Gil Vianna e João Peixoto homenageados em cerimônia na nova sede da Alerj
03/08/2021 | 11h05
O novo plenário da Assembleia Legislativa (Alerj), que fica no Edifício Lúcio Costa, apelidado como Alerjão, foi inaugurado durante solenidade nesta terça-feira (03). A convite do presidente da Casa, André Ceciliano, o vereador Bruno Vianna, ao lado da mãe Andrea Vianna, participou da cerimônia, que homenageou os deputados campistas Gil Vianna e João Peixoto (in memorian), vítimas da Covid-19. Duas salas da sede do Legislativo Fluminense levam os nomes dos parlamentares.
– É uma grande honra ter recebido o convite de participar da inauguração da nova sede da Assembleia Legislativa. A Alerj foi o grande sonho que o meu pai realizou. Se ele estivesse aqui, estaria radiante com esse novo momento. Uma mistura de sentimentos foi vivenciada hoje. A saudade aumenta, mas a certeza que ele foi importante para a história do Parlamento Fluminense, nos enche de orgulho – disse o vereador Bruno Vianna.
Bruno destacou o carinho e amizade de todos os parlamentares e funcionários da Alerj, sobretudo do presidente André Ceciliano.
– Agradeço, de coração, por todas as palavras ouvidas, não só hoje, mas sempre que visito a Assembleia Legislativa. Meu pai me deixou sua história como exemplo, um legado que quero seguir. Mas, acima de tudo, me deixou grandes amigos e referências – contou.
Muito emocionada, a viúva do deputado Gil Vianna também agradeceu pela receptividade e pela homenagem à memória do deputado.
– Gil sempre estará em nossos corações e lembranças. Saber que ele estará eternizado em um lugar que foi tão importante na sua trajetória, é muito gratificante para a nossa família. O trabalho realizado por ele, principalmente em prol da pessoa com deficiência, sempre será nosso grande orgulho – enfatizou Andrea.
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Violência doméstica aumenta durante isolamento social
15/07/2020 | 05h38
A violência doméstica é uma triste realidade no Brasil e atinge uma em cada três mulheres. Com o isolamento social indicado pelas autoridades de saúde devido à pandemia da Covid-19, o número pode ser ainda maior, de acordo com relatório da ONU Mulheres, da Organização das Nações Unidas. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o índice de feminicídios avançou 22,2% após o início do isolamento no Brasil. Já as chamadas para o número 180, que é exclusivo para atendimento à mulher, tiveram aumento de 34% em comparação ao mesmo período do ano passado. Em junho, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) lançaram a campanha Sinal Vermelho para a Violência Doméstica, que tem as farmácias e drogarias como locais silenciosos de denúncia para mulheres em situação de violência no país.
O documento da ONU Mulheres, divulgado no mês de abril, mostra que, à medida que as pressões econômicas e sociais, junto ao medo do contágio do vírus, aumentaram, o número de mulheres sofrendo violência em todo o mundo dobrou. Além disso, outro agravante do isolamento é a dificuldade em denunciar o agressor, já que o convívio se intensificou e os meios de pedir ajuda foram diminuídos.
O objetivo da campanha Sinal Vermelho para a Violência Doméstica é oferecer um canal discreto e seguro para que sejam realizadas as denúncias, sem colocar a vítima ainda mais em risco. Com o desenho de um X vermelho nas mãos, a mulher deve sinalizar para algum funcionário da farmácia, que deverá acionar o 190 e relatar à denúncia aos agentes de segurança. No país, cerca de 10 mil estabelecimentos já aderiram à campanha e o CNJ espera que esse número cresça ainda mais.
Em Campos, policiais do 8º Batalhão de Polícia Militar (BPM), que atuam na Patrulha Maria da Penha, estão mobilizados pela adesão de mais farmácias à campanha. Presidente da OAB Mulher em Campos, Kelly Viter também fez um apelo.
Até o momento, em Campos, apenas as grandes redes de drogarias aderiram à campanha. “A quarentena colocou, especialmente, mulheres e crianças em situações de maior vulnerabilidade dentro da própria casa. Iniciativas como essa ajudam a reverter a situação e salvar vidas. E as farmácias, por representarem um serviço essencial e terem presença maciça em todo o território nacional, podem ser pontos de apoio fundamentais para ajudar as vítimas”, disse Sérgio Mena Barreto, diretor-executivo de uma rede de farmácias.
Tempo integral com agressor preocupa
A presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim) de Campos e coordenadora regional do Movimento Negro Unificado (MNU) no município, Mannuely Ramos, em entrevista ao programa Folha no Ar, da Folha FM, no último dia 7, destacou o aumento da violência doméstica durante o isolamento social apontado pelos órgãos internacionais.
— O agressor está em tempo integral com a sua vítima. Em geral, as mulheres procuravam ajuda justamente quando seus companheiros iam trabalhar, iam para outros espaços. Então, quando ela passa a estar em tempo integral com esse agressor, e por diversas razões, como o desemprego, que a gente sabe que aumenta, ou quando o agressor trabalha em home office, enfim, essas diversas possibilidades e prejuízos que a pandemia traz, vai também acarretar nesse maior tempo da vítima com seu agressor, com um consumo maior de álcool e outras drogas. Tudo isso é determinante para que esse índice de violência doméstica e familiar aumente — explicou.
Segundo ela, através de dados oferecidos pela Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam), em Campos, de 6 de março deste ano, até 6 de junho, foram feitos 118 registros presenciais na unidade, 16 autos de prisão em flagrante, cinco cumprimentos de mandados de prisão preventiva e 16 registros de ocorrências online.
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Novas mães em meio à pandemia
09/05/2020 | 03h09
Vitória Viana e o pequeno Conrado
Vitória Viana e o pequeno Conrado
Gerar por nove meses uma vida e ser responsável por apresentar o mundo para ela. Viver numa linha tênue entre lágrimas de felicidade e o choro tragado de preocupação. Ser apreciada como exemplo de força, vigilância e proteção. Quando o mundo assiste ao nascimento de uma criança, ele também contempla a criação de uma mãe. Em meio a uma pandemia, vivenciar o sublime dessa nova história, passar pelo puerpério e imaginar o futuro do seu filho são os maiores desafios enfrentados por essas novas mães, que já podem ser incluídas em uma lista de heroínas prediletas. Neste domingo (10), o mundo terá novas homenageadas. O Dia das Mães, motivo de grandes encontros e muitos abraços, neste ano, será celebrado de forma intimista e aconchegante: dentro dos lares, que estarão rodeados de um novo amor em tempos de pandemia de coronavírus.
Quando se descobre uma gravidez, um turbilhão de sentimentos toma conta da mulher. Alegria, medo e insegurança se misturam à ansiedade. No entanto, os cuidados passam a ser redobrados e a saúde passa a ser prioridade na vida da gestante. Em seguida, os primeiros planos começam a ser desenhados em sua mente: o nome, a cor preferida ou até mesmo a profissão. As mães são capazes de pensar em centenas de milhares de sonhos para o filho.
Embora as puérperas, mães de primeira viagem, vivenciem o novo todos os dias, atualmente, o seu maior desafio também é vivido por todo o mundo, a pandemia da Covid-19. Entretanto, assim como os recém-nascidos, por questões imunológicas, elas fazem parte do grupo de risco, se tornando vulneráveis ao novo coronavírus.
Vitória Viana e o pequeno Conrado
Vitória Viana e o pequeno Conrado
Jovem e cheia de planos, Vitória Viana deu à luz no último dia 22. O pequeno Conrado nasceu no Hospital Plantadores de Cana, em Campos, referência em maternidade na região. Para a empreendedora, de apenas 23 anos, um dos momentos mais críticos da gestação aconteceu em fevereiro, quando surgiram os primeiros casos de Covid-19 no Brasil.
— Tudo mudou. Eu tinha planos de celebrar a chegada do meu filho, com ele ainda na barriga, reunindo amigos e familiares. O chá de fraldas com data marcada e as lembranças da maternidade, tão detalhadas por mim, não podiam mais acontecer. Além disso, ainda sem muita notícia sobre a doença, o meu maior medo, na época, eram as consultas, que eram semanais no final da gravidez. Já em isolamento, no momento de fragilidade, também surgiram dúvidas em relação ao parto, se seria permitido visitas. Mas, como medida preventiva do hospital, pude ter apenas um acompanhante. Hoje, em casa, os cuidados são minuciosos – contou Vitória, acrescentando “meu filho chegou ao mundo e ainda permanece sem conhecer muitas pessoas importantes para mim”.
A psicóloga Millena Rios com o filho Théo
Felicidade que se mistura ao medo e solidão
Os dias de quarentena, medida indicada para evitar o contágio e combater à pandemia da Covid-19, podem revelar sintomas não físicos e extremamente preocupantes. O medo e a solidão sofridos nesse período se tornaram consequências do novo coronavírus. Psicóloga e também mãe de primeira viagem, Millena Rios, de 32 anos, define o cenário atual como angustiante. Quando deu à luz ao Théo, que está com cinco meses, o Brasil ainda não vivia o surto da doença. Entretanto, a profissional de saúde revela que outros problemas se agravaram com o isolamento, como o atraso nas vacinas recomendadas para os recém-nascidos, para evitar o contágio de diversas doenças, o que potencializou a preocupação das novas mães.
— Como mãe de primeira viagem, a gente tem muitas dúvidas e questionamentos, junto ao medo do desconhecido. A necessidade do carinho e da atenção se torna maior por conta das inseguranças enfrentadas. E, de repente, você se vê “sozinha”. É uma mãe ou uma tia que faz parte do grupo de risco, não podendo sair de casa e estar próximo após o nascimento do bebê. As visitas de amigos que também não podem acontecer. Em um quadro clínico, a depressão pós-parto, originada por um estresse constante de não saber agir e da insegurança do futuro, acentuada com a falta de afeto, que talvez seja o ponto principal desse grave problema”, destacou a psicóloga.
A psicóloga Millena Rios com o filho Théo
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Campistas cantam nas sacadas na quarentena
25/03/2020 | 05h45
Exemplo de amor e empatia. Em um período de privação, até mesmo de necessidades básicas como trabalho, consultas médicas, sobretudo do lazer e momentos com a família, moradores de diferentes bairros de Campos estão indo para as sacadas dos prédios ou varandas de casas para transmitir esperança através da música, aliada importante para superar situações difíceis, já que libera dopamina, neurotransmissor relacionado ao prazer e humor, gerando a sensação de bem-estar. Na região da Pelinca, área central do município, uma talentosa voz tem feito a alegria dos moradores do bairro, que vão para as janelas com luzes e vibram ao som da voz calma e doce. Sempre criativo, o brasileiro se sobressai pela forma de colorir os dias cinzas. Em algumas sacadas, luzes de diferentes cores, vistas em festas e boates, foram colocadas para animar o momento. Casais, idosos e crianças dançam para enfrentar os desafios da quarenta e lutar contra o vírus que tem assustado todo o mundo.
Ao final da apresentação, muitas palmas, gritos eufóricos e muitos agradecimentos, além de dezenas de vozes ecoando #TamoJunto. A cantora, que além de dividir o seu talento com os vizinhos, traz um repertório diferente a cada dia, encantando todas as gerações. 
O município de Campos tem, até o momento, apenas um caso confirmado da doença e segue investigando outros 16. No Brasil, 2.433 pessoas foram diagnosticadas com a doença, que matou 57 pessoas no país, seis delas no Estado do Rio de Janeiro, que tem 305 casos da Covid-19 confirmados.
Os números assustam e aumentam todos os dias. Nas redes sociais, campanhas pedem que todos fiquem em casa, sigam as normas de higienização, além de ter cautela na hora de procurar uma unidade hospitalar, evitando aglomeração e a proliferação da doença.
Além disso, como forma de ocupar o tempo, acalmar a mente e cansar o corpo, profissionais de diversas áreas estão realizando lives no Instagram e Facebook. Aulas de ginástica, cursos profissionalizantes, shows musicais e teatro são algumas das opções. As igrejas, que tiveram que suspender suas celebrações após decreto do Governo do Estado, também continuam com seus atos de fé através da internet. 
A Itália é considera o epicentro da pandemia do coronavírus e já registrou um número alarmante de casos confirmados e mortes. São 69.176 mil pessoas infectadas com a doença e 6.820 mil óbitos no país. Apesar disso, os italianos também deram exemplo de união, mesmo separados, e cantaram em suas janelas e sacadas durante todos esses dias. 
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Flash Folha 1
05/06/2019 | 08h00
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Flash Folha 1
22/05/2019 | 07h35
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Flash Folha 1
03/04/2019 | 06h47
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Flash Folha 1
20/03/2019 | 07h00
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Flash Folha 1
15/03/2019 | 07h02
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13/03/2019 | 06h41
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Sobre o autor

Channa Vieira

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