Eike Batista negocia delação, diz jornal; advogado nega
31/03/2017 | 10h36
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Empresário foi preso em desdobramento da Lava Jato no Rio / Foto: Fernando FrazãoAgência Brasil
O empresário Eike Batista – preso desde 30 de janeiro no âmbito da Operação Lava Jato – já começou a negociar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, informou nesta sexta-feira (31) o Valor Econômico. O ex-diretor jurídico da EBX, Flávio Godinho, que era o braço direito de Eike, também iniciou tratativas para tentar uma colaboração, afirma o jornal.
O jornal informa que, afastados após os escândalos envolvendo a EBX, Eike e Godinho entraram nessa corrida e, a depender das conversas, pode ser que apenas uma das duas tentativas de delação chegue a vingar. No caso de Eike, o Valor apurou que as conversas já se iniciaram pelo menos com o MPF no Rio.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) também terá que ser envolvida, pois o ex-bilionário tem diversas pessoas com foro privilegiado para entregar. Procurado pelo Valor, o advogado de Eike, Fernando Teixeira Martins, negou que esteja negociando uma delação.
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Carla Machado: Não houve negociata com Eike Batista na minha gestão
13/02/2017 | 03h27
Reprodução
Carla foi entrevistada nesta segunda-feira na InterTv / Reprodução
A prefeita Carla Machado (PP), de São João da Barra, foi entrevistada na tarde desta segunda-feira (13) no RJ InterTV 1ª Edição, no quadro "E agora, prefeito?". Um telespectador questionou se ela se arrepende de ter participado da negociação do governo do Estado para instalação do Porto do Açu, do empresário Eike Batista, na cidade. Carla comentou o assunto, que tem movimentado discussões, pela primeira vez. A prefeita disse que não tem conhecimento sobre nenhum tipo de negociata com o Estado, mas assegura que na sua gestão, enquanto prefeita, não houve nenhuma negociata no campo municipal com Eike Batista. O empresário e o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) estão presos. Segundo denúncia, Eike pagou US$ 16,5 milhões de propina a Cabral em troca de facilidades no Estado. O pagamento ocorreu durante o período de instalação do Porto em SJB. Segundo a revista Veja, o Porto do Açu foi a contrapartida de Cabral a Eike. Confira a resposta de Carla ao questionamento:
“Boa pergunta. Inclusive, foi questionado a questão do título de Barão de Eike Batista. Estou na política há mais de 20 anos e desde 1996, quando eu estava na Câmara Municipal como vereadora, era um sonho do sanjoanense ter um porto aqui, até por conta do nosso calado. Passou-se gestões do Estado, foi oferecido a Petrobras, que não quis investir. E tem que dar a César o que é de César: a coragem, a ousadia, do empresário Eike Batista de ter feito dentro do Norte Fluminense um empreendimento privado do porte que é o complexo porto indústria do Açu. Na minha época enquanto prefeita eu tive mais de R$ 130 milhões em compensação ambiental e social, construção de estradas, rede de abastecimento de água, a Vila da Terra, terminal pesqueiro, ajuda para compra de equipamentos para agricultura, viaturas de polícia, doadas para a Polícia Militar e Polícia Civil, dentre muitas outras situações. Então, eu dei o título de Barão porque acho que foi merecido. Agora, se o empresário Eike Batista teve erros, teve alguma negociata com o governo do Estado, não é do meu conhecimento. Tenho certeza que negociata não houve no campo municipal, na minha gestão, onde o município alavancou e hoje é alternativa de desenvolvimento e crescimento não só de SJB, mas de toda região Norte e Noroeste Fluminense. O único envolvimento que eu tive, porque o município não dá licença ambiental, foi a transformação das terras que antes eram rurais em áreas industriais, o que agrega também valor a terra”.
A entrevista completa pode ser conferida aqui.
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Bruno Dauaire protocola CPI das desapropriações na Alerj
02/02/2017 | 04h31
Rodrigo Silveira
/ Rodrigo Silveira
O deputado estadual Bruno Dauaire (PR) protocolou nessa quarta-feira (1), na volta dos trabalhos legislativos da Alerj, um pedido para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com objetivo de investigar os processos de desapropriações para criação da área industrial do Porto do Açu, em São João da Barra. O empresário Eike Batista, idealizador do porto sanjoanense, foi preso nesta semana na operação Eficiência, desdobramento da Calicute, a Lava Jato no Rio. A investigação atinge também o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), preso desde novembro. Eike teria pago US$ 16,5 milhões em propina a Cabral no mesmo período no qual a área do distrito industrial foi desapropriada.
Segundo a revista Veja,o Porto do Açu, no qual atualmente o idealizador tem participação mínima, foi a contra partida de Cabral para Eike. Em seu perfil no Facebook, no dia que a prisão de Eike foi decretada, Bruno já havia comentado sobre a necessidade de investigações. Na Casa, o deputado é presidente de uma comissão para mediar os conflitos do Açu.
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Justiça nega pedido de liberdade de Eike Batista
01/02/2017 | 07h12
Reprodução de vídeo
Eike Batista foi preso pela PF / Reprodução de vídeo
O juiz Vigdor Teitel negou, na tarde desta quarta-feira (1), liminarmente o pedido de liberdade feito pela defesa do empresário Eike Batista. O magistrado substitui o desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, que está de férias e volta no dia 8 de fevereiro. É Abel quem relata os casos relativos à Lava Jato no Rio.
O habeas corpus foi apresentado pelo advogado de Eike, Fernando Martins. O empresário foi um dos alvos da Operação Eficiência, deflagrada na quinta-feira. Ele estava nos Estados Unidos e foi preso quando voltou ao Brasil, na última segunda-feira. Eike teve a cabeça raspada ao dar ingresso no sistema penitenciário.
Vigdor Teitel entendeu que a decisão do juiz da 7ª Vara Federal Criminal, Marcelo Bretas, está fundamentada e não contém qualquer ilegalidade ou abuso de poder.
Fonte: O Globo
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Fim do mês ainda com dúvidas em SJB
30/01/2017 | 01h56
Fim do mês, não das dúvidas
O primeiro mês do governo Carla Machado (PP) está perto do fim. Muita coisa mudou em comparação com o governo Neco (PMDB). Algumas mudanças surgiram já no começo, como a reabertura da maternidade da Santa Casa e negociações para manter o funcionamento do Centro de Emergência, entre outras medidas importantes. Outras coisas continuam na mesma. Uma delas é a dificuldade de conseguir respostas acerca de assuntos de interesses públicos, dos quais militantes da imprensa são muitas vezes cobrados. As nomeações para equipe administrativa também movimentaram os bastidores. Muita gente não gostou do cargo que recebeu e tem gente aflita porque ainda não conseguiu espaço. Por falar em publicações, no fim de semana não houve nenhuma no Diário Oficial.
Barão...
O ex-prefeito de SJB Betinho Dauaire usou seu perfil no Facebook para lembrar que o município tem um “Barão” foragido, na lista de procurados pela Interpol. A referência é ao empresário Eike Batista, que teve mandado de prisão expedido na operação Eficiência.
...Foragido
Eike recebeu em 2008, da prefeita Carla Machado (no seu primeiro mandato), o título honorífico de Barão de São João. É a maior comenda oferecida anualmente pelo Executivo municipal. O empresário foi o idealizador do Porto do Açu.
Alfinetada
Betinho não perdeu a oportunidade de alfinetar a atual prefeita, sua adversária política: “Francisco José Alves Rangel, primeiro Barão com grandeza de São João da Barra, deve estar muito ‘P’ com quem teve esta ideia da comenda”.
Processo
Todo turbulento processo de desapropriação no 5º distrito veio à tona com o mandado de prisão de Eike, que teria pago propina a Cabral no mesmo período do início de construção do mega empreendimento.
Por aqui
É cedo, porém, para discursos inflamados e tentar trazer a Lava Jato para a pequena cidade no Norte Fluminense, como alguns tentam fazer nas redes sociais, inclusive já com acusações e insinuações.
Eleição
A Irmandade de São Pedro, de SJB, convoca os irmãos para eleição da nova diretoria no dia 8 de fevereiro, às 19h, na igreja do santo. A convocação é emergencial. O presidente da instituição faleceu, não há secretário e o vice não está disposto a assumir.
*Publicado na edição deste sábado (28) da Folha da Manhã
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Veja: Porto do Açu era contrapartida de Cabral para Eike
26/01/2017 | 12h34
Após a deflagração da Operação Eficiência, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, na manhã desta quinta-feira (26), que teve entre os principais alvos com mandados de prisão expedidos está o empresário Eike Batista, dono do grupo EBX, a coluna Radar, da revista Veja, publicou que a contrapartida do ex-governador Sérgio Cabral para Eike foi o Porto do Açu, em São João da Barra.
Delatores informaram aos investigadores que o empresário, que já foi o oitavo homem mais rico do mundo, pagou US$ 16,5 milhões (cerca de R$ 52 milhões) de propina ao ex-governador, preso desde novembro do ano passado. A operação Eficiência é um desdobramento da Calicute, a que prendeu Cabral, uma espécie de Lava Jato no Rio de Janeiro.
Segundo a revista Veja, pelo terreno para o Porto do Açu, Eike “fez um cheque de 37,5 milhões de reais ao estado do Rio, governado pelo amigo Cabral. A área, de 75 mil metros quadrados, valia 1,2 bilhão. Além disso, todas as desapropriações eram feitas em tempo de recorde, em cerca de 3 e 4 dias”. 
Na lista da Interpol — Fora do país quando a operação foi deflagrada, Eike Batista foi incluído na lista de foragidos da Interpol.
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Sobre o autor

Arnaldo Neto

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