro, poucos dias depois do adeus à rua 21 de Abril. Porém, um novo fechamento aconteceu em agosto do ano passado.
Leia também:
Ao Gato Preto marcou época na rua 21 de Abril
Ao Gato Preto marcou época na rua 21 de Abril / Foto: Folha da Manhã
Comentar
Compartilhe
Livraria mais antiga do Brasil, Ao Livro Verde já pediu autofalência
26/06/2023 | 06h37
Ao Livro Verde foi fundada em 1844
Ao Livro Verde foi fundada em 1844 / Foto: Rodrigo Silveira
Desde que a Folha da Manhã noticiou o risco de fechamento de Ao Livro Verde, no último dia 14, foi fortalecido um movimento com intuito de evitar tamanha perda histórico-cultural. Afinal, a livraria não apenas é a mais antiga de Campos, como também a mais antiga do Brasil, fundada em 1844. O que a população campista ainda desconhecia é que, desde 31 de maio, já tramita na 5ª Vara Cível da Comarca de Campos um pedido de autofalência do empreendimento. A informação foi divulgada nas redes sociais pelo jornalista Vitor Menezes e confirmada pelo blog na tarde desta segunda-feira (26).
De acordo com a petição inicial, Ao Livro Verde possui R$ 1.886.264,91 em dívidas, enquanto seu ativo total é de R$ 735,808,55, entre estoque de mercadorias, saldo em caixa, saldo em conta bancária e recebíveis de cartão de crédito. Inclusive, foi solicitada gratuidade de Justiça, provisoriamente deferida após embargos de declaração.
Em entrevista à Folha no último dia 13, quando a livraria completou 179 anos, seu atual proprietário, Ronaldo Sobral, demonstrou preocupação com o futuro da mesma. "Meu interesse é vender a livraria para um grupo forte. Com o crescimento das vendas pela internet, imagina o valor que pode ter o site da Ao Livro Verde, pelo nome e pela tradição que esta livraria possui", disse na ocasião.
O comentário de Ronaldo Sobral foi feito durante um café da manhã organizado pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, Edvar Júnior, como forma de buscar alternativas para que o fechamento seja evitado. Além de Ronaldo e Edvar, também participaram do encontro o responsável técnico pelo escritório regional do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) no Norte Fluminense, Geovani Laurindo Filho; o presidente do grupo de Comerciantes e Amigos da Rua João Pessoa e Adjacências (Carjopa), Expedito Filho; o presidente do Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejo) de Campos, Maurício Cabral; o superintendente da CDL Campos, Nilton Miranda; a subsecretária municipal de Turismo, Patrícia Cordeiro; o arquiteto Renato Siqueira; o guia turístico Everaldo Reis; o jornalista e poeta Aluysio Abreu Barbosa, diretor de Redação da Folha; e o também jornalista Aloysio Balbi.
No último dia 21, vários membros da Academia Campista de Letras (ACL) celebraram o 84º aniversário da entidade com um café da manhã em Ao Livro Verde, reforçando o movimento de apoio. Estiveram presentes acadêmicos como o advogado, professor e escritor Christiano Fagundes, presidente da ACL; o jornalista e professor Fernando da Silveira, frequentador assíduo da livraria; o advogado Levy Quaresma; o poeta e escritor Adriano Moura; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Campos, Genilson Paes Soares; a historiadora Sylvia Paes, atual gerente de Artes e Culturas da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima; a médica e escritora Vanda Terezinha Vasconcellos, ex-presidente da ACL; o professor Hélio de Freitas Coelho, ex-presidente da Câmara Municipal, entre outros. Nas redes sociais, um abraço em Ao Livro Verde é convocado pela professora, escritora e poeta Sol Figueiredo, presidente da seccional campista da Academia de Letras do Brasil (ALB). A iniciativa está prevista para sexta-feira (30), às 15h, com os participantes vestindo roupas verdes.
Leia também:
 
Comentar
Compartilhe
Academia Campista de Letras celebra 84 anos com café da manhã na Ao Livro Verde
21/06/2023 | 11h45
Evento reuniu vários membros da ACL
Evento reuniu vários membros da ACL / Foto: Divulgação
A tradicionalíssima Ao Livro Verde foi o local escolhido para a celebração do 84º aniversário da Academia Campista de Letras, nessa quarta-feira (21). Um café da manhã foi realizado por lá em demonstração de apoio à livraria, que é a mais antiga do Brasil, com 179 anos de existência, mas corre risco de fechar as portas devido ao esvaziamento do Centro de Campos e a consequente queda nas vendas.
— A ACL e a Ao Livro Verde são duas instituições de muita importância para a cultura, mormente para a literatura na região — destaca o presidente da Academia Campista de Letras (ACL), o advogado, professor e escritor Christiano Fagundes. — São instituições que têm a resistência como marca e que sempre caminharam de mãos dadas, parafraseando o poeta de Itabira, Carlos Drummond de Andrade. Nessa toada poética, festejamos os 84 anos da ACL na livraria mais antiga do país — complementa.
Participaram do café da manhã acadêmicos como o jornalista e professor Fernando da Silveira, frequentador assíduo de Ao Livro Verde; o advogado Levy Quaresma; o poeta e escritor Adriano Moura; o presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Campos, Genilson Paes Soares; a historiadora Sylvia Paes, atual gerente de Artes e Culturas da Fundação Oswaldo Lima; a médica e escritora Vanda Terezinha Vasconcellos, ex-presidente da ACL; o professor Hélio de Freitas Coelho, ex-presidente da Câmara Municipal, entre outros. Eles foram recepcionados pelo dono da livraria, Ronaldo Sobral.
Desde que a Folha da Manhã noticiou o risco de fechamento de Ao Livro Verde, no último dia 14, foi fortalecido um movimento com intuito de evitar tamanha perda histórico-cultural. Na véspera (13), a própria Folha esteve representada em um café da manhá entre lideranças empresariais, da imprensa, da cultura e do turismo, realizado em Ao Livro Verde pelo presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Campos, Edvar Júnior. Nas redes sociais, um abraço na livraria é convocado pela professora, escritora e poeta Sol Figueiredo, presidente da seccional campista da Academia de Letras do Brasil (ALB). A iniciativa está prevista para o próximo dia 30, às 15h, com os participantes vestindo roupas verdes.
Leia também:
Comentar
Compartilhe
Letreiro da antiga Estação Leopoldina é transferido para o Museu Histórico de Campos
10/03/2023 | 02h31
Letreiro foi entregue à equipe do Museu Histórico nesta sexta
Letreiro foi entregue à equipe do Museu Histórico nesta sexta
Antes esquecido numa garagem no Museu Olavo Cardoso, como noticiado pelo blog na última segunda-feira (6), o letreiro da antiga Estação Leopoldina enfim foi transferido para o Museu Histórico de Campos. Lá, a peça já foi colocada numa sala junto ao restante do acervo ferroviário, e na próxima semana ganhará destaque em uma parede, dada a sua importância histórico-cultural.
Na quinta-feira (9), a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima (FCJOL), Auxiliadora Freitas, informou que já havia sido feito um agendamento para a secretaria municipal de Obras retirar o letreiro, além de fazer a contenção da parte do Museu Olavo Cardoso que desabou. No mesmo dia, porém, a secretaria de Obras e Infraestrutura informou que "colocou novas estacas para manter o museu" (há anos em situação de abandono) e que "estuda a contratação de uma empresa para recuperar o espaço". A pasta justificou que o letreiro ainda não havia sido removido, pois demandava "mão de obra especializada, para evitar danos".
Agora removido, o letreiro foi entregue no Museu Histórico nesta sexta-feira (10). Ele se junta não somente ao acervo da estação ferroviária, como também ao que restou de um furto no Museu Olavo Cardoso em dezembro de 2020. O local foi alvo de nova tentativa de furto no último sábado (4), esta frustrada por policiais do programa Segurança Presente.
Estima-se que o letreiro da Estação Leopoldina estivesse no Museu Olavo Cardoso desde 2006, quando o casarão, situado à avenida Sete de Setembro, foi transformado pela Prefeitura num museu-casa. Atualmente, a antiga casa do usineiro Olavo Cardoso encontra-se fechada desde 2012, carecendo de reforma. Segundo Auxiliadora Freitas, após a definição da empresa que fará o projeto da obra, esta será licitada.
Comentar
Compartilhe
Letreiro da histórica Estação Leopoldina está esquecido em garagem do Museu Olavo Cardoso
06/03/2023 | 04h49
Letreiro da Estação Leopoldina em garagem do Museu Olavo Cardoso
Letreiro da Estação Leopoldina em garagem do Museu Olavo Cardoso / Foto: Genilson Soares
Alvo de furto em dezembro de 2020 e de nova tentativa no último sábado (4), esta frustrada por policiais, o Museu Olavo Cardoso ainda guarda itens de importante valor histórico-cultural. Um deles é o letreiro da antiga Estação Leopoldina, que encontra-se numa garagem do prédio sem os devidos cuidados.
Originalmente do usineiro Olavo Cardoso, o prédio do museu que leva o seu nome data do fim do século XIX e foi doado à Prefeitura de Campos em 2006. Situado à avenida Sete de Setembro, no Centro, o museu-casa encontra-se fechado desde 2012, estando atualmente em situação de abandono e com uma parte da estrutura interditada. No final de 2020, criminosos furtaram do imóvel materiais de uso administrativo, mobiliário, ventiladores, computadores, bebedouros, condicionadores de ar e parte do acervo histórico-cultural. O que restou deste acervo foi restaurado e, em junho de 2021, transferido para o Museu Histórico de Campos, à praça do Santíssimo Salvador.
A transferência ao Museu Histórico incluiu peças como duas cristaleiras, duas mesas de jantar, 15 cadeiras, mesa de cozinha com outras três cadeiras de conjunto, um aparelho de bufê, guarda-roupas, cômoda, mesa de canto, penteadeira, três floreiras, três tapetes originais, duas colunas, relógio de parede de madeira, armário de louças, filtro com pedra vulcânica, documentos e fotos do casal Olavo Cardoso e Isabel Cardoso, frascos de perfumes usados por Isabel, além de fotos da primeira esposa de Olavo, Ambrosina, conhecida pianista de Campos no passado. Vários itens do mobiliário foram recebidos em estado degradável, desmontados, com vidros quebrados e algumas partes danificadas.
No último sábado, policiais do programa Segurança Presente prenderam dois homens tentando tirar parte da estrutura de ferro que compõe o muro do Museu Olavo Cardoso. Após a repercussão do caso, o blog tomou conhecimento de que continua no interior do terreno o letreiro da Estação Leopoldina, embora o restante do acervo referente à memória ferroviária de Campos também já tenha sido levado para o Museu Histórico, antes mesmo do furto de 2020 no Olavo Cardoso.
O blog apurou que, há anos, a Prefeitura tem recebido solicitações para que o letreiro da Leopoldina também vá para o Museu Histórico, onde teria mais segurança e ficaria junto a outras peças referentes à estação. Porém, esta transferência não aconteceu durante a última gestão municipal, como, até o momento, também ainda não foi realizada pela gestão atual. O letreiro estaria no Museu Olavo Cardoso desde que o casarão virou um espaço de memória, em 2006. Procurada, a Prefeitura não emitiu posicionamento até a publicação desta matéria.
Leia também:
Letreiro da Estação Leopoldina em garagem do Museu Olavo Cardoso
Letreiro da Estação Leopoldina em garagem do Museu Olavo Cardoso / Foto: Genilson Soares
Comentar
Compartilhe
Restauração do Museu Olavo Cardoso é debatida, mas segue sem definições
24/02/2023 | 05h33
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono / Foto: Rodrigo Silveira
Com marquise desabando, árvore crescendo no telhado, pichações na fachada, acúmulo de mato no quintal e já tendo sido alvo de furto no final de 2020, o Museu Olavo Cardoso tornou-se um “cartão postal de Campos às avessas”, como definiu o jornalista Saulo Pessanha em seu blog no portal Folha1. As constantes cobranças de pessoas ligadas à preservação patrimonial no município levaram a Prefeitura a procurar o Instituto Federal Fluminense (IFF), com objetivo de firmar uma parceria que viabilizasse a criação de um projeto para a obra. O IFF acenou positivamente, mas em relação a projetos para restauração de outros prédios históricos. Dada a urgência na situação do Olavo Cardoso, este ficaria de fora do acordo.
A possibilidade de parceria entre Prefeitura e IFF foi pensada pelo jornalista Edmundo Siqueira, outro titular de blog no Folha1. “Indaguei pessoalmente o prefeito Wladimir Garotinho sobre o que precisaria para salvarmos o Olavo Cardoso. Ele me disse que faltaria o projeto. Procurei o IFF, por ser uma instituição de ensino pública de alta qualidade e por ter o curso de arquitetura, através da professora Maria Catharina Queiroz Prata, que prontamente se propôs a ajudar”, recorda Edmundo.
O contato com Maria Catharina foi feito em janeiro. Desde então, há tratativas para que a parceria seja viabilizada. No início deste mês, a Prefeitura chegou a divulgar que a elaboração de um termo de cooperação técnica foi debatida com o IFF. Por meio dele, alunos do curso de bacharelado em arquitetura e urbanismo fariam projetos, destacando-se o de restauração do Museu Olavo Cardoso, para futuros estudos a respeito da obra. Na prática, porém, não é tão simples assim.
— Quando ocorreu a segunda reunião, no IFF, junto com a coordenação de arquitetura, nós colocamos alguns problemas de ordem prática, como por exemplo a urgência para ser feito o projeto do Olavo Cardoso, para ser feita uma licitação. Não tem como fazer isso de um dia para o outro. O projeto a ser licitado é um projeto grande — explica a professora Maria Catharina Queiroz Prata.
A própria Maria Catharina, então, sugeriu que a Prefeitura tentasse um contato à parte com a universitária Estéfani Carneiro. Atualmente cursando o último período da faculdade, Estéfani tem o Museu Olavo Cardoso como tema de estudo em seu Trabalho de Final de Graduação (TFG). À Folha, ela confirmou ter interesse em participar do processo para a restauração.
— Parece que a iniciativa do Edmundo deu uma ideia à Prefeitura para fazer uma parceria com o IFF, visando a reformar os patrimônios que tenham essa necessidade. Isso vai ser feito em forma de projeto de extensão, que geralmente dura mais de um ano e, por isso, envolve alunos que estão fazendo o curso. Como já estou me formando, eu não poderia participar. Mas, o caso do Museu Olavo Cardoso não vai se encaixar nessa parceria, devido à urgência da restauração — lamenta Estéfani. — Cheguei a fazer uma visita ao museu, e a situação está muito ruim. Me sensibilizei muito e queria muito fazer parte disso — acrescenta.
Em nota, a presidente da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, Auxiliadora Freitas, informou que a entidade segue em tratativas com o IFF para que seja elaborado um termo de cooperação técnica. “Assim que o projeto avançar e se concretizar, serão divulgados prédios e projetos envolvidos no mesmo”, destacou.
Sobre o Museu Olavo Cardoso, Auxiliadora disse que a demanda de urgência está com a secretaria municipal de Obras e Infraestrutura, já tendo acontecido reunião desta com a Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima, na presença de membros do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam).
— Estão sendo tomadas as providências para que o projeto de restauração do referido imóvel avance. Estamos na expectativa de que esta demanda, em função da sua urgência, avance nas tratativas processuais, burocráticas e financeiras, para que a tão sonhada restauração deste equipamento aconteça — destaca Auxiliadora Freitas. — Quem sabe, também, juntos, possamos encontrar uma empresa local, inscrita na lei de incentivo estadual para bens culturais, que possa se interessar em colocar o imposto que pagaria ao estado na recuperação do nosso patrimônio cultural, tão significativo na nossa cidade — finaliza.
Por parte do IFF, o interesse em fazer parte de parcerias está mantido para outros projetos. Na visão da professora Maria Catharina, é importante que iniciativas deste tipo sejam buscadas, tanto com o IFF quanto com outras instituições, como o Centro Universitário Fluminense (Uniflu) e os Institutos Superiores de Ensino do Centro Educacional Nossa Senhora Auxiliadora (IseCensa).
— Acho que é extremamente viável, se não existe um corpo técnico, que o IFF e até mesmo outras instituições de ensino que tenham a arquitetura façam esses acordos com a Prefeitura. É importante viabilizar acordos, porque o patrimônio de Campos está se perdendo. Como professora de arquitetura e arquiteta, como uma pessoa que tem projetos referentes à preservação do patrimônio, vejo que é salutar ocorrer este termo — destaca.
A torcida é a mesma de Edmundo Siqueira, embora ressaltando que o poder público precisa buscar alternativas para restaurar o Olavo Cardoso.
— Minha ideia inicial era fazer do restauro do Museu-Casa Olavo Cardoso um exemplo prático de como pode existir uma parceria entre universidade e o poder público para restaurar um equipamento cultural. Espero que tenha bons frutos e que o Olavo Cardoso seja enfim restaurado. Mas, ressalvo que precisamos discutir, enquanto sociedade, sobre o uso que será dado — enfatiza.
Representantes da Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima já estudam formas de uso para o prédio. Entretanto, ainda não há definições.
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono / Foto: Rodrigo Silveira
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono / Foto: Rodrigo Silveira
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono
Museu Olavo Cardoso segue em estado de abandono / Foto: Rodrigo Silveira
Comentar
Compartilhe
Presidente da ALB em Campos recebe Prêmio Literatura Clarice Lispector
12/02/2023 | 03h07
Sol recebeu o prêmio das mãos da realizadora Jô Ramos
Sol recebeu o prêmio das mãos da realizadora Jô Ramos / Foto: Divulgação
Presidente-fundadora da seccional de Campos da Academia de Letras do Brasil (ALB), a escritora Sol Figueiredo recebeu há uma semana o Prêmio Literatura Clarice Lispector, realizado pela Editora ZL Books. A cerimônia aconteceu no último dia 4, no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e teve Sol como premiada na categoria melhor editora de 2022. Entre os vencedores, também estava o desembargador Siro Darlan.
Criado em 2016, o Prêmio Literatura Clarice Lispector é aberto a inscrições e contempla diversas categorias, premiando autores e editores de livros com língua portuguesa. O objetivo é divulgar novos escritores e/ou os que estejam fora das grandes editoras. Carioca radicada em Campos, a premiada Solange da Silva Figueiredo (Sol) é professora, escritora, poeta e integrante de entidades como ALB Brasil Campos, ALB Suíça e Federação Brasileira dos Acadêmicos das Ciências, Letras e Artes, entre outras.
 
Comentar
Compartilhe
Turnê Sorriso Maroto As Antigas terá show em Campos em dezembro
28/01/2023 | 02h43

Um dos shows mais concorridos do Brasil na atualidade, o “Sorriso Maroto As Antigas” terá uma edição em Campos no dia 2 de dezembro. Inclusive, Campos e Niterói são as únicas cidades não capitais confirmadas na turnê, que também inclui shows este ano em São Paulo, Fortaleza, Manaus, Belém, Salvador, Belo Horizonte, Florianópolis, Porto Alegre, Curitiba e Recife. Ainda não foi divulgado o local que receberá o evento na planície goitacá.
Reunindo os maiores sucessos dos 26 anos do Sorriso Maroto, o projeto “As Antigas” estreou em 15 de novembro, no Rio de Janeiro. Os ingressos para o show inaugural, realizado no Maracanã, fesgotaram em apenas 27 minutos, e o público foi contemplado com mais de quatro horas curtindo clássicos do pagode. Uma segunda edição aconteceu no último dia 15, levando mais de 16 mil pessoas ao RioCentro. O show de São Paulo, anunciado para 4 de fevereiro, teve as entradas esgotadas em menos de seis horas.
Datas dos shows anunciados
Datas dos shows anunciados / Foto: Divulgação
Comentar
Compartilhe
Mosteiro de São Bento de Mussurepe é reaberto ao público
20/12/2022 | 05h57
Mosteiro de São Bento
Mosteiro de São Bento
Fundado no século XVII por Frei Bernardo de Montserrat e fechado para restauração em 2017, o Mosteiro de São Bento, em Mussurepe, reabriu as portas na semana passada. O anúncio foi feito na última sexta-feira (16) por Dom Bernardo Queiroz, administrador do prédio, que é tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam) há 10 anos e, desde 2021, também pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac).
— Uma nova comunidade beneditina se faz presente. Uma nova comunidade, com as bênçãos dos superiores da congregação beneditina do Brasil e de nosso bispo diocesano, Dom Roberto Francisco Ferrería Paz — publicou Dom Bernardo Queiroz nas redes sociais.
A nova comunidade monástica é oriunda do Mosteiro Nossa Senhora da Ternura, da cidade de Formosa, em Goiás, tendo entre os integrantes o novo prior, Dom Inácio Maria Veiga; além de Dom João Crisóstomo Maria, Dom Bernardo Maria, Dom Pio Maria e os monges Estevão Maria e Gabriel Maria. Estes aceitaram o desafio de dar continuidade à missão evangelizadora e catequética na Baixada Campista, iniciada em 1648, com a chegada à região do padre e fazendeiro Frei Fernando de São Bento.
Para o bispo Dom Roberto Francisco Ferrería Paz, a reabertura do mosteiro é um presente no centenário da Diocese de Campos, completado no último dia 4.
— Representa voltar às raízes da evangelização na Baixada Campista. É um patrimônio espiritual e religioso que permanece vivo na Caminhada de Santo Amaro. Mas, não apenas o caminho espiritual será revitalizado com o respirar da espiritualidade beneditina. A tradição orante e a cultura serão renovadas pela presença dessa ordem, que sempre levou muito a sério o diálogo da fé com a cultura. Em especial, a liturgia será beneficiada com os monges, os grandes precursores da Reforma do Concílio Vaticano II. São muitos os frutos com a reabertura do mosteiro em Mussurepe — destaca Dom Roberto Francisco.
Um dos incentivadores e entusiastas desta reabertura é o jornalista Orávio de Campos Soares, ex-presidente do Coppam. Durante a sua gestão, em 2015, o conselho municipal acionou o Ministério Público para denunciar o Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro, mantenedor do de Mussurepe, para denunciar a má conservação do prédio. À época, havia risco de desabamento do telhado.
— Sinto ter contribuído, com o apoio do senhor bispo Ferrería, para que tudo esteja acontecendo, enaltecendo a missão beneditina nas áreas de produção da Baixada Campista, tão plena de tradições culturais e religiosas — comenta Orávio.
Entre os monges beneditinos que passaram por Campos na história, tem destaque a figura de Dom Bonifácio Plum. Foi ele o grande responsável pelas construções da Igreja Nossa Senhora das Graças, em Baixa Grande, e do Colégio Santa Teresinha, em Mussurepe, onde Dom Bonifácio inclusive dá nome a uma rua. Também é muito lembrada nesta localidade a figura de Dom Beda Gonçalves de Andrada e Silva, ex-administrador do mosteiro, que morreu em 2017, tendo atuado na região por mais de duas décadas.
— Sempre fui muito apegado a Dom Beda, e, através dele, passei a amar a vida contemplativa monástica. Creio que, com certeza, ele está muito feliz com a chegada dos monges em nosso mosteiro. Nossa alegria é grande, já que o sonho dele era esse mosteiro restaurado e com uma comunidade — destaca o acólito e organista Carlos Henrique de Almeida Alvarenga, de 17 anos.
Durante o período em que o prédio ficou fechado para restauração, alguns fiéis católicos partiram sem conseguir vê-lo reaberto. Um deles foi o professor Alcy Gomes Barreto Viana, que atuou como coroinha, acólito e colaborador na parte musical de eventos no mosteiro. Vítima da Covid-19, ele trabalhava como professor e diretor da Escola Municipal Chrisanto Henrique de Souza, no Açu, em São João da Barra, cidade onde faleceu em 2021. “Não podemos esquecer do nosso querido e saudoso Alcy. Sempre dedicou a sua vida ao mosteiro e às coisas de Deus”, recorda Carlos Henrique.
Desde a reabertura do templo religioso, estão sendo realizadas missas de segunda-feira a sábado, às 6h30, e aos domingos, às 11h e às 18h, celebradas por Dom Inácio Maria Veiga. As celebrações das 11h de domingo são conventuais, fazendo uso do Canto Gregoriano.
O Mosteiro de São Bento é um símbolo histórico da presença dos monges beneditinos em Campos, a partir de 1648, motivada inicialmente pelo recebimento de terras doadas à Ordem de São Bento, à época já presente na cidade do Rio de Janeiro. Em 1965, o prédio foi atingido por um incêndio, que destruiu o altar e imagens de madeira como as de São Bento, Nossa Senhora do Rosário e Santa Escolástica. Em seu período como administrador do mosteiro, Dom Bernardo Queiroz liderou um trabalho de valorização e resgate do legado beneditino.
Foto: Interior do Mosteiro de São Bento
Foto: Interior do Mosteiro de São Bento / Foto: Reprodução/Facebook
Comentar
Compartilhe
Próximo >